Os Caminhos da Liberdade Religiosa em Portugal
A Assembleia da República inaugurou a exposição “Os caminhos da liberdade religiosa em Portugal”, inserida no âmbito das iniciativas que decorrem para assinalar o Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso.
Comissariada por António Marujo, esta exposição pretende divulgar os marcos essenciais do pensamento público, em Portugal, sobre as questões da liberdade religiosa, na época contemporânea e até a aprovação da Lei de 2001 e, subsequentemente, a sua concretização, e divulgar as atitudes e os posicionamentos das diferentes confissões religiosas, em torno do respeito pela liberdade e o incentivo ao pluralismo e ao diálogo inter-religioso. Pretende ainda mostrar a forma como a liberdade de religião se encaixa no regime de direitos, liberdades e garantias, isto é, nos direitos fundamentais.
| Editora | Assembleia da República |
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| Editora | Assembleia da República |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Marujo |
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A Lista do Padre Carreira: a história desconhecida do português que escondeu refBiografia do Padre Joaquim Carreira, personagem muito relevante da História de Portugal no século XX, mas quase desconhecido no nosso país. Escrita por António Marujo, que tem investigado sobre a vida deste padre nos últimos anos, esta obra mostrará como Joaquim Carreira abrigou judeus durante a ocupação nazi de Roma, entre Setembro de 1943 e Julho de 1944, quando era reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana. Os seus esforços e coragem foram já reconhecidos pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém, tendo sido o quarto português a entrar na lista desta instituição.António MarujoCoord. -
Deus Vem a Público - Entrevistas sobre a transcendência I VolumeA forma de dizer o nome de Deus foi sempre plural. A pluralidade de olhares é uma marca destas entrevistas, que reflectem diferentes palavras e modos diversos de olhar o mistério insondável a que se chama Deus. E que tanto podem provir de um cristão católico ou protestante, de uma muçulmana ou de um judeu, de um budista ou um não-crente.Nelas se debatem cortinas de dogmas que por vezes tolhem a possibilidade de um debate sério e mais rico sobre muitas das questões que a Deus e à humanidade dizem respeito.Ou revela-se o espantoso empenhamento radical de mulheres e homens na construção de uma «parábola de comunhão» para a casa comum da família humana. Ou ousa-se propor novos horizontes aos modos de olhar. As entrevistas foram inicialmente publicadas no Público (em alguns casos, apenas em versões reduzidas) que, desde a fundação, «deu uma atenção moderna e esclarecida ao noticiário religioso», como um dia escreveu Eduardo Prado Coelho. O facto de estes textos serem agora reunidos muito fica a dever a essa atitude fundadora e à concretização que António Marujo lhe imprimiu.António MarujoCoord. -
Teologia com ResistênciaPode a Teologia deixar marcas em carne viva – um dedo atingido por uma máquina, uma doença tropical, a morte de um pai? E pode ela ajudar a exercer um mandato autárquico, gerir fluxos financeiros, jogar melhor futebol, colocar questões à nossa humanidade? Ou, no fundo, ela não serve para nada? A propósito dos 50 anos da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, dois jornalistas fotografaram e falaram com quatro dezenas de antigos e atuais alunos e professores da faculdade, que, com uma liberdade que chega à autocrítica, falam do percurso individual e das encruzilhadas em que a Teologia se encontra: ela só se pode assumir como fator de resistência.António MarujoCoord. -
A Caixa de Correio de Nossa SenhoraCorreio de Nossa Senhora, em Fátima. Este arquivo do Santuário, até hoje desconhecido, guarda as cartas que os devotos da Virgem de Fátima, de todas as idades, condições sociais e origens geográficas, lhe têm dirigido ao longo do tempo. Nele encontramos muitos mistérios e declarações, pedidos de saúde ou de emprego para o próprio ou para outras pessoas, amores proibidos e confessados, crimes escondidos, desilusões amorosas, angústias existenciais, orações pela paz no mundo e pela «conversão dos pecadores» ou da Rússia, pelo fim da Guerra Colonial na sua dimensão política (a derrota dos «terroristas» ou do «comunismo») ou mais pessoal (o regresso de um filho, um namorado, um neto mobilizados)... «O acesso a documentos, por vezes pessoais, faz parte da rotina de investigação jornalística, académica ou judicial, mas este Correio de Nossa Senhora, como é denominado no Santuário, não tem paralelo com outro material do género. A riqueza destes documentos, que em boa hora o Santuário entendeu preservar e agora disponibilizar para estudo, permitem, por exemplo, analisar a evolução da religiosidade portuguesa vivenciada em Fátima ou com Fátima, a relação com a entidade Nossa Senhora de Fátima ou até a história das ideias sobre Fátima e a religião, em Portugal e no mundo. Este espólio tem um elevado potencial de investigação. São testemunhos quentes e, até por isso, por vezes inquietantes. Alguns conteúdos cortam-nos a respiração. Entre as cerca de 50 mil mensagens que nos passaram pelas mãos, como não ficar inquieto com testemunhos de vida, na primeira pessoa, sem constrangimentos ou mediações?» Joaquim Franco, jornalista e coautor da investigação que deu origem a este livro .António MarujoCoord.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes? -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado.