Mensagem, Dispersos e Traduções
O leitor encontra neste volume os 160 poemas em português que Fernando Pessoa atribuiu a si próprio, como autor e como tradutor, e que até hoje foi possível identificar: 96 dispersos que publicou, deixou que publicassem, ou foram publicados com o seu nome em vida dele, mas à sua revelia, em jornais, revistas literárias e antologias; 30 que apareceram pela primeira vez na Mensagem; e 34 poemas que traduziu: 26 de dezassete autores de língua inglesa e espanhola e 8 epigramas da Antiguidade grega. Vendo-os no seu conjunto, ficamos com a sensação de que os poemas que aqui se coligem — próprios ou traduções — são expressões documentadas de um percurso poético sui generis, no qual será difícil distinguir o poeta do homem que o constitui. Daí que se justifique a sua edição conjunta.
| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
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| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Santos Pessoa |
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Intervir na PaisagemAo longo da vida, o autor foi escrevendo, com frequência, para jornais nacionais e regionais, participou em inúmeros encontros, colóquios e seminários, sempre dedicados aos problemas do Ambiente e da arquitectura paisagista que, na sua visão, é uma arte e uma ciência directamente ligada às questões ambientais, às ciências da Terra, à ecologia e à paisagem. De entre o muito material escrito seleccionaram-se alguns textos que se agrupam em áreas temáticas e que traduzem o leque de preocupações que nortearam sempre a sua actividade, na qual a docência teve sempre um papel decisivo. Transmitir aos jovens alunos de arquitectura paisagista a visão global que a profissão lhes poderá conferir foi sempre um desafio que o estimulou. Também o seu percurso na função pública lhe permitiu reunir imensa informação e adquirir um conhecimento profundo que partilha e traduz para um público menos especializado com o propósito de desenvolver a sua consciência cívica e vontade de participação. Este livro aborda questões de grande actualidade, cuja leitura não deixa ninguém indiferente. -
Gonçalo Ribeiro Telles - A FotobiografiaObra de grande interesse documental, GONÇALO RIBEIRO TELES - A Fotobiografia, é um livro onde se reúnem mais de 230 imagens cuidadosamente seleccionadas pelo autor, Arquitecto Paisagista Fernando Santos Pessoa, que compilou e organizou o seu conteúdo, fruto da pesquisa em diversos espólios. O texto, rico em informações, é um testemunho baseado num grande conhecimento e profunda admiração pelo biografado. Esta narrativa visual de vários aspectos da vida do Professor Gonçalo Ribeiro Telles, revela-se tão multifacetada como a sua personalidade, e inclui imagens de diversos protagonistas da sociedade portuguesa da segunda metade do século XX, constituindo um seu retrato e de muitos dos seus colegas e amigos. Um livro de memórias e uma retrospectiva da longa vida de um homem de serviço a inúmeras causas. -
Gonçalo Ribeiro Telles- O Homem e a ObraCom Gonçalo Ribeiro Telles a Arquitectura Paisagista chegou ao conhecimento do público em geral como a actividade indispensável à concretização do ordenamento do território e da paisagem, e como suporte fundamental de uma Política de Ambiente e de Qualidade de Vida.Esta edição leva-nos a conhecer como Gonçalo Ribeiro Telles desenvolveu a sua acção pedagógica, profissional e política ao longo de várias décadas de vida, trabalho e militância de causas. O livro inclui 74 imagens, entre fotografias, projectos e pinturas por ele realizadas que nos dão uma imagem da dimensão da criatividade e qualidade de uma obra imensa que nos deixou. Gonçalo Ribeiro Telles constitui um exemplo profissional, ético, e metodológico com grande interesse para as várias gerações que reconhecem e admiram esta figura de referência da nossa da cultura contemporânea. Este livro resulta de um trabalho rigoroso e apaixonado que o Arquitecto Paisagista Fernando Santos Pessoa, primeiro como aluno, depois como colega e mais tarde amigo e companheiro de Gonçalo Ribeiro Telles soube registar num texto recheado de memórias de um grande admirador. Uma espécie de road-map pelo homem e a obra do Arquitecto Paisagista e Engenheiro Agrónomo mais conhecido em Portugal. Patrocínio: Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP)
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira