Diário - 1915-1926
Entre 1915 e 1926, Virginia Woolf escreveu regularmente e em grande detalhe sobre os pequenos e grandes acontecimentos do seu dia a dia – marcado no panorama nacional e internacional pelos esforços da Primeira Guerra Mundial e mudanças políticas sísmicas, e na esfera privada por perdas, conflitos, momentos de grande criatividade e também de grande sofrimento, ensombrados pela doença mental.
Este diário, anotado e enriquecido com cartas e ensaios de Virginia Woolf, permite-nos conhecer de forma íntima e sem filtros os pensamentos de um dos maiores nomes da literatura, com rasgos líricos surpreendentes e passagens de uma inteligência acutilante.
| Editora | Bertrand |
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| Editora | Bertrand |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Virginia Woolf |
Virginia Woolf nasceu em Londres a 25 de janeiro de 1882, filha de Sir Leslie Stephen, escritor e historiador ilustre da Inglaterra vitoriana. Desde cedo ligada a grupos de intelectuais, casou em 1912 com Leonard Woolf e com ele fundou a editora Hogarth Press, responsável pela revelação de autores como Katherine Mansfield e T. S. Eliot e pela publicação das suas próprias obras. Reconhecida como uma das mais proeminentes figuras do modernismo britânico, destacam-se entre os seus trabalhos os romances Mrs Dalloway (1925), Orlando(1928) e As Ondas (1931), assim como o ensaio Um Quarto que Seja Seu (1929). Após sucessivas crises depressivas e não suportando o isolamento provocado pelo agravar da Segunda Guerra Mundial, suicida-se a 28 de março de 1941, em Lewes.
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A Viúva e o PapagaioImprevisível, divertido e inteligente, este conto acompanha a aventura da Sra. Gage, uma velha viúva que descobre uma herança inesperada com a ajuda de um papagaio invulgar. “Não está ninguém em casa!”, “Não está ninguém em casa!” é tudo o que o papagaio James sabe dizer. Mas ele esconde um segredo, assim como esta história também esconde uma lição… A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
A Viúva e o PapagaioMetas Curriculares de Português Leitura obrigatória no 5.º ano de escolaridade. A Viúva e o Papagaio Imprevisível, divertido e inteligente, este conto acompanha a aventura da Sra. Gage, uma velha viúva que descobre uma herança inesperada com a ajuda de um papagaio invulgar. "Não está ninguém em casa!", "Não está ninguém em casa!" é só o que o papagaio James sabe dizer, mas ele esconde um segredo, assim como esta história esconde uma lição Este livro é também recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 5.º ano de escolaridade. -
Os AnosSegundo volume da colecção «Obras Literárias Escolhidas» inaugurada a 16 de Setembro com Trópico de Câncer, de Henry Miller, revisita mais uma autora clássica - Virginia Woolf - naquele que é o seu livro mais vendido de todos os tempos. Com tradução de Fernanda Pinto Rodrigues, tradutora premiada com o Prémio de Tradução da Sociedade de Língua Portuguesa, Prémio da Associação Portuguesa de Tradutores e Finalista do Prémio Europeu de Tradução, Os Anos conhecem agora uma nova edição após a última publicação em Portugal ter sido realizada em 1992. Penúltimo livro (1937) de Virginia Woolf antes de se suicidar em Março de 1941, traça a vida de três gerações da família Pargiter desde 1880 até à década de 30 do século XX. Com a passagem do tempo, a família vai sendo esmagada pela pressão da guerra, pelas restrições sociais do patriarcado, do capitalismo e do Império, e pela ameaça crescente do fascismo. Diferentes gerações confrontam-se e há um sentimento de esperança contrário à opressão da época vitoriana. Os Anos marcam assim a carreira de Virginia Woolf como a obra que a celebrizou. -
A ViagemA Viagem é o primeiro romance publicado por Virginia Woolf em 1915, e foi escrito num período de extrema fragilidade da autora que atravessou várias depressões e uma tentativa de suicídio. O tema da obra tem algo de uma moderna mítica passagem para a maioridade, reflexo da mudança de Woolf de uma vida doméstica num subúrbio de Londres para o ambiente do Grupo de Bloomsbury. A protagonista Rachel Vinrace parte para a América do Sul, numa viagem de autodescoberta e Woolf aproveita para satirizar os costumes eduardianos. Uma das escritoras mais inovadoras do século XX, modernista e lírica, da qual a Presença também já publicou Os Anos, em 2008. -
Diário 1927-1941Sexta-feira, dia de Natal, 1931: «(…) Falei com o L. ontem à noite sobre a morte; a estupidez da morte; o que ele iria sentir se eu morresse. Ele abandonaria talvez a editora; mas disse que uma pessoa deve ser natural. E a sensação de velhice a invadir-nos: e o sofrimento de perder os amigos; e a minha antipatia pela geração mais nova; e depois raciocino que devo ser compreensiva. E agora estamos mais felizes.» Entre 1927 e 1941, Virginia Woolf viveu um dos seus períodos criativos mais fecundos e afirmou-se como uma das figuras de maior relevo dentro da sociedade literária londrina. Neste período foi um dos maiores expoentes de um conjunto de artistas e intelectuais empenhados na defesa da importância das artes e que ficou conhecido como o Grupo de Bloomsbury. São desta época algumas das suas obras mais marcantes, nomeadamente "Rumo ao Farol" (1927), "Orlando" (1928) e "Um Quarto que Seja Seu" (1929). Neste diário, somos convidados a conhecer as suas reflexões mais íntimas sobre o mundo e sobre a Humanidade, com a singularidade e universalidade que muito poucos conseguem alcançar. -
OrlandoEsta é a extraordinária história da vida de Orlando, jovem nascido na Inglaterra isabelina. Envolto em riquezas e mesuras, poeta e apaixonado, viaja um dia até à Turquia e acorda sem aviso num imortal corpo feminino cujo percurso acompanharemos por mais de três séculos, até à modernidade. Obra exuberante, repleta de fantasia e de inovação, carta de amor disfarçada de biografia que a autora dedicou à artista Vita Sackville-West, Orlando chegou como uma pedrada no charco ao meio literário britânico em 1928 e conquistou a Virginia Woolf um lugar de protagonismo na história da literatura universal, fixando-a para sempre como uma das autoras centrais dos textos feministas e da reflexão sobre a sexualidade. -
Mrs. DallowayNuma clara manhã de primavera, Clarissa Dalloway resolve sair para comprar flores para a festa que acolherá naquela mesma noite, em sua casa. Enquanto passeia pelas ruas de Londres, são recolhidas imagens, sensações e ideias, entrelaçadas com as personagens que habitam o seu mundo do marido, Richard Dalloway, à filha, Elizabeth, e a Peter Walsh, amigo de juventude acabado de voltar da Índia e que com ele se cruzam fatalmente como Septimus Warren Smith, veterano da Primeira Guerra Mundial assombrado pela doença mental. Romance que revelou em pleno o talento de Virginia Woolf, a sua perspicácia, a sensibilidade transparente e, sobretudo, a arte suprema de descrever os segredos das almas não os atos mas as sensações que eles despertam fazem de Mrs Dalloway uma obra-prima indiscutível da literatura universal. -
Os AnosÉ em Londres, numa incerta Primavera de 1880. Numa casa, várias crianças falam. A sua mãe está doente há tanto tempo que as filhas mais velhas começaram a imitar o tom que ela usava com as crianças. A morte dela deveria libertá-las, permitindo-lhes ter a vida que imaginaram. Esta é a história de uma família contada ao longo de cinquenta anos, num período de grandes mudanças. Irmãos, pais, avós. As relações e o tempo, as gerações que se cruzam, alegram, sofrem, juntam, separam e envelhecem. Para uns é o abandono das causas da juventude. Para outros a inquietação continuou. -
Mrs. Dalloway«Publicado em 1925, Mrs. Dalloway é o primeiro dos romances de Virginia Woolf que subverte a narrativa tradicional. O título inicial do livro era As Horas, uma referência ao tempo em que a acção decorre. A I Grande Guerra terminou, o calor do Verão invade Londres e Clarissa, Mrs. Dalloway, prepara-se para dar uma das suas festas. Mas quando a noite se aproxima, a chegada de Peter Walsh, o seu primeiro amor regressado da Índia, vai despertar o passado, trazendo-lhe à memória os sonhos adolescentes e a discussão que muitos anos antes a precipitou num casamento sem fulgor. De súbito, Clarissa tem consciência da força da vida em seu redor, de Peter inalterado e contudo diverso, e da sua filha Elizabeth que se está a tornar uma mulher. Virginia Woolf expõe assim diferentes modos de sentir, evocando, mais que o espírito do tempo, o espírito da própria vida no olhar de cada personagem. Mas a originalidade maior do livro vem dessa espécie de duplo de Mrs. Dalloway, Septimus Warren Smith, enlouquecendo em silêncio com o trauma da guerra e com quem Clarissa parece partilhar uma mesma consciência.» -
Orlando - Uma BiografiaHomem e em seguida mulher, mas sobretudo homem e mulher, o Orlando de Virginia Woolf inspira-se em Vita Sackville-West, que foi sua amiga e herdeira de uma das principais famílias de Inglaterra. Como escreveu Monique Nathan, «tesoureiro ou embaixador, perseguidor de raparigas ou musa de espíritos apaixonados pela beleza, melancólico ou exaltado, trocando as calças pelas saias ou refugiando-se na sua tebaida do campo para escrever o seu poema, a sua natureza dupla presenteia-o não com duas nem com dez, mas com cem vidas diferentes».
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena?