M. Teixeira-Gomes Obras Completas Vol. II
Este 2º volume 2ª ediçao, com Notas de: Urbano Tavares Rodrigues;Helena Carvalhão Buescu e Vítor Wladimiro Ferreira
inclui: Gente Singular; Novelas Eróticas e Maria Adelaide
«Este 2º volume das Obras Completas de M. Teixeira-Gomes foge à ordem cronológica para privilegiar textos de encontros entre homens e mulheres quer em Portugal quer Europa fora , naturalmente, os que respeitam a relações amorosas e às inevitáveis e apetecidas erupções sensuais, voluptuosas e eróticas, em suma, a exaltação dos sentidos, tão cara ao nosso autor. Não afasta, porém, a chocarrice, o humor, a ironia, o grotesco e o espírito de crítica comuns na produção literária de Teixeira-Gomes, viageiro pelo mundo europeu e apaixonado pela vivência mediterrânica. A relação homem-mulher apresenta-se-nos vibrante em alguns contos da Gente Singular (1905) e nas Novelas Eróticas (1934), nestas escalando, a primeira, em Amesterdão e, as demais, entre o Algarve e Istambul a que o escritor, para cumprir a sua afeição helenístico-romana, chama Constantinopla bem como no romance Maria Adelaide (1938), onde há quem procure encontrar um sopro autobiográfico. Vão os leitores da INCM ter o gosto de saborear traços de um Algarve passado e atinar com terras europeias e norte-africanas que ao tempo do escritor ainda viviam os encantos poéticos, os sortilégios e os lampejos do desconhecido[
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| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
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| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Manuel Teixeira-Gomes |
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M. Teixeira-Gomes - Obras Completas Vol. INeste 1º volume 3ª ediçao de salientar as Notas de: Urbano Tavares Rodrigues; Helena Buesco e Vítor Wladimiro Ferreira que inclui:Inventário de Junho; Cartas sem Moral Nenhuma e Agosto Azul"Inventário de Junho e Agosto Azul são os dois livros, heterogéneos e belíssimos, que melhor definem talvez o Teixeira-Gomes dessa época, memorialista, trotamundos ancorado temporariamente nesse ensolarado litoral algarvio onde vê a projecção da antiga Hélada (a do prazer inocente e dos eurítmicos quadros naturais), paraíso de tritões e sereias, de faunos que espreitam as ninfas e de fabulosas rochas doiradas, de águas tão cerúleas como aquele céu do eterno Verão. Obras que são conjuntos de crónicas e cartas, de apontamentos paisagísticos perfeitos, de contarelos onde o desejo estua, esbocetos tão harmoniosos e irónicos que só poderia colori-los uma arte tão visual e experiente como a sua, que, mergulhando no naturalismo e no decadentismo, recupera, ao mesmo tempo, as graças verbais de um Frei Manuel Bernardes, de um D. Francisco Manuel de Melo, e a elegância de Garrett, o domínio da língua de um Camilo Castelo Branco." -
RegressosO espírito viajante de Manuel Teixeira Gomes, escritor, diplomata, Presidente da República e exilado, regista em doze crónicas uma visão de cidades, lugares e monumentos - Évora, Alcobaça, Sintra, Batalha, Porto, Braga, Coimbra, Lagos, Lisboa e até Santiago de Compostela - composta pela sua percepção de jovem, burilada pelo saudosismo, reformulada pela posterior revisão em Bougie, que pretende isentá-la de cenas ou imagens que poderiam melindrar alguns. Esse olhar agudíssimo em discernimento e sabedoria guia o leitor através desses itinerários, visitas curtas armazenadas na memória e no contacto com a arte, a paisagem e as gentes. Percorremos através dele as belas mãos da Rainha D. Amélia, respiramos os aromas inebriantes do seu Algarve, a frescura da Cervejaria Trindade, admiramo-nos com a opulência do Museu dos Coches...O prefácio de José Viale Moutinho aguça-nos o apetite para estes suculentos textos em que nos revemos ou ressentimos, como paisagens abertas. -
Gente Singular. Novelas Eróticas. Maria Adelaide. Ana RosaNeste segundo volume, reúnem-se quatro obras que correspondem ao conjunto mais significativo da segunda parte da obra literária de M. Teixeira-Gomes. Gente Singular foi publicado em 1909, no final da monarquia portuguesa. Novelas Eróticas foi publicado em 1935, Maria Adelaide em 1938 e Ana Rosaem 1941 e estas últimas três obras representam os últimos anos da produção literária deste autor.M. Teixeira-Gomes em Gente Singular retrata a vivência da sociedade da época em pequenas ou grandes cidade e vilas, os seus usos e costumes e a passagem do narrador e das personagens pelo campo. Em algumas das Novelas Eróticas, o autor associa sensualidade, pitoresco e uma narrativa realista e mágica, para além de recordar episódios da sua juventude em algumas das cidades da Europa. O amor caraterizado pela posse, o ciúme tem o seu mais intenso «cume» no romance Maria Adelaide. Ana Rosa é um manuscrito publicado no próprio ano da sua morte e corresponde a um esboço de um romance que o autor anunciara. Helena Carvalhão Buescu refere no prefácio: «O conjunto destas quatro obras confirma o teor da imaginação literária de Teixeira-Gomes, afirmando-o como o elegante escritor dos sentidos e do prazer, ao mesmo tempo que do deslumbramento das coisas, seres e paisagens e, muito em particular do ‘seu’ Algarve.»
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NovidadeO Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
NovidadeA DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
NovidadeEmílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
NovidadeOriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
NovidadeSavimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
NovidadeNa Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
NovidadeNa Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.