Firmamento
Colocando-nos frente a frente com a imensidão do cosmos, Firmamento é o mais recente livro de poesia de Rui Lage, onde a meditação cósmica e o nascimento se cruzam na prosódia do verso terrestre.
Sol, já não me escondo de ti.
Agora renovo, ciclicamente.
Com a tua luz cresço
e decresço. Invisível começo,
oculta nos palácios inferiores.
Fio noite dentro
com as minhas irmãs.
Depois subo. Apareço.
Saio pela dança.
| Editora | Assírio & Alvim |
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| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rui Lage |
Rui Lage nasceu na cidade do Porto em 1975. Publicou os livros de poesia Antigo e Primeiro, Berçário, Revólver e Corvo. Traduziu Paul Auster (Poemas Escolhidos), Pablo Neruda (Crepusculário), e Samuel Beckett (Mal Visto Mal Dito), entre outros. Ensaísta e crítico literário, é ainda autor de teatro (Não há mais que nascer e morrer) e de literatura para a infância. Está representado em diversas antologias de poesia.
Fundou e dirigiu, entre 1998 e 2004, a revista de literatura, música e artes visuais Águas-Furtadas, editada pelo Jornal Universitário do Porto. Encontra-se a ultimar a sua tese de doutoramento em Literaturas Românicas (Perda, Luto e Desengano: a Elegia na Poesia Portuguesa do Século XX) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se licenciou em Estudos Portugueses e Ingleses.
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NovidadeEstrada NacionalEstrada Nacional é uma viagem com partida e regresso pelo mundo rural, com o itinerário definido poema a poema, estrada a estrada, e onde as representações são apresentadas pelo olhar de Rui Lage. Com esta edição o autor encerra um ciclo dedicado ao mundo rural marcado pela publicação de Berçário (2004), Corvo (2008), Um Arraial Português (2011) e Rio Torto (2014). -
NovidadeO InvisívelPrémio SPA Melhor Livro de Ficção Narrativa 2019. O Invisível foi o romance vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2017, instituído pela Estoril-Sol. O júri do prémio considerou tratar-se de «um romance com notável fulgor imaginativo». Portugal, 1931. Fenómenos inexplicáveis semeiam o terror entre os habitantes de Cova do Sapo, um lugar isolado nas fragarias da serra do Alvão. Todas as noites, a aldeia é atormentada por entidades misteriosas e acorda com sepulturas violadas no cemitério. A exaustão abate-se sobre a pobre gente do povoado, incapaz de pregar olho. Ora, se existe alguém capaz de solucionar o mistério e acudir aos habitantes de Cova do Sapo, esse alguém é certamente Fernando Pessoa, poeta de Orpheu, médium, perscrutador da quarta dimensão, necromante e perito em assuntos astrais. Neste engenhoso romance, a meio caminho entre o policial e o fantástico, Pessoa revela-se um detective com talentos muito particulares. O poeta, que detesta viajar e ausentar-se do ambiente de Lisboa, mergulha no mundo arcaico de uma aldeia serrana do Norte de Portugal, assediada por influências e presenças sinistras. Rui Lage revela-nos neste romance um novo e fascinante Fernando Pessoa, entre o poético e o rocambolesco, o desassossego cósmico e o encantamento telúrico, a comoção com o visível e a pesquisa do invisível. -
NovidadeA Presença do MistérioEstética de um só esteta, a poesia de Manuel António Pina não deixou descendência, não encorajou epigonismos e continua, hoje como ontem, a destoar das aventuras e desventuras poéticas contemporâneas. No mesmo poema, o sujeito é capaz de se deslocar do pequeno episódio doméstico, sem brilho, à “coisa imensa” que lampeja na noite do ser. A sua obra solicita desenvoltura especulativa e pressupõe no leitor apetência para aflorar uma qualquer descoberta fundamental algures onde a poesia se cala.
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NovidadeTal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
NovidadeNocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
NovidadePrimeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NovidadeHorácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
NovidadeUm Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
NovidadeAlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
NovidadeFronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira

