Música, Só Música
Prefácio de MARTIM SOUSA TAVARES. «Uma recolha de diálogos entre dois artistas apaixonados: o escritor mergulhado na música, na vida e nos romances e o talentoso maestro. Estas páginas compõem uma melodia encantadora.» The New York Times
Seis deliciosas conversas que inflamam a paixão e o prazer de escutar música. Toda a gente sabe que Haruki Murakami gosta tanto de música moderna e de jazz como de música clássica. Esta paixão não só o levou a ser dono de um clube de jazz em Tóquio, o famoso Peter Cat, como a impregnar de referências e vivências musicais a maioria dos seus romances e contos.
Neste livro, o escritor japonês mais famoso do mundo partilha com os leitores os seus gostos, as suas opiniões e, sobretudo, o desejo de saber tudo e mais alguma coisa sobre a arte da música, elemento de união entre milhões de pessoas espalhadas pelo mundo.
Ao longo de dois anos, Murakami e o seu amigo Seiji Ozawa, antigo diretor da Orquestra Sinfónica de Boston, mantiveram estas conversas, deliciosas a todos os títulos, sobre conhecidas peças de Brahms e Beethoven, Bartók e Mahler, sobre diretores de orquestra como Leonard Bernstein e solistas fora de série como Glenn Gould, sobre peças de música de câmara e sobre ópera. Enquanto os dois ouvem discos e comentam diferentes interpretações, os leitores assistem a sumarentas curiosidades e confidências que por certo os contagiarão e despertarão neles o entusiasmo e o prazer infindável de desfrutar da música com novos ouvidos.
| Editora | Casa das Letras |
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| Categorias | |
| Editora | Casa das Letras |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Seiji Ozawa, Haruki Murakami |
Haruki Murakami é um dos escritores japoneses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo sendo, simultaneamente, aplaudido pela crítica, que o considera um dos «grandes romancistas vivos» (The Guardian) e a «mais peculiar e sedutora voz da moderna ficção» (Los Angeles Times).
Nasceu em Quioto, em 1949. Estudou teatro grego antes de gerir um bar de jazz em Tóquio, entre 1974 e 1981. Além de Sputnik, Meu Amor, Kafka à Beira-Mar, Dance, Dance, Dance e A Wild Sheep Chase, que recebeu o Prémio Noma destinado a novos escritores, Murakami é ainda autor, entre outros, de Hard-boiled Wonderland and the End of the World (distinguido com o prestigiado Prémio Tanizaki) e, mais recentemente, de Blind Willow, Sleeping Woman, a sua terceira coletânea de contos, distinguida com o Frank O'Connor International Short Story Award.
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Sputnik, Meu AmorNarrativa on the road, ensaio sobre o desejo humano e especulação sobre o destino, o livro de Haruki Murakami é um exuberante exemplo da arte de um dos mais importantes escritores do Japão contemporâneo."Na Primavera dos seus vinte e dois anos, Sumire apaixonou-se pela primeira vez na vida. Foi um amor intenso como um tornado abatendo-se sobre uma planície - capaz de tudo arrasar à sua passagem, atirando com todas as coisas ao ar no seu turbilhão, fazendo-as em pequenos pedaços, esmagando-as por completo. (...) A pessoa por quem Sumire se apaixonou, além de ser casada, tinha mais dezassete anos do que ela. E, devo acrescentar, era uma mulher (...) Foi a partir daqui que tudo começou, e foi a partir daqui que (quase) tudo acabou."«Um belo romance, leve como uma pena... Um livro cativante escrito por um dos mais interessantes autores do mundo.»Sunday Herald -
Kafka à Beira-MarKafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo. -
Crónica do Pássaro de CordaA obra-prima do maior escritor de culto da actualidade. Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a sua vida transformada após o telefonema anónimo de uma mulher. Começam a aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A percepção do mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco, Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda a sua vida. Este livro conta com uma galeria de personagens tão surpreendentes como profundamente autênticas e, quase por magia, o mundo quotidiano do Japão moderno aparece-nos como algo estranhamente familiar.Crónica do Pássaro de Corda, ao qual foi atribuído o Prémio Yomiuri, é considerado, por muitos, a obra-prima de Murakami. -
Em Busca Do Carneiro SelvagemAmbientado numa atmosfera japonesa, mas com um pé no noir americano, Murakami tece uma história detectivesca onde a realidade é palpável, dura e fria, e seria a verdade de qualquer um, não fosse um leve pormenor: é uma realidade absolutamente fantástica. Um publicitário divorciado, que tem um caso com uma rapariga de orelhas fascinantes, vê-se envolvido, graças a uma fotografia publicitária, numa trama inesperada: alguém quer que ele encontre um carneiro! Mas não é um carneiro qualquer. É um animal que pode mudar o rumo da história. Um carneiro sobrenatural... Murakami dá a esta estranha história um tom que só um oriental pode imprimir a uma crença, fazendo-a figurar como um facto da realidade. Coloca, de uma forma genial, a fantasia na aridez do mundo real. -
Dança, Dança, DançaEm «Dança, Dança, Dança», Haruki Murakami continua a trajectória da personagem de Em Busca do Carneiro Selvagem, agora à procura do seu antigo amor que desapareceu misteriosamente do Hotel Golfinho. Nessa nova busca, o narrador, um jornalista freelancer, perde-se cada vez mais num universo de realismo fantástico, quase kafkiano, envolvendo-se com personagens verdadeiramente singulares: uma adolescente clarividente, um actor de cinema extravagante, um poeta maneta e prostitutas de luxo. -
A Rapariga que Inventou Um SonhoFrank O'Connor International Short Story Award Em A Rapariga que Inventou Um Sonho, o autor do best-seller Kafka à Beira-Mar envolve a fantasia com a mais natural das realidades. Do surreal ao mundano, estas histórias exibem a sua habilidade de transformar o curso da experiência humana na mais pura e surpreendente arte literária. Há corvos animados, macacos criminosos, um homem de gelo… Há sonhos que nos moldam e coisas que sempre sonhámos ter… Há reuniões em Itália, um exílio romântico na Grécia, umas férias no Havai… Há personagens que se confrontam com perdas dolorosas, outras que se deparam com distâncias inultrapassáveis entre os que querem estar o mais próximo possível. Quase todas as histórias são melancólicas, com personagens submersas pela solidão. Murakami junta os seus temas favoritos: os acontecimentos inexplicáveis (o tal toque de fantástico que provoca por vezes a sua inclusão na corrente do realismo fantástico), as coincidências, o jazz, os pássaros e os gatos. Tal como foi escrito no Los Angeles Times Book Reviey, "Murakami abraça o fantástico e o real, cada um com a mesma envolvência de intensidade e luminosidade." Críticas de imprensa «Os contos recolhidos nesta antologia foram escritos entre 1981 e 2005 e são a outra parte da sua arte de narrador exímio, onde o insólito coabita paredes meias com o mais comezinho quotidiano. Os seus personagens são seres solitários em busca de uma brecha no muro cinzento da existência, e muitas vezes isso acontece nas situações mais inesperadas e com resultados igualmente surpreendentes. As coincidências e situações mais ou menos inexplicáveis fazem parte do arranjo narrativo, mas todas elas encerram uma oportunidade ou um desafio. (...) Nestas histórias, que vão da fábula ao conto de "fantasmas", um tema bem japonês aliás, há de tudo um pouco. E a variedade de acontecimentos inclina para uma toadas melancólica, com salpicos de fantástico. Um livro para apreciadores de boa prosa, luminosa e cativante.» JGM, Revista Ler «Um aviso aos novos leitores de Murakami: Vão ficar viciados…» San Francisco Chronicle «Um dos maiores romancistas vivos.» The Guardian -
After Dark - Os Passageiros Da NoitePor uma noite, Murakami leva-nos com ele através de uma Tóquio sombria, onírica, hipnótica. Um deslumbrante romance perpassado de uma singular atmosfera poética, na fronteira entre a realidade e o universo fantasmático, onde cada pormenor, olhado retrospectivamente, faz sentido. Num bar, Mari encontra-se mergulhada num livro, enquanto bebe o seu chá e fuma cigarro atrás de cigarro. Às tantas, entra em cena um músico que a reconhece. Ao mesmo tempo, encerrada num quarto, Eri, a irmã de Mari, dorme com os punhos cerrados, sem saber que está a ser observada por alguém. Em torno das duas irmãs desfilam personagens insólitas: uma prostituta chinesa vítima de agressão, a gerente de um hotel do amor, um técnico informático, uma empregada de limpeza em fuga. Sucedem-se acontecimentos bizarros: um aparelho de televisão que, de um momento para o outro, começa bruscamente a funcionar, um espelho que conserva os reflexos. Em Tóquio, durante as horas de uma noite, vai desenrolar-se um estranho drama... -
A Sul da Fronteira a Oeste SolNa primeira semana do primeiro mês do primeiro ano da segunda metade do século XX, ao protagonista, que também faz as vezes de narrador, é dado o nome de Hajime, que significa «início». Filho único de uma normal família japonesa, Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única e rapariga brilhante na escola, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Juntos, têm por hábito escutar a colecção de discos do pai dela, sobretudo «South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole que dá título ao romance.Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco. -
