Luís Barbosa - Um Gestor com Alma de Artista
A biografia de Luís Barbosa estreia a colecção «Histórias de Liderança», que dá a conhecer a vida daqueles que contribuíram para definir a natureza da gestão em Portugal. Uma colecção para memória futura. Luís Barbosa estudou Economia, começou a carreira profissional como locutor da Emissora Nacional, mas foi parar aos seguros, primeiro no Grémio de Seguradores e depois na Império, seguradora do Grupo CUF. Com o 25 de Abril de 1974, chegou o tempo para a política, tornando-se um dos fundadores do CDS. Deputado e ministro duas vezes em governos da Aliança Democrática, perdeu as eleições para a liderança do CDS em 1986 e abandonou a política. Voltou a trabalhar com José de Mello, que reconstruía os negócios no Grupo Mello, e, pouco depois, seguiu a via de gestor de empresas em lugares como o Teatro Nacional de São Carlos, a Expo98 ou a Cruz Vermelha Portuguesa. Disse uma vez Luís Barbosa: «Quando chego a um sítio e pergunto quem manda aqui?, se ninguém se acusa, mando eu.»
| Editora | Guerra & Paz |
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| Categorias | |
| Editora | Guerra & Paz |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Filipe S. Fernandes, João Ferreira |
FILIPE S. FERNANDES é jornalista. Colabora com o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã. Publicou artigos no Semanário, Expresso, Diário Económico, Eco, Observador, Sábado, Visão, Fortunas & Negócios e Exame.
JOÃO FERREIRA é investigador integrado do CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Doutor em História e Teoria das Ideias, mestre em História Cultural e Política e licenciado em História.
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500 Frases que Mudaram a Nossa HistóriaDa Antiguidade até aos nossos dias. Sobre o amor, ódio, vida e morte, amizade e família, guerra e paz, sexo, religião, inveja, política, mentira, bem e mal, sabedoria De autores dos quatro cantos da Terra. De políticos a artistas, humoristas, escritores, ativistas, filósofos antigos e modernos, reis e rainhas. Aqui encontra 500 frases fundamentais que mudaram, de alguma forma, a nossa História de Portugal e do Mundo.João Ferreira, autor dos bestsellers Histórias Rocambolescas da História de Portugal e Histórias Bizarras de um Mundo Absurdo, percorreu livros, arquivos nacionais e internacionais para nos trazer este grande livro de citações, cada uma delas contextualizada na época e na sua autoria. Sim, porque há frases que estamos habituados a atribuir a determinada pessoa que nunca a proferiu. A frase atribuída ao Marquês de Pombal, «Enterrar os mortos e cuidar dos vivos», afinal foi proferida por D. Pedro de Almeida, Marquês de Alorna. Já a famosa frase atribuída a Maria Antonieta em plena Revolução Francesa sobre os camponeses esfomeados, queixando-se da falta de pão, «Comam brioche.» existe, mas não tem nada que ver com a infeliz rainha. Foi escrita anos antes da tomada da Bastilha, quando Maria Antonieta ainda se chamava Maria Antónia e vivia na corte da mãe, a imperatriz austríaca Maria Teresa, em Viena, a milhares de quilómetros de Paris.Este é um livro de «frases feitas», escrito de forma a partilhar informação, divulgar conhecimento e alargar a cultura geral do leitor. São frases que nos surpreendem, nos fazem parar para refletir, nos divertem, nos ajudam, arrancam um sorriso, ou até mesmo uma lágrima. Dos tempos bíblicos ao século XXI. Mais de 2500 anos de bom senso, cultura, bons conselhos, autoajuda e alguma boa disposição. -
Histórias Rocambolescas da História de PortugalMilagres que nunca existiram, um filho que bate na mãe, um irmão que bate noutro irmão, execuções e assassinatos num país de brandos costumes, heróis que afinal não foram assim tão bonzinhos, reis loucos num país de loucuras, aliados piores que o pior dos inimigos, batalhas vitoriosas com uma mãozinha divina ou grandes desastres militares, traições e conspirações de vão de escada, um rei com gosto por freiras, outro impotente que não conseguia satisfazer a mulher, um governo que nem cinco minutos durou, um atentado onde tudo correu mal e o visado saiu ileso, um ditador temível que resistiu 40 anos no poder até cair de uma cadeira de lona... Podem parecer-lhe históricas anedóticas, falsas, absolutamente surreais. Muitas delas nunca nos foram contadas na escola. Mas fique a saber que são quadros bem reais e fazem parte dos nove séculos da História de Portugal. Sabia por exemplo que nunca houve uma escola náutica em Sagres, que frei Miguel Contreiras nunca existiu? Que D. Pedro, além de D. Inês, amou também o seu escudeiro? Que a morte dos Távora envolve sexo, mentiras e política? Sabia que Vasco da Gama, herói das Descobertas, era temido por ser um homem cruel? Que Palma Inácio foi o primeiro pirata do ar? -
