À Minha Maneira
Em 1931 o Banco Nacional Ultramarino foi objecto de um resgate milionário feito pelo Estado. Os accionistas privados perderam 75% do capital e receberam o dividendo seguinte apenas em 1947. Em várias cartas escritas por Oliveira Salazar, o então ministro das Finanças mostrava ter consciência da insustentabilidade da situação do BNU e dos riscos que representava para a economia. Este livro, apresenta o domínio da crise do BNU no contexto da Grande Depressão, mostrando como Salazar resolveu o grande escândalo financeiro do Estado Novo, evitando que este abalasse os alicerces de um regime ditatorial que se erigia e que durou até 1974.
| Editora | Matéria Prima |
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| Editora | Matéria Prima |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Filipe S. Fernandes |
FILIPE S. FERNANDES é jornalista. Colabora com o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã. Publicou artigos no Semanário, Expresso, Diário Económico, Eco, Observador, Sábado, Visão, Fortunas & Negócios e Exame.
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Os Empresários de Marcello CaetanoHá cinquenta anos, em setembro de 1968, quando Marcello Caetano substituiu António Oliveira Salazar, o programa de governo escorava-se em políticas de desenvolvimento económico, na liberalização económica regulada e num forte programa de investimento público e privado permitido pelas exportações, investimento e remessas dos emigrantes. Foram lançados vários projetos industriais como a criação de um polo em Sines, três novas fábricas de cerveja, quatro novas empresas de celulose, duas novas fábricas de cimento; bem como a construção da barragem do Alqueva, do novo aeroporto de Lisboa e de uma rede de quase 400 quilómetros de auto-estradas. O sopro de liberalização e o pacote de investimentos atiçou o conflito entre grupos económicos, tensões entre estes e o Estado numa guerra de baixa intensidade permanente como revelam as trocas de correspondência entre Marcello Caetano e empresários, gestores e advogados. Lutas e guerras pelo controlo de bancos, com a Bolsa em alta, a criação de novos impérios químicos e da energia, a compra desenfreada de jornais, as multinacionais a cimentarem a sua presença, depois de décadas a serem hostilizadas. Os «plutocratas», como lhe chamava Marcello Caetano, ou «grandes monopolistas», como os denominava o PCP, digladiavam-se. Miguel Quina desafia Marcello Caetano contra Jorge de Brito e o Grupo Mello, António Champalimaud, foragido entre 1968 e 1973, provoca e guerreia Marcello Caetano quando tentava comprar bancos à sua revelia, manifestava-se contra a concorrência nos cimentos em favor de Manuel Queirós Pereira, familiar de Marcello Caetano. Por sua vez, Artur Cupertino de Miranda estava no centro de conflitos de negócio com António Champalimaud, João Rocha e Lúcio Tomé Feteira. -
O Segredo Não é a Alma do Negócio O jornalista Filipe Fernandes fez uma recolha original e pormenorizada de mais de 800 pensamentos e citações de centenas de líderes empresariais. Este é um livro interessante para todos os que procuram inspiração para construir uma carreira e/ou um projecto de sucesso. Zeinal Bava, Alexandre Soares dos Santos, António Mexia, António Horta Osório, Ricardo Salgado ou Belmiro de Azevedo, são apenas alguns dos 250 empresários de sucesso cujas ideias sobre negócios, gestão, desenvolvimento pessoal, investimento ou dinheiro podem ser facilmente consultadas neste livro. -
Exportadores PortuguesesA notícia da morte da indústria do calçado foi claramente exagerada. O turismo soma e segue. Estes e outros sectores tornaram o Made em Portugal um trunfo: o peso das exportações no PIB cresceu 10 % em 7 anos. Contudo, os portugueses não conhecem esta história de sucesso. Que rostos estão por detrás das empresas que levam a marca Portugal aos cinco continentes? que produtos são o novo eldorado da exportação e o que mudou na sua composição? Estas e outras perguntas encontram finalmente resposta neste livro. -
Exportadores PortuguesesA notícia da morte da indústria do calçado foi claramente exagerada. O turismo soma e segue. Estes e outros sectores tornaram o Made em Portugal um trunfo: o peso das exportações no PIB cresceu 10 % em 7 anos. Contudo, os portugueses não conhecem esta história de sucesso. Que rostos estão por detrás das empresas que levam a marca Portugal aos cinco continentes? que produtos são o novo eldorado da exportação e o que mudou na sua composição? Estas e outras perguntas encontram finalmente resposta neste livro. -
O Homem SonaeO que está por detrás do sucesso de um dos mais respeitados empresários? O que faz com que a Sonae seja um caso de estudo sobre sucesso e estratégia? Quais são as linhas estratégicas de Belmiro de Azevedo? Belmiro de Azevedo é, provavelmente, o único empresário e gestor português que tem um discurso sobre a gestão e a empresa. No entanto, esta qualidade não o torna um teórico, mas sim alguém que transmite a riqueza de uma reflexão prática de gestor e de empresário. Foi a complexidade e as diversas facetas de Belmiro de Azevedo que inspiraram o jornalista Filipe Fernandes a mergulhar na vida de um dos mais bem sucedidos empresários portugueses, analisando o seu estilo de gestão e os momentos mais marcantes da sua carreira. Com base em entrevistas e artigos escritos por Belmiro de Azevedo, Filipe Fernandes apresenta agora um trabalho inédito que vai seguramente inspirar os gestores portugueses que admiram o estilo Sonae e saciar a curiosidade dos que querem perceber o sucesso de Belmiro de Azevedo. Neste livro são apresentados em detalhes temas como: os modelos de gestão na construção do Grupo Sonae, liderança e visão estratégica, os valores e a cultura empresarial, a OPA à Portugal Telecom e a sucessão por Paulo Azevedo, entre muitos outros.Ver por dentro: -