Auto-Retrato do Escritor Enquanto Corredor de FundoEm 1982, ao mesmo tempo que abandonava o lugar à frente dos destinos do clube de jazz e que tomava a decisão de se dedicar à escrita, Haruki Murakami começava a correr. No ano seguinte, abalançou-se a percorrer sozinho o trajecto que separa Atenas da cidade de Maratona. Depois de participar em dezenas de provas de longa distância e em triatlos, o romancista reflecte neste livro sobre o que significa para ele correr e como a corrida se reflectiu na sua maneira de escrever. Os treinos diários, a sua paixão pela música, a consciência da passagem do tempo, os lugares por onde viaja acompanham-no ao longo de um relato em que escrever e correr se traduzem numa forma de estar na vida. Diário, ensaio autobiográfico, elogio da corrida, de tudo um pouco podemos encontrar aqui. Haruki Murakami abre o livro das confidências (e a sua alma) e dá a ler aos seus fiéis leitores uma meditação luminosa sobre esse ser bípede em permanente busca de verdade que é o homem. -
O Elefante Evapora-seNum sufocante dia de Verão, um advogado põe-se à procura do seu gato e dá de caras com uma estranha rapariga num jardim abandonado nas traseiras de casa. Mais adiante, as dores provocadas a meio da noite pela fome levam um jovem casal de recém-cadasos a fazer uma incursão nocturna e a assaltar um McDonalds para conseguir deitar a mão a trinta hambúrgueres Big Mac, realizando assim um secreto desejo que já vinha dos tempos da adolescência. Um homem fica obcecado pela misteriosa e incrível saga de um elefante que se desvanece em fumo e desaparece da noite para o dia sem deixar rasto. Sem esquecer as confidências de uma mulher casada e jovem mãe com insónias que passa as noites em claro, a ler Tolstoi, e acorda para a vida num mundo indefinido de semiconsciência em que tudo se afigura possível até mesmo a morte. Ao longo de dezassete pequenas histórias aparentemente banais, das muitas que povoam o nosso quotidiano, Haruki Murakami transporta o leitor à dimensão paralela de um imaginário delicioso e bizarro ao mesmo tempo, percorrendo um Japão que tem tanto de nostálgico como de moderno. »Muitas vezes divertidos, sempre comoventes», os dezassete contos desta colectânea são prova da extraordinária capacidade narrativa de Haruki Murakami.
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Luís Villas-Boas - O Pai do Jazz em PortugalLuís Villas Boas é unanimemente considerado o «pai» do jazz em Portugal. Nascido em Lisboa, a 26 de Março de 1924, numa família com fortes tradições musicais e ligada à cultura em geral.A ele se devem a criação do programa de rádio mais influente na divulgação do jazz, Hot Club, transmitido ininterruptamente entre 1945 e 1969, a organização das primeiras jam sessions, a autoria dos primeiros artigos de imprensa informados, a fundação das primeiras instituições jazzísticas nacionais - Hot Clube de Portugal, 1948; Discostudio, 1958; Luisiana Jazz Club, 1965 -, e a produção dos primeiros grandes concertos: Sidney Bechet, 1955; Count Basie, 1956; Bill Coleman, 1959.No final dos anos de 1970 teve um papel decisivo na promoção do ensino, fundando as escolas do Hot Clube de Portugal - onde se têm formado nos últimos cerca de 50 anos as sucessivas gerações de músicos que mantêm o jazz como um género musical vivo -, e do Luisiana Na década de 1980, juntamente com Duarte Mendonça, viria a ter os seus próprios programas de jazz - Aqui Jazz (1978-1979), Jazz Magazine (1978-1979), Club de Jazz (1982-1985) e Jazz para Todos (1986).Para celebrar o 100 º aniversário do nascimento de Luís Villas Boas este livro reúne uma primeira narrativa biográfica e, através de 70 entrevistas à imprensa, rádio e televisão, dá-lhe a palavra, acompanhando a evolução do seu pensamento e acção ao longo de quase 50 anos, bem como o percurso do jazz no Portugal do século XX. -
A Linguagem MusicalCompositor e escritor, Boucourechliev evoca algumas das grandes etapas da linguagem musical, mas também esclarece o fenómeno da música, os mecanismos íntimos da composição e da audição. -
Olhares Sobre a Música em Portugal no Século XIX Ópera, virtuosismo e música doméstica[Olhares sobre a música em Portugal no século XIX] é um volume repleto de informação inédita e profundamente estimulante para todos os que se dedicam aos estudos artísticos e culturais em Portugal, cuja leitura vem demonstrar a riqueza e complexidade de uma época à qual começamos enfim a prestar justiça. Com este livro, ficamos a dever à autora a confirmação inequívoca de que a história da música em Portugal no século XIX merecia, de facto, ser contada. [Paulo Ferreira de Castro]. -
Rock in Rio - Eu FuiUm livro que o pode ajudar e aconselhar a mudar a sua vida neste tempos difíceis.Vários