Morte à Pide! A Queda da Polícia Política do Estado Novo
Terá sido a Revolução dos Cravos tão branda e pacífica como se diz? O que aconteceu na da PIDE, em Lisboa, no 25 de Abril de 74? Que destino tiveram os agentes da polícia política do Estado Novo?
Toda a história no novo livro de António Araújo, um dos grandes especialistas da historiografia contemporânea.
O sangrento assalto à sede da PIDE no 25 de Abril, a «caça aos pides» nas ruas de Lisboa, a espectacular fuga da prisão de Alcoentre no «Verão Quente» de 1975. Enquanto isso, os principais responsáveis políticos do anterior regime abandonavam o país sem prisões nem julgamentos, o que, entre outros factores, condicionou decisivamente o destino a dar aos funcionários e agentes da polícia política do Estado Novo. Viagem por um passado que ainda é presente.
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Araújo |
António M. F. Araújo é o diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário de Santo António e, desde janeiro de 2023, o diretor do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto. Em 2010, fundou a Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, que presidiu até 2017, sendo atualmente o presidente da Mesa da Assembleia Geral. Integra, desde 2013, o Conselho Nacional para a Oncologia e, entre 2017 e 2022, foi o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.
Foi distinguido com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro, pelo município do Porto, em 2022. Depois de mais de 100 artigos científicos e capítulos de livros, como autor ou colaborador, É cancro. E agora?, escrito com Ana Rita Lopes, é o seu primeiro livro destinado ao grande público.
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Matar o Salazar: o atentado de julho de 1937O ATENTADO À BOMBA QUE EXPÕE OS MECANISMOS DO ESTADO NOVO E OFERECE UM RETRATO ÚNICO DO OPOSICIONISMO DA ÉPOCA.O atentado aconteceu a 4 de Julho de 1937. António de Oliveira Salazar estava a sair do carro para assistir a uma missa dominical quando foi detonada uma bomba que partiu janelas de prédios, levantou tampas de esgoto na rua, mas deixou incólume o chefe do Governo. Matar o Salazar regressa a esse momento histórico para ir além da explosão, aprofundando de forma inédita os acontecimentos e o ambiente da época: as subsequentes manobras da propaganda para reforçar a imagem do ditador; a desastrosa investigação da PVDE que condenou inocentes; um processo judicial complexo que só se veio a conhecer em 1996 e expôs como nunca antes a rivalidade entre polícias durante o Estado Novo; o grau de envolvimento de anarquistas e comunistas; e o reforço das diferenças entre a Lisboa burguesa, que ficava entre as Avenidas Novas e as tertúlias da Baixa, e a Lisboa popular, a cidade oposicionista que nascia nos bairros tradicionais e ia além dos confins da Amadora. -
Da Direita à Esquerda: cultura e sociedade em Portugal, dos anos 80 à actualidadeComeçando por retratar a cultura de direita portuguesa dos anos 80 aos nossos dias, o autor debruça-se sobre os grandes pontos de clivagem que, pelo menos à superfície, continuam a dividir as culturas de esquerda e de direita em Portugal. Percorrendo diversas tendências contemporâneas como a proliferação do lifestyle e do trendy, a revisitação light do salazarismo, os livros de auto-ajuda e outras taras actuais, a sociedade portuguesa é apresentada como adversa a extremismos, realçando-se as muitas afinidades ocultas entre direita e esquerda - mais numerosas e profundas do que costumamos julgar. -
Consciência de Situação - Ensaio sobre The Falling ManThe Falling Man, de Richard Drew, é uma das mais conhecidas - porventura, a mais conhecida - fotografias do 11 de Setembro de 2001. Um homem em queda das Torres Gémeas. Em Consciência de Situação António Araújo fala dessa e doutras imagens de pessoas a cair dos céus, na manhã dos atentados em Nova Iorque, mas não só. De caminho, o 11 de Setembro visto de perto, minuto a minuto. Como se estivéssemos lá no alto, encurralados no cimo do World Trade Center. "Na manhã de 11 de Setembro de 2001, as câmaras de televisão filmaram uma mulher na rua, horrorizada pelos corpos em queda do cimo das Torres Gémeas. Aos gritos, dizia: "há ali gente a saltar, gente a saltar! Acho que estão a tentar salvar-se!" Ninguém pode tentar salvar-se saltando de um 102.º andar de um edifício. Tudo depende, no entanto, do que entendermos por "salvação". Em função disso, o grito descontrolado daquela mulher pode ser encarado como uma frase insensata e ditada pelo pânico; ou, pelo contrário, como a observação mais certeira e sagaz alguma vez feita sobre os suicidas do 11 de Setembro." -
«O Mais Sacana Possível»: A Revista Almanaque (1959-1961)«O mais sacana possível», assim era o programa da Almanaque, a mítica revista que Cardoso Pires lançou em finais de 1959, com uma equipa de luxo – SttauMonteiro, Alexandre O’Neil, Augusto Abelaira, Baptista-Bastos, Vasco Pulido Valente, José Cutileiro – e o grafismo ímpar de Sebastião Rodrigues, além da colaboração de todos os grandes nomes da cultura portuguesa do pós-guerra. Durou pouco, 18 números, e o que dela ficou, ao fim destes anos todos, é demasiado pouco para aquilo que a Almanaque representou à época em que viu a luz, com a sua desconcertante originalidade. Foi uma aventura efémera e inconsequente, sem dúvida, que este livro tenta recuperar e honrar, mas também uma pedrada no charco da tacanhez provinciana do Portugal-Salazar.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?