Organizem-se! ? A gestão segundo Pessoa"À medida que foi escrevendo a sua obra literária, considerada hoje uma das mais relevantes do século XX, Fernando Pessoa não deixou de reflectir e escrever sobre o que hoje se poderia chamar Gestão, Economia, Negócios ou Desenvolvimento Pessoal. Este conjunto de textos mostra que o autor projectou, a partir de uma posição económica liberal de influência claramente britânica, um programa de desenvolvimento e industrialização assente na organização (e inspirado nos exemplos norte-americano e alemão, como refere com frequência) e nas exportações. Encontra-se dividido em sete grandes capítulos: Gestão e Organização; Ideias Económicas; Indústria; Técnicas Comerciais; Publicidade; Desenvolvimento e Gestão Pessoal; apresentando, no último capítulo, alguns devaneios mais ou menos literários que têm como ponto de partida os milionários e os burlões. «A obra Organizem-se!», um trabalho de Filipe Fernandes, reúne e contextualiza os escritos de teor mais económico de Fernando Pessoa, já publicados ou inéditos existentes nos espólio do poeta, depositado na Biblioteca Nacional, constituindo, desta forma, a mais completa obra de Fernando Pessoa sobre esta temática."Ver por dentro: -
Os Empresários de Marcello CaetanoHá cinquenta anos, em setembro de 1968, quando Marcello Caetano substituiu António Oliveira Salazar, o programa de governo escorava-se em políticas de desenvolvimento económico, na liberalização económica regulada e num forte programa de investimento público e privado permitido pelas exportações, investimento e remessas dos emigrantes. Foram lançados vários projetos industriais como a criação de um polo em Sines, três novas fábricas de cerveja, quatro novas empresas de celulose, duas novas fábricas de cimento; bem como a construção da barragem do Alqueva, do novo aeroporto de Lisboa e de uma rede de quase 400 quilómetros de auto-estradas. O sopro de liberalização e o pacote de investimentos atiçou o conflito entre grupos económicos, tensões entre estes e o Estado numa guerra de baixa intensidade permanente como revelam as trocas de correspondência entre Marcello Caetano e empresários, gestores e advogados. Lutas e guerras pelo controlo de bancos, com a Bolsa em alta, a criação de novos impérios químicos e da energia, a compra desenfreada de jornais, as multinacionais a cimentarem a sua presença, depois de décadas a serem hostilizadas. Os «plutocratas», como lhe chamava Marcello Caetano, ou «grandes monopolistas», como os denominava o PCP, digladiavam-se. Miguel Quina desafia Marcello Caetano contra Jorge de Brito e o Grupo Mello, António Champalimaud, foragido entre 1968 e 1973, provoca e guerreia Marcello Caetano quando tentava comprar bancos à sua revelia, manifestava-se contra a concorrência nos cimentos em favor de Manuel Queirós Pereira, familiar de Marcello Caetano. Por sua vez, Artur Cupertino de Miranda estava no centro de conflitos de negócio com António Champalimaud, João Rocha e Lúcio Tomé Feteira. -
Vístulo de Abreu - O Primeiro Gestor Moderno de PortugalA biografia de Vístulo de Abreu é o segundo volume da colecção «Histórias de Liderança», que dá a conhecer a vida daqueles que contribuíram para definir a natureza da gestão em Portugal, para memória futura.José Domingos Vístulo de Abreu foi o primeiro e único CEO do Grupo CUF que não pertencia à família Mello. Tomou posse em 1969, mudando a orientação da produção para o mercado e do produto para o cliente, pela primeira vez numa empresa portuguesa, com o apoio da consultora McKinsey. Manteve-se na CUF mesmo após a nacionalização do grupo, em Agosto de 1975. Saiu em 1977 e, pouco depois, foi convidado para liderar o Grupo de Negociação do Projecto Renault, a que se juntou mais tarde a negociação com o grupo Ford. Se esta falhou, o acordo com a Renault consumou-se em 1980, tendo Vístulo de Abreu ficado a presidir a Renault Portuguesa. Em 1990, foi convidado para liderar o Gattel, que seria responsável pelo acompanhamento da construção da Ponte Vasco da Gama, inaugurada em 1998. A sua carreira como gestor terminaria no Grupo José de Mello, de José Manuel de Mello, um dos herdeiros do Grupo CUF. -
O Banqueiro do Rei, do Diabo e das RainhasA incrível e pouco conhecida história do banqueiro judeu que financiou a Restauração e o casamento de D. Catarina de Bragança. Duarte da Silva (1596‑1688), cristão‑novo, colocou a sua fortuna ao serviço da Restauração de Portugal. Preso pela Inquisição durante cinco anos, foi responsável pelo dote do casamento de D. Catarina de Bragança com Carlos II, que o levou à prisão durante um ano por ter falhado pagamentos. Depois de tentar o regresso a Portugal, morreu como judeu em Antuérpia. Poderia ser o resumo da sua vida num tweet.Duarte da Silva era, no reinado de D. João IV, «o homem de negócio mais importante do império, ao ponto de ser conhecido com o “banqueiro do Rei”».Esta figura, de que não conhecemos rosto, movia‑se de forma discreta pelo mundo e pelos negócios e esteve sempre presente nos momentos em que o reino, que buscava regressar à sua independência, necessitou da sua ajuda financeira, mesmo quando se encontrava preso numa das celas no Palácio dos Estaus, sede do Tribunal da Santa Inquisição, em Lisboa, em cujos baixos, as salas de tormentos, foi torturado.A sua detenção e prisão durante cinco anos tornou‑se um dos episódios mais debatidos do reinado de D. João IV, tanto na época como na historiografia portuguesa.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?