Ler Imagens - Em que pensamos quando olhamos para arte
| Editora | Edições 70 |
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| Coleção | Arte & Comunicação |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Alberto Manguel |
Alberto Manguel (1948, Buenos Aires) cresceu em Telavive e na Argentina. Aos 16 anos, trabalhava na livraria Pygmalion, em Buenos Aires, quando Jorge Luis Borges lhe pediu que lesse para ele em sua casa. Foi leitor de Borges entre 1964 e 1968. Em 1968, mudou‑se para a Europa. Viveu em Espanha, França, Itália e Inglaterra, ganhando a vida como leitor e tradutor para várias editoras. Editou cerca de uma dezena de antologias de contos sobre temas tão díspares como o fantástico ou a literatura erótica. É ensaísta, romancista premiado e autor de vários best‑sellers internacionais, como Dicionário de Lugares Imaginários, Uma História da Curiosidade, A Biblioteca à Noite e Embalando a Minha Biblioteca. É actualmente cidadão canadiano e foi director da Biblioteca Nacional da Argentina entre 2016 e 2018. Foi galardoado com o Prémio Formentor das Letras em 2017.
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Uma História da LeituraUma notável e fascinante viagem pela evolução do leitor e da leitura numa obra que vem colmatar uma lacuna na história da literatura internacional. Um sucesso editorial surpreendente da autoria de um nome que se tem destacado nas áreas do romance, da tradução e da edição. -
O Amante Extremamente MinuciosoÀ sombra da igreja de Notre-Dame-la-Grande, em Poitiers, desenvolve-se a fatal aventura estética e amorosa de Anatole Vasanpeine, empregado nuns banhos públicos no início do século XX.Indivíduo cinzento e silencioso, Anatole oculta uma capacidade extraordinária: iniciado na arte da fotografia pelo livreiro e antiquário japonês Kusakabe, o seu olhar capta a realidade em fragmentos, oferecendo ao desejo o prazer que lhe nega a integralidade da imagem. Nas imagens roubadas dos clientes dos banhos, Anatole reconstrói uma geografia do amor: dedos arredondados, pele aveludada, a caverna de uma orelha... Nas suas fotografias, cada criatura torna-se um conjunto infinito de belezas mínimas até ao momento em que, inesperadamente, Anatole encontra a perfeição numa única pessoa.Com zelo de historiador e malícia de ficcionista, em O Amante Extremamente Minucioso Alberto Manguel reconstrói o caso Vasanpeine, deixando aos leitores a tarefa de distinguir entre uma ficção mais credível do que a realidade e uma realidade menos plausível do que a ficção -
A Cidade das PalavrasEm A Cidade das Palavras, Alberto Manguel analisa a uma nova luz o aumento da intolerância violenta nas nossas sociedades. Quase todos nós concordamos quanto à desejabilidade do fim do nacionalismo étnico. Esforçamo-nos por construir sociedades que promovam o patriotismo cívico, com valores nos quais todos os cidadãos se revejam. Mas algo não correu bem: revoltas racistas em França, assassínio político nos Países Baixos, atentados bombistas no Reino Unido - serão estes os sintomas de uma experiência multicultural mal-sucedida? Porque nos é tão difícil vivermos juntos, quando as alternativas são verificadamente horríveis? Com a erudição e o espírito que o caracterizam, Alberto Manguel propõe uma abordagem diferente: devemos ouvir o que visionários, poetas, romancistas, ensaístas e realizadores de cinema têm a dizer sobre construção de sociedades. Talvez as histórias que contamos encerrem as chaves secretas do coração humano. De Cassandra a Jack London, da Epopeia de Gilgamesh ao computador Halde 2001: Odisseia no Espaço, Alberto Manguel estabelece paralelos fascinantes e reveladores entre as realidades individuais e políticas do mundo actual e as realidades do mito, da lenda e da história. -
Uma História da CuriosidadeO livro mais pessoal de Alberto Manguel, onde o escritor traça o mapa da sua própria vida enquanto curioso, recorrendo às leituras que fez ao longo do caminho. Uma História da Curiosidade é uma eloquente mistura de filosofia, literatura e memória. Arranca com a premissa de que a curiosidade é um impulso que liga aprendizagem, imaginação, desenvolvimento e progresso. Na procura de pistas e orientação, o autor recorre ao extenso conjunto de livros que marcaram a sua própria vida. Manguel elegeu para este livro uma série de escritores que instigaram a sua imaginação. Cada capítulo é dedicado a um pensador, cientista ou artista que de algum modo iluminou a pergunta Porquê? Desta galeria de eternos curiosos constam, por exemplo, Tomás de Aquino, David Hume, Lewis Carroll, Sócrates e, acima de todos, Dante. Depois de tudo o que leu e pensou, Manguel pretende inaugurar um diálogo. A curiosidade não é o fim, é o passaporte, o convite para viajar. -
A Biblioteca à NoiteA partir da sua mítica biblioteca pessoal, Alberto Manguel, um dos mais conceituados bibliófilos do mundo, conta-nos tudo o que sabe sobre a história, o fascínio e os enigmas das bibliotecas. Ao construir a sua biblioteca com mais de 40 mil livros num antigo presbitério em França, Alberto Manguel debateu-se com as mesmas questões de um qualquer bibliotecário caseiro: é melhor dividir por línguas? A ordem alfabética será a mais prática? Os géneros não deviam estar agrupados?Mesmo que não existam respostas certas, neste livro Manguel conta pelo menos as melhores histórias. Há bibliotecas públicas com secções como «Esgotos: Obras Seleccionadas», e umas privadas onde, alfabeticamente, os amigos-escritores Borges e Bioy Casares ficam lado a lado. Há bibliotecários corajosos que alteram registos de requisição para salvar livros, e livros corajosos que salvam homens torturados. Há livros perdidos, livros proibidos, livros digitais, livros que ficam numa prateleira demasiado alta e livros imaginados - mas todos eles ocupam um espaço e enchem estantes pelo mundo, tal como preenchem esta Biblioteca à Noite. -
Embalando a Minha BibliotecaO comovente obituário de uma biblioteca.A melancólica operação de encaixotar os seus 35 mil livros, que habitavam num antigo presbitério em França, inspira uma das obras mais pessoais de Alberto Manguel.Edição simultânea em Portugal, EUA e Inglaterra.Em 1931, Walter Benjamin escreveu um pequeno ensaio sobre a experiência de desencaixotar a sua biblioteca, aí reflectindo sobre a relação com os seus livros. Décadas mais tarde, Alberto Manguel, escritor, editor, tradutor e um dos maiores bibliófilos do mundo, decide glosar a operação inversa.No início do século, Manguel instalou a sua imensa biblioteca pessoal num antigo presbitério do Vale do Loire, e sentiu que encontrara uma casa para si e para os seus livros. Mas essa morada acabou por não ser permanente, e os milhares de livros de Manguel estão hoje guardados em caixotes, num depósito no Canadá.Embalando a Minha Biblioteca: uma elegia e dez divagações conta esta história, e constitui quase um manifesto diante da ameaça de esquecimento que cai agora sobre as estantes vazias de Alberto Manguel. Aqui se evoca e se reivindica a biblioteca que continua a existir na mente do leitor, o poder da palavra e os jogos de associações e memórias que os livros, mesmo encaixotados, desencadeiam.Segundo Manguel, uma biblioteca é uma autobiografia com muitas camadas, e Embalando a Minha Biblioteca, ao mesmo tempo que evoca um imenso caudal de memórias pessoais, é acima de tudo uma exaltação do livro como só este escritor sabe fazer.Prémio Formentor 2017. -
No Bosque do EspelhoRecorrendo a histórias pessoais e a reflexões literárias ricas em humor e erudição subtil, Alberto Manguel leva-nos a reflectir sobre as delícias e responsabilidades da leitura - uma viagem despoletada pela humanidade do autor, pela sua curiosidade insaciável e extraordinária abrangência da percepção do mundo.Ver por dentro: -
Monstros FabulososAS PERSONAGENS LITERÁRIAS QUE GANHAM VIDA E FICAM CONNOSCO PARA LÁ DOS LIVROS por Alberto Manguel, um dos maiores bibliófilos do mundo.Com ilustrações do autor e um «monstro» português: O Mandarim, de Eça de Queirós.Desde a infância, há personagens de livros que começam a fazer parte da vida de quem gosta de ler. Depois, e apesar de nós, os leitores, envelhecermos, e de elas, as personagens, teoricamente ficarem na mesma, vão crescendo connosco, sofrendo mutações, fazendo companhia a outras que vão surgindo e ganhando significado para lá dos livros de onde saíram, como amigos de longa data com quem se partilha experiências e emoções.O bibliófilo Alberto Manguel apresenta neste livro, com erudição e humor, mais de 30 das suas personagens preferidas, desde o Jim de Huckleberry Finn ao monstro de Frankenstein, passando pela Capuchinho Vermelho ou pelo marido da Madame Bovary. Através desta partilha, desafia cada leitor a explorar as suas relações pessoais com este tipo de «monstros» imortais e amorosos, e com o tanto que estes transportam em si da condição humana.«Aprendi a minha experiência do mundo — amor, morte, amizade, perda, gratidão, desconcerto, angústia, medo, tudo isto e a minha própria identidade em mutação — com personagens imaginárias que conheci nas minhas leituras, muito mais do que com a minha misteriosa cara no espelho ou o meu reflexo nos olhos dos outros.»Alberto Manguel,in "Prefácio" -
Ler Imagens- Em que pensamos quando olhamos para artePodemos ler um quadro da mesma forma que lemos um livro? Existe algum vocabulário que possamos de aprender para nos ajudar a deslindar os seus significados? Quererá ele ser descodificado, decifrado e compreendido? Em Ler Imagens, livro profusamente ilustrado, Alberto Manguel oferece uma instigante meditação sobre as questões que nos colocamos quando estamos diante de uma obra de arte. -
Com BorgesEm 1964, em Buenos Aires, um escritor cego convidou um livreiro de 16 anos para lhe ler em voz alta. Foi assim que, durante quatro anos, se cruzaram em convívio próximo Jorge Luis Borges, escritor de dimensão universal, e Alberto Manguel, que se veio a tornar um dos mais conceituados bibliófilos do mundo.Partilharam nesse período, que foi também um período de formação para o então jovem Manguel, vários momentos domésticos, leituras e releituras, conversas, reflexões e curiosidade pela vida e pelos livros. Agora, o que Alberto Manguel partilha neste livro é uma memória afectiva, grata, pessoalíssima e surpreendente de um homem complexo mas apaixonante, por quem até hoje guarda uma admiração terna.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

