Escritos Políticos e Psiquiátricos
Frantz Fanon influenciou gerações de anticolonialistas, activistas dos direitos civis e académicos dos estudos coloniais.
As suas obras, que deram origem aos chamados «estudos fanonianos», foram inspiradas em décadas de movimentos de libertação anticoloniais e analisam as consequências psicológicas da colonização – tanto do ponto de vista do colonizador como do colonizado –, bem como os processos de descolonização, considerando os seus aspectos sociológicos, filosóficos e psiquiátricos.
Muitos dos textos de Fanon permaneceram até há pouco tempo inéditos e inacessíveis. Este livro reúne agora os escritos políticos e os escritos psiquiátricos, ambos absolutamente interligados, dando a conhecer artigos científicos, textos originais e escritos dispersos que versam sobretudo, nas palavras do seu editor francês, François Maspero, sobre a «alienação colonialista vista através da doença mental».
| Editora | BookBuilders |
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| Editora | BookBuilders |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Frantz Fanon |
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Pele Negra, Máscaras BrancasManifesto anticolonialista, Pele Negra, Máscaras Brancaslança a discussão sempre actual sobre o racismo e o impacto da escravidão nas sociedades pós-coloniais.«Descubro-me um dia no mundo e reconheço-me um só direito: o de exigir do outro um comportamento humano.Um só dever. O de não renegar a minha liberdade nas minhas escolhas.Não quero ser vítima da astúcia de um mundo negro.A minha vida não deve ser consagrada a fazer o balanço dos valores pretos.Não existe mundo branco, não existe ética branca, nem inteligência branca.Há de uma e de outra parte do mundo homens que procuram.» -
Os Condenados da Terra«Composto de cinco capítulos, que continuam as problemáticas de livros anteriores, (especialmente Pele Negra, Máscaras Brancas), Os Condenados da Terra parece ser, de facto, um livro testamentário, sobretudo tendo em conta o seu momento de escrita. Assim, a alienação cultural e seus traumas, a internalização da dominação (hoje falar-se-ia de subalternidade) e suas consequências na fragmentação da cultura nacional (cuja existência Fanon recusa em situação colonial pois considera que esta paralisa na sua totalidade a cultura nacional), a relação entre cultura nacional e lutas de libertação, as ideologias nacionalistas e seus equívocos, os programas (mínimos e máximos) dos movimentos nacionalistas e seus falhanços, o modus operandi monolítico dos poderes pós-coloniais e suas semelhanças com o poder colonial, o papel da burguesia e da “nova” elite, as ideologias dos nacionalistas africanos (que Fanon considera terem sido importadas), as ambiguidades do “intelectual colonizado”, as frustrações do ex-colonizado face ao novo país são matéria de Os Condenados da Terra: uma análise multi e transdisciplinar, multidimensional, da violência como realidade inerente à situação colonial que está presente em todas as expressões materiais e simbólicas da sociedade, mesmo depois das independências, detendo-se demoradamente na terapêutica da violência como inevitável.» [Professora Inocência Mata, «Prefácio». ]A obra inclui um prefácio da Prof. Inocência Mata sobre a importância de Fanon para as lutas de libertação do continente africano, além dum texto do fundador do MPLA Mário Pinto de Andrade sobre as relações de Frantz Fanon com os movimentos de libertação das colónias portuguesas.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado.