M
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M é um relato íntimo, de cadência forte e pungente, exponenciado pela assoberbante
epístola com que se cala. Mas por um instante; até que ecoa.
| Editora | Estratégias Criativas |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Estratégias Criativas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Pedro Leite |
José Pedro Leite
José Pedro Leite, natural do Porto, é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Publicou nove livros de poesia: “Outros litorais” (2008); “As mãos e o lume” (2009), vencedor do Prémio Políbio Gomes dos Santos; “Respiração vertical” (2011),
menção honrosa no Prémio Irene Lisboa, em 2013; “O conhecimento dos vulcões” (2015); “A invenção do verão” (2019); “A construção dos lábios” (2020); “Escarpas” (2021); e
“Ascensor de Sombras” (2021), galardoado com o prémio literário Natália Correia.
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A Invenção do VerãoVem quando não arderem as pedras Vem distante dos estilhaços da casa Vem com o amor numa cratera exposta Vem como se acariciasses nos dedos a morte Vem com uma redoma de vidro nos ombros Vem sibilando de febre Vem no tempo em que o rosto emerge dos ossos Vem decidir o linho e a lenta alvura do dia Vem como quem cumprisse uma aresta de chuva Vem adentrando-te no luminoso idioma das aves Vem (excerto) -
A Construção dos LábiosSão os lábios os primeiros e mais claros habitantes do dia Quando te aproximas vibram-te nos pés a subterrânea existência da água e os nomes amados sussurram sacrificiais sob as pedrasTransitam no orvalho e comunicam-te a fria gestação dos minérios[...] p. 10 -
Escarpas (Sobre o mar / O fogo)Depois do amor a esquadria de uma metrópole em declínio o volume e o tempo da ausência: um cavalo imóvel sob a chuva e o coração: (milho moído) uma nave de nuvens naturezas mortas / só à margem do caminho (Interlúdio I, p. 15) -
Onde Morrem os BarcosTrata-se do décimo livro do autor, que em 2021 venceu a edição inaugural do Prémio Literário Natália Correia com o original “Ascensor de Sombras”. Neste novo volume, José Pedro Leite apresenta-nos um conjunto de poemas quase inteiramente povoados por referências marítimas. Organizado em três partes, este livro reveste-se de uma escrita em constante diálogo com a memória e o oceano. Num primeiro andamento, esgrime-se a temática do amor e da distância; de seguida, ocorre uma reflexão sobre as vicissitudes do tempo, com tudo quanto este, irrevogável, nos oferece e nos sonega; e, finalmente, um último naipe de poemas culmina o livro, refletindo sobre o objeto-- poema em si mesmo: o som da palavra que perdura, as várias facetas que o dizer encerra e, enfim, o tempo próprio do poema. -
Ascensor de Sombras - Prémio Literário Natália Correia 2021PRÉMIO LITERÁRIO NATÁLIA CORREIA 2021 “Uma arte poética que propõe uma reflexão sobre a própria poesia e que inspira um novo começo para a humanidade.” (Da acta do júri) -
Manual de Relentos* Ilustrações de Madalena Aires * Tudo são relentos e tudo vem pelo fermento das mãos: Estão aqui as cidades e os olhos as cidades e os câmbios as cidades e o desejo as cidades contaminadas contínuas corpusculares apenas entrevistas Está a casa inclinada entornada sobre o lóbulo e sobre o lote da noite e em redor da casa estalam répteis e gerânios insolentes conspirativos p. 10 (excerto) *
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NovidadeO Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
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NovidadeEmílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
NovidadeOriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
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NovidadeNa Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
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Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.