Memórias I - De Viseu até ao II Governo de Guterres
Estas Memórias de António Correia de Campos são a todos os títulos exemplares. Relatam em pormenor, numa escrita hábil e fluente, o percurso vital de uma personalidade que ocupou lugares de destaque na vida pública portuguesa ao longo da segunda metade do século XX e os primeiros anos do século XXI.
O autor é bem conhecido sobretudo como um político inteiramente dedicado às questões da saúde, tanto em Portugal como secretário de Estado e ministro que foi da respetiva pasta, como noutras partes do mundo enquanto chefe de missão do Banco Mundial. O livro fala destes assuntos com grande profundidade, mas não se fica por aí. Os primeiros anos passados na aldeia de Torredeita, junto de Viseu, são-nos dados com grande riqueza de pormenores e muito realismo; o mesmo se pode dizer da adolescência e a descoberta do mundo e do amor; a passagem por África, pela cidade da Beira em Moçambique; a participação nas grandes lutas estudantis a partir de 1962, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra; a participação ativa na construção da democracia após o 25 de Abril, são outros tantos temas que enriquecem este livro. Quem nos fala nestas Memórias é, pela sua própria natureza, uma voz pessoal. Mas é esta mesma caraterística que a torna única e verdadeira, num diálogo com o leitor que o enriquece ao mesmo tempo que o diverte. Vale bem a pena abrir este livro e lê-lo do princípio até ao fim.
| Editora | Editorial Caminho |
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| Categorias | |
| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Correia de Campos |
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Reformas da Saúde - O Fio CondutorEste livro é sobre política. Política da saúde. Sobre as reformas necessárias para que as políticas correspondam às aspirações da maioria dos portugueses. A política é a escolha entre diferentes e por vezes opostas vias de acção, uma escolha que deve ser ditada pelo interesse público.Algumas escolhas haviam sido diferidas no tempo, devido à indecisão de políticos, incapazes ou impossibilitados de escolherem em tempo útil ou, tendo escolhido, não ousaram decidir e passar à acção. As escolhas são por vezes dolorosas, mas necessárias. Sem elas o sistema fica entregue a si próprio, à sua dinâmica, à ingovernabilidade caótica, raramente coincidente com o interesse público.Escolher implica risco, sacrifício e impopularidade temporária e localizada; implica coragem em seguir um rumo, em lançar o fio condutor que una as reformas.Press Clippings: Visão - «A Saber - O Regresso de Correia de Campos» Público - «Tempos de espera ainda muito altos para doentes com cancro - Entrevista: Correia de Campos lança livro sobre o seu mandato» Público - «Sai hoje para as bancas o livro Reformas da Saúde...» 24 Horas - «Novas taxas moderadoras eram um disfarce» Correio da Manhã - «Ex-ministro minimiza fecho de maternidades e urgências» Diário de Notícias - «Os médicos deviam receber tanto como os magistrado» Jornal de Notícias - «Correia de Campos revela segredos» Notícias da Manhã - «Ex-ministro fala sobre taxas moderadoras» Sol - «Cabeça fria precisa-se» -
Percursos Marcantes na SaúdeCinco biografias de personalidades de grande relevo na saúde dos portugueses na segunda metade do século passado. Complementadas pela lição de jubilação do autor, que conheceu todos os biografados exceto um, e cuja vida ativa coincidiu com a deles em trinta e cinco anos. Comum a todos, o forte desejo de querem fazer progredir o país, através do avanço do sistema desaúde e do conhecimento científico que o sustenta. Este livro destina-se a todos os que se dedicam a servir o interesse público, melhorando a saúde dos portugueses. -
Saúde & PreconceitoUma obra essencial para compreender a organização do sistema de cuidados de saúde, escrita por uma das personalidades mais idóneas e respeitadas deste setor -
Administração Pública e SaúdeEnsaios diversos sobre administração pública e saúde, gerados pelo percurso académico e profissional do autor, sobre temas ligados ao Estado Social, à avaliação de políticas públicas e suas reformas, às relações entre governo e administração pública, ao governo das universidades e dos hospitais. Na Saúde, análise das relações económicas principal-agente, debate sobre ética e prioridades, papel do Estado, o Hospital, as determinantes e o voluntariado hospitalar. Especial relevo é atribuído à avaliação do Serviço Nacional de Saúde, quando perfez 40 anos da sua criação. -
Administração Pública e SaúdeEnsaios diversos sobre administração pública e saúde, gerados pelo percurso académico e profissional do autor, sobre temas ligados ao Estado Social, à avaliação de políticas públicas e suas reformas, às relações entre governo e administração pública, ao governo das universidades e dos hospitais. Na Saúde, análise das relações económicas principal-agente, debate sobre ética e prioridades, papel do Estado, o Hospital, as determinantes e o voluntariado hospitalar. Especial relevo é atribuído à avaliação do Serviço Nacional de Saúde, quando perfez 40 anos da sua criação. -
Gaveta de ReformasGaveta de Reformas é a designação ajustada a um elenco de reformas, algumas jamais cumpridas, outras realizadas com sucesso, mesmo que parcial. A intenção é analítica e pedagógica. Alguém com a experiência do autor teria de passar em revista o que foi acontecendo ao longo de cinquenta anos no setor da saúde em Portugal, evidenciando o que se conseguiu no esforço reformador e o que ficou pelo caminho. O sistema de saúde português sofreu dois embates violentos na última dúzia de anos: o ajustamento financeiro por imposição externa e a crise da pandemia Covid-19. Não recuperou ainda a sua funcionalidade, revela cicatrizes que se perpetuam e encontra-se sob ataque, justo e injusto, de muitos setores. Este é um livro essencial para ajudar a entender os fatores do bloqueio e a procurar as suas portas de saída.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.