Moçambique da Colonização à Guerra Colonial - A Intervenção da Igreja Católica
Na iminência do cinquentenário do 25 de Abril – e quando se celebram 100 anos do nascimento de D. Manuel Vieira Pinto, arcebispo emérito de Nampula – Amadeu Gomes de Araújo e Manuel Vilas Boas decidiram-se pela escrita, a quatro mãos, da História de Moçambique e do papel da Igreja Católica, durante a colonização.
O livro destaca os encontros e desencontros, dos povos, a partir dos finais do séc. XV, nas praias do Índico, onde se cruzaram as caravelas de Vasco da Gama, com outras línguas, culturas e religiões, ao longo da mítica Rota da Seda à intervenção da Igreja Católica, no longo período que antecedeu a Independência de Moçambique, de modo especial nas dioceses da Beira, Tete e Nampula. Também se evocam os factos que marcaram a ação da Igreja pela denúncia de massacres perpetrados pelas Forças Armadas Portuguesas, bem como os desmandos da revolução marxista-leninista que se instalou na República Popular de Moçambique, após a Independência.
Recordam-se ainda personagens essenciais, antes e depois do 25 Abril, como a expulsão do bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, dos missionários Brancos e de Burgos, e ainda os missionários Combonianos.
| Editora | Paulinas |
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| Coleção | Fora de Coleção (Paulinas) |
| Categorias | |
| Editora | Paulinas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Amadeu Araújo, Manuel Vilas Boas |
Nasceu na freguesia de Remelhe, concelho de Barcelos, em 1947, e iniciou a vida profissional em Nampula, Moçambique, em 1971, como professor do ensino secundário. Após a independência de Moçambique, foi conselheiro de orientação profissional no Ministério do Trabalho, em Maputo, até 1978, ano em que regressou a Portugal.
É licenciado em História pela Universidade do Porto e doutorado em Ciência do Desporto pela mesma Universidade.
Trabalhou em Macau, de 1984 a 2000. Dirigiu o Departamento dos Assuntos Académicos do Instituto Politécnico de Macau, lecionou História de Macau, como assistente convidado, e ministrou cursos de formação profissional.
Foi bolseiro da Fundação Oriente. Diretor do Rotary Club de Macau. Maratonista e desportista náutico. Integrou a direcção da Associação de Hóquei em Patins de Macau. Membro/associado de diversas instituições de natureza cultural e desportiva, nacionais e estrangeiras. Presidente da Comissão Política da Secção de Macau do Partido Social Democrata – PSD.
De novo em Portugal, criou e administrou a empresa de energia solar térmica Himalaya-Sol, Lda.
Habilitado com o curso de Teologia, é membro/investigador do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, e Vice-Postulador da Causa da Canonização de D. António Barroso e diretor do respetivo boletim.
Foi colaborador da revista Macau, revista Administração, Revista de Cultura, Revista do Instituto Politécnico de Macau, Estudos sobre a China VIII (Universidade Técnica de Lisboa) e Dicionário Temático de Macau (Universidade de Macau), Lusitania Sacra (Universidade Católica Portuguesa), Brotéria. Conferências diversas e mais de uma centena de trabalhos publicados em livros e revistas. Autor ou coordenador de obras como Macau: Sociedade e Desporto, A Administração e o Público, Viver em Macau, Diálogos em Bronze: Memórias de Macau, Réu da República (coautor), Estudos sobre D. António Barroso, Memórias de um Bispo Missionário, Um Erro de Afonso Costa, D. António Barroso: Memória e Pensamento.
Casado e pai de dois filhos, reside em Carcavelos, Cascais.
Nasceu, em 8 de dezembro de 1948, na freguesia de Pedra Furada, do concelho de Barcelos. Estudou nos seminários de Tomar, Cernache do Bonjardim (Cucujães) e Valadares. Concluiu, em 1972, o curso de Teologia, no Instituto Superior de Estudos Eclesiásticos do Porto (ISEE). É sacerdote da Sociedade Missionária da Boa Nova, desde 15 de agosto de 1974, após dois anos de estágio pastoral, no Colégio de São João de Brito, em António Enes, na diocese de Nampula, Moçambique.
Especializou-se em Comunicação Audiovisual, na Universidade Católica de Lyon e, em Jornalismo, na Escola Superior de Meios de Comunicação Social de Lisboa.
Cofundador, em 1979, do programa 70×7, da RTP, realizou, durante treze anos, mais de 400 emissões de televisão. Foi também fundador e realizador do Centro de Produção Audiovisual (CEPAV) e da Cooperativa Logomedia (hoje, Agência Ecclesia, responsável pela programação católica da RTP 2), tornando-se autor de diaporamas e videogramas, para as áreas da catequese, do ensino e da cultura, designadamente, para a 17.ª Exposição de Arte, Ciência e Cultura, ocorrida, em 1983, na cidade de Lisboa. Dirigiu cursos de Comunicação Audiovisual, por todo o País, em diversas dioceses, institutos e universidades.
Jornalista do semanário O Jornal, desde 1977 (hoje revista Visão), antigo comentador de assuntos religiosos, na Rádio Difusão Portuguesa (RDP), integra a TSF – Rádio Notícias, desde a sua fundação, em 1988, onde foi membro da Direção, durante dez anos. Acompanhou para esta estação radiofónica, as mais significativas viagens dos papas João Paulo II e Bento XVI.
Edita, atualmente, em 16.ª edição, o programa Encontros com o Património, da Direção-Geral do Património Cultural, que foi galardoado, em 2010, com o Prémio de Melhor Programa de Rádio, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Foi-lhe atribuído um Prémio Europa Nostra, um dos galardões de maior relevância mundial, para programas sobre o património. O prémio foi entregue, em maio de 2014, em Viena, na Áustria, pelo Presidente da República da Áustria.
Entre 2004 e 2006, foi presidente do Conselho Deontológico (CD) do Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ). Comenta a atualidade religiosa nacional e internacional na RTP, SIC, TVI, CNN e TSF.
Em novembro de 1993, publicou Fátima – os lugares da profecia, no Círculo de Leitores. É, ainda, coautor, com Amadeu Gomes de Araújo, do livro: Moçambique: da Colonização à Guerra Colonial – A Intervenção da Igreja Católica, editado em novembro de 2023.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes? -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado.