Dias Comuns IX - Derrota Pairante
A continuação da publicação dos Diários de um grande intelectual do século XX português. Neste volume, o período da morte de Salazar.
Retrato da vida quotidiana e da sociedade intelectual portuguesa num período marcante da sua história recente.
O diário Dias Comuns, de José Gomes Ferreira, começou a ser publicado em 1990, cinco anos após a sua morte. Este nono volume, Derrota Pairante, abarca o período entre 1 de Fevereiro e 20 de Setembro de 1970, época em que o escritor foi convidado para presidente da futura Associação de Escritores, em que Salazar morre e se vive em pleno regime Marcelista.
Uma obra que revela muitíssimo da vida do autor, da sua obra e pensamentos mais íntimos, mas também histórias e momentos do panorama literário e político português seus contemporâneos, sendo referidos muitos nomes e figuras da época.
| Editora | Dom Quixote |
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| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Gomes Ferreira |
JOSÉ GOMES FERREIRA, jornalista, nasceu em 1964 na região de Tomar.
É diretor-adjunto de informação da SIC, estação onde trabalha desde 1992, tendo passado antes pelas redações do Público e da TSF. Autor dos livros O Meu Programa de Governo (2013), Carta a um Bom Português (2014) e A Vénia de Portugal ao Regime dos Banqueiros (2017), todos publicados pelo grupo LeYa, é também membro da Comissão Executiva da ENEX, European News Exchange, desde Outubro de 2015.
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Dias Comuns - V Continuação do Sol«Que esperam os leitores encontrar nos Diários Íntimos? Intimidades. Confissões. De quê? Do estado psíquico do confessando (a quem se exige a frialdade cruel do bisturi)? Se vive alegre, triste ou morto? Amargurado ou feliz? Se ama ou desama? Se isto ou aquilo? Se nada ou coisa nenhuma? Mas que sabe uma pessoa de si mesma? Hesitações. Tropeços. Trevas misturadas. Falta de olhos para ver as sombras. E serão sombras? Ou ocultação de portas para novas luzes? E os outros? Que pensa dos outros? Ousa denunciar a hipocrisia diária dos amigos? Ousa expor as intrigas de teias de aranha dos sorrisos da convivência? Ousa DIZER? Ora o Diário Íntimo para mim não é isto (embora não me repugne aceitá-lo na concepção dos vizinhos). É sobretudo a continuação mole do diálogo informe do dia-a-dia comigo mesmo, o monólogo não-artístico de remoer nuvens, às vezes com dentes de punhal mas alheio à preocupação de pesquisar a verdade no segredo de mim guardado por um Dragão sujo.» -
Dias Comuns VI - Memória PossívelUm retrato da vida quotidiana e da sociedade intelectual e política portuguesa num período marcante da sua história recente, nomeadamente um dos momentos mais relevantes do Estado Novo: a passagem do regime de Salazar para Marcelo Caetano. Este volume abarca o período de Setembro a Dezembro de 1968. -
O Meu Programa de Governo - Propostas para uma economia mais produtiva e para uma sociedade mais equilibradaO livro que mostra aos portugueses que há soluções para sair da crise e o que devemos fazer para evitar a repetição dos erros do passado. A minha vida pessoal e o meu percurso profissional deram-me a possibilidade de analisar a sociedade portuguesa, a economia, a governação e a realidade europeia e mundial com algum grau de pormenor, permitindo-me sistematizar um conjunto interpretações sobre a complexa situação a que chegámos e formular um conjunto de propostas para a alterar, que tenho transmitido frequentemente em intervenções públicas, em televisão, em conferências ou debates. Não sou candidato a nada, nem sou político, sou jornalista, mas aqui está O Meu Programa de Governo - que é muito mais do que isso, é um conjunto de propostas de renovação da sociedade portuguesa, não certamente uma proposta exaustiva, mas com um grau de pormenor suficiente para convidar a reflectir quem tem os vários poderes de decisão, politico, económico, social, cultural e para promover as mudanças de fundo de que Portugal precisa. Se são propostas úteis ou não, será vosso o julgamento! -
Aventuras de João Sem MedoJoão Sem Medo habita na aldeia Chora-Que Logo-Bebes, cujos habitantes vivem presosàtradição de que tanto se orgulham: chorar de manhã ànoite. Um dia, o nosso herói decide saltar o Muro que protege a aldeia da Floresta Branca, local onde«os homens, perdidos dos enigmas da infância, haviam estalado uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos». Tem assim início uma viagem surpreendente, na qual João Sem Medo se irácruzar com bichas de sete cabeças, gigantes de cinco braços, fadas, bruxas, animais que falam, e ainda com o mítico Príncipe das Orelhas de Burro. História fantástica que recorre ao imaginário mágico, por vezes de inspiração surrealista, este romance de JoséGomes Ferreiraéum prodígio de efabulação e engenho narrativo. Uma obra intemporal que continua a arrebatar tanto adolescentes como adultos. -
Carta a um Bom PortuguêsNa Carta a um Bom Português, o autor apresenta-nos um manual para fazer a Revolução de Cidadania que falta no País de modo a que se possa criar uma Economia mais produtiva e uma Sociedade mais equilibrada; uma Revolução de Cidadania para ajudar os governantes a resolver os bloqueios gravíssimos que nos prejudicam; para obrigar os políticos a fazerem o que têm de fazer: reduzir a influência dos lóbis que nos esmagam a todos, cidadãos e empresas. Uma Revolução que à partida não é destinada a derrubar Governos, mas sim a fixar-lhes um objectivo prioritário - Obrigá-los a reconstruir Portugal. E se não forem capazes, então sim, forçar os políticos incapazes a abandonar o Poder. -
Dias Comuns VII: Rasto CinzentoO Diário Dias Comuns , de José Gomes Ferreira, começou a ser publicado em 1990, cinco anos após a sua morte. Este sétimo volume, Rasto Cinzento, dedica-se ao período entre 1 de Janeiro e 17 de Agosto de 1969. Aqui se revela muitíssimo da vida do autor, da sua obra e pensamentos mais íntimos, mas também histórias e momentos do panorama literário e político português de finais da década de 60. Naturalmente são referidas figuras e nomes do panorama político e cultural da época, como por exemplo: Amália Rodrigues, Alexandre Pinheiro Torres, Ary dos Santos, Augusto Abelaira, Carlos de Oliveira, Fernando Lopes Graça, Fernando Namora, José Cardoso Pires, Maria Teresa Horta, Mario Cesariny, Mário Dionísio, Mário Soares, Miguel Torga, Natália Correia, Nikias Skapinakis, Óscar Lopes, Sophia, Urbano Tavares Rodrigues, entre outros. -
Dias Comuns VIII: livro das insónias sem mestreO diário Dias Comuns , de José Gomes Ferreira, começou a ser publicado em 1990, cinco anos após a sua morte. Este oitavo volume, "Livro das Insónias sem Mestre", dedica-se ao período entre 17 de Agosto de 1969 e 31 de Janeiro de 1970, período em que o autor escreveu o seu livro de contos Tempo Escandinavo . Aqui se revela muitíssimo da vida do autor, da sua obra e pensamentos mais íntimos, mas também histórias e momentos do panorama literário e político português dos finais da década de 60. Naturalmente, são referidas figuras e nomes do panorama político e cultural da época. -
Aventuras de João Sem MedoHistória fantástica que recorre ao imaginário mágico, por vezes de inspiração surrealista, este romance é um prodígio de efabulação e engenho narrativo. -
A Vénia de Portugal ao Regime dos BanqueirosEm dez anos de crise bancária a classe política portuguesa começou por nacionalizar e garantir bancos falidos; mudou de posição prometendo obrigar os banqueiros e os investidores a pagar pelos seus erros.Mas na fase final, o Governo, a Presidência da República, o Parlamento e o Banco de Portugal acabaram por contornar o passado e obrigaram os contribuintes a assumir de novo praticamente todos os custos.As consequências do regime político que Ricardo Salgado moldou à sua maneira, com o apoio dos outros banqueiros, voltaram a pesar fortemente nos bolsos dos portugueses, que são obrigados a pagar as dívidas deixadas na banca nacional pelo menos durante os próximos 40 anos.Uma história em que nenhum político, regulador ou banqueiro é inocente, mas uns são mais culpados do que outros. -
Dias Comuns V - Continuação do Sol«Que esperam os leitores encontrar nos Diários Íntimos? Intimidades. Confissões. De quê? Do estado psíquico do confessando (a quem se exige a frialdade cruel do bisturi)? Se vive alegre, triste ou morto? Amargurado ou feliz? Se ama ou desama? Se isto ou aquilo? Se nada ou coisa nenhuma? Mas que sabe uma pessoa de si mesma? Hesitações. Tropeços. Trevas misturadas. Falta de olhos para ver as sombras. E serão sombras? Ou ocultação de portas para novas luzes? E os outros? Que pensa dos outros? Ousa denunciar a hipocrisia diária dos amigos? Ousa expor as intrigas de teias de aranha dos sorrisos da convivência? Ousa DIZER? Ora o Diário Íntimo para mim não é isto (embora não me repugne aceitá-lo na concepção dos vizinhos). É sobretudo a continuação mole do diálogo informe do dia-a-dia comigo mesmo, o monólogo não-artístico de remoer nuvens, às vezes com dentes de punhal - mas alheio à preocupação de pesquisar a verdade no segredo de mim guardado por um Dragão sujo.»Ver por dentro:
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?