Os Empresários de Marcello CaetanoHá cinquenta anos, em setembro de 1968, quando Marcello Caetano substituiu António Oliveira Salazar, o programa de governo escorava-se em políticas de desenvolvimento económico, na liberalização económica regulada e num forte programa de investimento público e privado permitido pelas exportações, investimento e remessas dos emigrantes. Foram lançados vários projetos industriais como a criação de um polo em Sines, três novas fábricas de cerveja, quatro novas empresas de celulose, duas novas fábricas de cimento; bem como a construção da barragem do Alqueva, do novo aeroporto de Lisboa e de uma rede de quase 400 quilómetros de auto-estradas. O sopro de liberalização e o pacote de investimentos atiçou o conflito entre grupos económicos, tensões entre estes e o Estado numa guerra de baixa intensidade permanente como revelam as trocas de correspondência entre Marcello Caetano e empresários, gestores e advogados. Lutas e guerras pelo controlo de bancos, com a Bolsa em alta, a criação de novos impérios químicos e da energia, a compra desenfreada de jornais, as multinacionais a cimentarem a sua presença, depois de décadas a serem hostilizadas. Os «plutocratas», como lhe chamava Marcello Caetano, ou «grandes monopolistas», como os denominava o PCP, digladiavam-se. Miguel Quina desafia Marcello Caetano contra Jorge de Brito e o Grupo Mello, António Champalimaud, foragido entre 1968 e 1973, provoca e guerreia Marcello Caetano quando tentava comprar bancos à sua revelia, manifestava-se contra a concorrência nos cimentos em favor de Manuel Queirós Pereira, familiar de Marcello Caetano. Por sua vez, Artur Cupertino de Miranda estava no centro de conflitos de negócio com António Champalimaud, João Rocha e Lúcio Tomé Feteira. -
O Segredo Não é a Alma do Negócio O jornalista Filipe Fernandes fez uma recolha original e pormenorizada de mais de 800 pensamentos e citações de centenas de líderes empresariais. Este é um livro interessante para todos os que procuram inspiração para construir uma carreira e/ou um projecto de sucesso. Zeinal Bava, Alexandre Soares dos Santos, António Mexia, António Horta Osório, Ricardo Salgado ou Belmiro de Azevedo, são apenas alguns dos 250 empresários de sucesso cujas ideias sobre negócios, gestão, desenvolvimento pessoal, investimento ou dinheiro podem ser facilmente consultadas neste livro. -
À Minha ManeiraEm 1931 o Banco Nacional Ultramarino foi objecto de um resgate milionário feito pelo Estado. Os accionistas privados perderam 75% do capital e receberam o dividendo seguinte apenas em 1947. Em várias cartas escritas por Oliveira Salazar, o então ministro das Finanças mostrava ter consciência da insustentabilidade da situação do BNU e dos riscos que representava para a economia. Este livro, apresenta o domínio da crise do BNU no contexto da Grande Depressão, mostrando como Salazar resolveu o grande escândalo financeiro do Estado Novo, evitando que este abalasse os alicerces de um regime ditatorial que se erigia e que durou até 1974. -
Exportadores PortuguesesA notícia da morte da indústria do calçado foi claramente exagerada. O turismo soma e segue. Estes e outros sectores tornaram o Made em Portugal um trunfo: o peso das exportações no PIB cresceu 10 % em 7 anos. Contudo, os portugueses não conhecem esta história de sucesso. Que rostos estão por detrás das empresas que levam a marca Portugal aos cinco continentes? que produtos são o novo eldorado da exportação e o que mudou na sua composição? Estas e outras perguntas encontram finalmente resposta neste livro. -
Exportadores PortuguesesA notícia da morte da indústria do calçado foi claramente exagerada. O turismo soma e segue. Estes e outros sectores tornaram o Made em Portugal um trunfo: o peso das exportações no PIB cresceu 10 % em 7 anos. Contudo, os portugueses não conhecem esta história de sucesso. Que rostos estão por detrás das empresas que levam a marca Portugal aos cinco continentes? que produtos são o novo eldorado da exportação e o que mudou na sua composição? Estas e outras perguntas encontram finalmente resposta neste livro. -
O Homem SonaeO que está por detrás do sucesso de um dos mais respeitados empresários? O que faz com que a Sonae seja um caso de estudo sobre sucesso e estratégia? Quais são as linhas estratégicas de Belmiro de Azevedo? Belmiro de Azevedo é, provavelmente, o único empresário e gestor português que tem um discurso sobre a gestão e a empresa. No entanto, esta qualidade não o torna um teórico, mas sim alguém que transmite a riqueza de uma reflexão prática de gestor e de empresário. Foi a complexidade e as diversas facetas de Belmiro de Azevedo que inspiraram o jornalista Filipe Fernandes a mergulhar na vida de um dos mais bem sucedidos empresários portugueses, analisando o seu estilo de gestão e os momentos mais marcantes da sua carreira. Com base em entrevistas e artigos escritos por Belmiro de Azevedo, Filipe Fernandes apresenta agora um trabalho inédito que vai seguramente inspirar os gestores portugueses que admiram o estilo Sonae e saciar a curiosidade dos que querem perceber o sucesso de Belmiro de Azevedo. Neste livro são apresentados em detalhes temas como: os modelos de gestão na construção do Grupo Sonae, liderança e visão estratégica, os valores e a cultura empresarial, a OPA à Portugal Telecom e a sucessão por Paulo Azevedo, entre muitos outros.Ver por dentro: -
Organizem-se! ? A gestão segundo Pessoa"À medida que foi escrevendo a sua obra literária, considerada hoje uma das mais relevantes do século XX, Fernando Pessoa não deixou de reflectir e escrever sobre o que hoje se poderia chamar Gestão, Economia, Negócios ou Desenvolvimento Pessoal. Este conjunto de textos mostra que o autor projectou, a partir de uma posição económica liberal de influência claramente britânica, um programa de desenvolvimento e industrialização assente na organização (e inspirado nos exemplos norte-americano e alemão, como refere com frequência) e nas exportações. Encontra-se dividido em sete grandes capítulos: Gestão e Organização; Ideias Económicas; Indústria; Técnicas Comerciais; Publicidade; Desenvolvimento e Gestão Pessoal; apresentando, no último capítulo, alguns devaneios mais ou menos literários que têm como ponto de partida os milionários e os burlões. «A obra Organizem-se!», um trabalho de Filipe Fernandes, reúne e contextualiza os escritos de teor mais económico de Fernando Pessoa, já publicados ou inéditos existentes nos espólio do poeta, depositado na Biblioteca Nacional, constituindo, desta forma, a mais completa obra de Fernando Pessoa sobre esta temática."Ver por dentro: -
Os Empresários de Marcello CaetanoHá cinquenta anos, em setembro de 1968, quando Marcello Caetano substituiu António Oliveira Salazar, o programa de governo escorava-se em políticas de desenvolvimento económico, na liberalização económica regulada e num forte programa de investimento público e privado permitido pelas exportações, investimento e remessas dos emigrantes. Foram lançados vários projetos industriais como a criação de um polo em Sines, três novas fábricas de cerveja, quatro novas empresas de celulose, duas novas fábricas de cimento; bem como a construção da barragem do Alqueva, do novo aeroporto de Lisboa e de uma rede de quase 400 quilómetros de auto-estradas. O sopro de liberalização e o pacote de investimentos atiçou o conflito entre grupos económicos, tensões entre estes e o Estado numa guerra de baixa intensidade permanente como revelam as trocas de correspondência entre Marcello Caetano e empresários, gestores e advogados. Lutas e guerras pelo controlo de bancos, com a Bolsa em alta, a criação de novos impérios químicos e da energia, a compra desenfreada de jornais, as multinacionais a cimentarem a sua presença, depois de décadas a serem hostilizadas. Os «plutocratas», como lhe chamava Marcello Caetano, ou «grandes monopolistas», como os denominava o PCP, digladiavam-se. Miguel Quina desafia Marcello Caetano contra Jorge de Brito e o Grupo Mello, António Champalimaud, foragido entre 1968 e 1973, provoca e guerreia Marcello Caetano quando tentava comprar bancos à sua revelia, manifestava-se contra a concorrência nos cimentos em favor de Manuel Queirós Pereira, familiar de Marcello Caetano. Por sua vez, Artur Cupertino de Miranda estava no centro de conflitos de negócio com António Champalimaud, João Rocha e Lúcio Tomé Feteira.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.