Madeirenses Errantes
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Chegado, em 1839, ao Funchal, o escocês Robert Kalley fez a primeira grande evangelização protestante em território português. Se nos primeiros anos a sua acção de médico o popularizou e o tornou bem visto pelas autoridades, o seu proselitismo religioso fez escândalo num país de religião de Estado e única. Foi preso e, no Verão de 1846, a repressão contra os seus seguidores ocasionou uma fuga em massa. Centenas de homens, mulheres crianças, madeirenses protestantes, foram obrigados a refugiar-se em barcos ingleses. Uma diáspora que correu vários mares e pradarias - da Madeira para a ilha da Trindade, das Caraíbas para o Ilinóis, e daí para o arquipélago do Havai.
| Editora | Oficina do Livro |
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| Categorias | |
| Editora | Oficina do Livro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ferreira Fernandes |
Ferreira Fernandes
Ferreira Fernandes (Luanda, 1948) é um dos mais reputados jornalistas portugueses, tendo colaborado com o Público, o Diário Popular, a Visão e a Sábado, entre outras publicações. Recebeu diversos prémios de reportagem, entre os quais o prémio Bordalo — Jornalista do Ano (Casa da Imprensa) e o prémio Jornalista do Ano (Clube de Jornalistas do Porto). Assina atualmente uma crónica no Diário de Notícias.
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Os Primos da AméricaSinopse Com as eleições presidenciais americanas à porta, a colecção de Carlos Vaz Marques sugere uma viagem à América dos portugueses. Gerações de famílias originárias de Portugal, que ajudaram a construir os Estados Unidos e que forjaram uma identidade própria, tornando-se nesse processo conquistado à custa de espírito de sacrifício e trabalho árduo os nossos primos da América. «No Outono de 1990, viajei pelos Estados Unidos por puro prazer. Foi então que compreendi que ninguém podia visitar a América pela primeira vez. A todo o passo assaltou-me a memória de outras viagens, folheando livros, frequentando salas de cinema. Essa minha América, minha, foi o pano de fundo. [ ]Em San Diego, o boné redondo e branco de um marujo, com palmeiras ao fundo; em Monterey, os cromados de um Chevrolet «Bel Air», 1958; uma flor de hibisco caída no solo negro do Havai; uns garotos a jogar basquete numa quadra de tijolos vermelhos, em Newark; a névoa saindo de um bueiro em Manhattan... Tudo reencontros com lugares onde nunca estivera. Com esse meu lastro, persegui a América dos outros. A América dos luso-americanos.» Ferreira Fernandes Críticas de imprensa «Pessoal, rico, documentado, cheio de vida e saber, escrito num português esmerado melhor, esmerilado -, Os Primos da América reemerge do seu esquecimento [ ] mais de duas décadas depois de chegar às livrarias pela primeira vez, para nos deixar com a estranha sensação de que lê-lo é um prazer raro [ ].» António Rodrigues, Público -
As Eleições que Ninguém Queria GanharDurante o mês de agosto - todos os dias, respeitando o descanso de domingo, porque inventar também cansa - o jornal Diário de Noticias publicou um folhetim de verão contando o setembro que vinha a seguir: As Eleições que Ninguém Queria Ganhar. Como o seu nome indicava não era sobre os mistérios da estrada de Sintra. A trama era inventada, como costume nos folhetins, mas era sobre política. Tratou-se, pois, de uma ficção política. O autor começou por ser Anónimo, mas acabou revelado como Ferreira Fernandes. «É preciso um enorme sentido de responsabilidade do autor para fazer este exercício sem magoar ou ferir, sem manipular ou estragar, sem saturar, e mesmo assim conseguir ser acutilante o suficiente para chamar o leitor dia após dia. Prever é difícil, especialmente o futuro, mas eu diria que o folhetim veio para ficar no Diário de Notícias. Assim se fazem bons jornais. Quanto aos políticos retratados, que atire a primeira pedra aquele que não tenha a justa vaidade de achar que muito do que faz é digno de figurar na melhor literatura. O jornalista Ferreira Fernandes e o Diário de Notícias demonstraram que sim: o que não faltam são boas histórias com grandes e pequenos protagonistas, daí o sentido deste livro. O que é bom merece perdurar.» André Macedo, no Prefácio -
Frases Que Fizeram a HistóriaObra inédita e surpreendente que traz à luz do dia esta espécie de senhas e contra-senhas da nossa identidade, lhes atribui um autor, quando possível, uma data e o contexto em que foram ditas. A matéria-prima é inesgotável. De Viriato a D. João II, passando pelas expressões populares, até chegar aos mais recentes fazedores de frases como Mário Soares e Cavaco Silva. "Só fui à Figueira para fazer a rodagem do meu Automóvel" Cavaco Silva "À grande e à francesa" Expressão popular nascida em 1807 "Sei muito bem o que quero e para onde vou" António de Oliveira Salazar "Voltará numa manhã de nevoeiro" Gonçalo Anes Bandarra -
Martim Moniz - Como o Desentalar e Passar a AdmirarA Praça Martim Moniz foi como que amaldiçoada ao longo da história, sujeita a remodelações, destruições e reconstruções. Do colorido das noras e laranjais a desejada melhor porta lisboeta para o norte, a atravancado urbanístico, por fim a praça derrubada e vazia. Agora que é retomada para discussão pública, renasce uma dúvida: o que fazer com esta vítima de sucessivos faz e desfaz? O presente retrato é uma viagem a esta praça confusa e fascinante, do ribeiro de Arroios a polo do fado e do cinema português, dos marialvas e artistas. Um relato de pérolas perdidas e trambolhos urbanos. Da população antiga e, sempre, de recém-chegados. Entre sucessivas mudanças e prudentes ambições, o Martim Moniz saberá, mais uma vez, reinventar-se. -
Cadernos do Arquivo - Volume 3Voltou aos lugares passados e andou por outros. Teve um hotel, Olofsson, um restaurante, La Belle Créole, uma homenagem à mulher, haitiana, em Israel, uma loja de tecidos exóticos na Praça de Espanha, em Roma. Roger Kahan - ou Coster - foi um trota-mundos por razões várias, mas foi em 1940 que a sua história se cruzou definitivamente com a História, quando, ainda apenas fotógrafo de cinema, francês, já refugiado, tirou as melhores fotografias de outros refugiados, sobretudo judeus, no porto de Lisboa. Esta é a história de um contador de tantas vidas dos outros - de que é epítome maior a velha senhora sentada numa mala num cais do Tejo -, que ao seu próprio destino baralhou-o, como que para se esconder.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?