Na Planície das Serpentes
Paul Theroux regressa aos seus temas clássicos, e pela porta grande: o México, a terra de todas as aventuras e de todos os sonhos.
Na cultura ocidental, o México é a terra da liberdade – foi o país procurado pelos foragidos e pelos aventureiros, pelos escritores europeus e americanos e pelos viajantes em busca de exotismo, pacificação e turbulência. Da fronteira com os EUA até ao limite das grandes montanhas a sul, o México é o mapa da literatura, do cinema, da música e do gosto de viver e de viajar. Paul Theroux percorre toda a extensão da fronteira EUA-México (onde encontra emigrantes em busca de conforto) e depois mergulha profundamente no interior, nas estradas secundárias de Chiapas e Oaxaca, vai a Monterrey e a Veracruz para descobrir um mundo fascinante escondido por detrás da brutalidade e da violência das manchetes dos jornais e das histórias dos cartéis da droga. No deserto de Sonora ou nas grandes pirâmides das civilizações maia ou tolteca, nas cidades modernas ou nas que conservam a beleza da arquitetura colonial, Theroux redescobre para todos nós um país grandioso e cheio de história, que fascina várias gerações: as mais velhas, que relembram a música, a literatura e o gosto pela história; as mais jovens, que não perderam o gosto pela liberdade e pela aventura.
«Intenso e poderoso.»
Wall Street Journal
«Vivo, informado, curioso e cheio de generosidade.»
The Boston Globe
«Cheio de compreensão e graça, [Na Planície das Serpentes] é um relato afetuoso e perspicaz sobre a cultura mexicana contemporânea, a política e a vida de todos os dias.»
Sunday Times
«Os livros de Theroux continuam a ser a medida pela qual toda a literatura de viagem devia ser julgada.»
Observer
| Editora | Quetzal |
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| Categorias | |
| Editora | Quetzal |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paul Theroux |
Paul Theroux nasceu no Massachusetts, em 1941, e vive atualmente entre Cape Cod e o Havai. Foi professor em Itália, no Malawi, no Uganda, e também em Singapura e Inglaterra. Escreveu romances, ensaios e alguns dos melhores livros de viagens de sempre, como O Velho Expresso da Patagónia, Comboio-Fantasma para o Oriente, O Grande Bazar Ferroviário e este A Arte da Viagem, todos publicados pela Quetzal.
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Mão Morta - Um Crime em CalcutáO escritor de viagens com um bloqueio criativo; o pedido de ajuda que chega por carta; o jovem indiano que acorda no hotel com um cadáver ao lado; a remetente da carta, a enigmatica viúva rica Senhora Unger; Calcutá, na sua atmosfera pungente, saturada de humidade e cheia de labirintos decadentes. E uma mão morta. O mais recente romance de Paul Theroux apresenta uma pleiade de personagens ricamente desenhadas, num caso de difícil resolução. É um fresco da Índia moderna um thriller, um devaneio erótico e uma reflexão sobre a idade e a perda da energia criativa. -
A Arte da Viagem - Iluminações de Vidas na EstradaCinquenta anos de viagens celebrados por uma recolha de textos que formaram Paul Theroux enquanto leitor e enquanto viajante - um manual literário de viagem, um guia filosófico, uma antologia de grandes autores que viajaram, entre eles Theroux. A Arte da Viagem mostra toda a bagagem - espiritual ou física - que levaram e que trouxeram; os lugares por onde passaram, ou nunca passaram; os prazeres e os sofrimentos do viajante, os paradoxos da viagem, a solidão, o anonimato, o encontro com estranhos; a estrada enquanto vida; as cidades, os comboios, as paisagens; a aventura; e a tradição, a política e a pornografia na viagem; o tempo e o amor na viagem; e a viagem enquanto transformação. Neste extraordinário tributo encontramos, entre muitos, Vladimir Nabokov, Samuel Johnson, Evelyn Waugh, Mark Twain, Bruce Chatwin, Graham Greene, Isak Dineses, Anton Tchekov, Ernest Hemingway e o melhor de Paul Theroux. -
Comboio-Fantasma para o OrienteTrinta anos depois de ter escrito O Grande Bazar Ferroviário (publicado pela Quetzal na sequência de O Velho Expresso da Patagónia), Paul Theroux revisita os lugares da sua grande viagem pela Ásia e encontra um mundo em mudança acelerada. A viagem deste livro reconstitui um mapa prodigioso: o da antiga União Soviética, percorrendo a Geórgia ou o Azerbaijão, visitando o escritor e prémio Nobel Orhan Pamuk na Turquia, sobrevivendo ao comboio transsiberiano, respirando o pó nas estradas do Paquistão até chegar à índia e, depois, à Tailândia, à Birmânia e ao Laos, antes de cruzar as rotas da China para chegar ao Japão.Esse trajeto é literário, pessoal e um exemplo superior de reportagem sobre as mudanças que recolocaram a Ásia no nosso mundo. Mais do que isso, é um roteiro devorado pela curiosidade, pela paixão da viagem e do conhecimento e pela inspiração que atravessa os livros de Paul Theroux como uma ventania de beleza e disponibilidade, dialogando com todos os lugares que vai conhecendo.Com Comboio-Fantasma para o Oriente, Paul Theroux confirma o seu lugar como o mais talentoso e criativo «escritor de viagens» do nosso tempo. -
Ultimo Comboio Para a Zona Verde. Do coração de África até Angola, o meu último safari em ÁfricaUma viagem que se inicia na Cidade do Cabo e que Theroux, passando por Angola, queria que acabasse no Norte de África. Porém, após visitar Angola, o incansável viajante decide interromper o seu caminho ascendente. As experiências-limite por que passou, a deceção com a decadência, a colonização pelo materialismo ocidental, a omnipresença da corrupção e a perda da comunhão dos povos com a natureza terão feito desta a última viagem de Theroux ao Continente Negro. Angola sai maltratada deste livro, assim como muitas figuras de proa de organizações humanitárias que operam em África. Um documento impiedoso e de gritante atualidade. Um livro-choque. Críticas de imprensa: «Paul Theroux escreveu alguns dos melhores livros de viagem dos últimos cinquenta anos.» The Spectator «A prosa enérgica e inflamada de Theroux impele-nos pelas páginas fora. Um livro inquietante que recusa qualquer tipo de compromisso.» The Guardian «Alguém que não tem medo de ir contra todo o discurso bem pensante e politicamente correto.» The New Statesman/i> «Uma viagem de despedida pelo Continente que enfeitiça e repele Theroux desde os tempos de voluntariado no Corpo de Paz, no Malawi.» The New York Times -
O Outro Lado do ParaísoEllis Hock nunca acreditou que voltaria a África, à isolada aldeia em que fora tão feliz. Enquanto gere o seu antiquado negócio de pronto-a-vestir masculino, Ellis Hock sonha ainda com o seu paraíso africano e os quatro anos que passou no Malawi com o Corpo de Paz, interrompidos quando foi obrigado a regressar para tomar conta do negócio de família. No entanto, quando a mulher o deixa, privando-o da casa de família e da filha, e exigindo partilhas, Ellis Hock percebe que não tem lugar para onde possa ir, a não ser a remota região de Lower River, onde poderá reencontrar momentos felizes. Ao chegar à poeirenta aldeia, Hock descobre-a profundamente transformada: a escola que o próprio construíra é agora uma ruína; a igreja e a clínica desapareceram; e a pobreza e apatia instalaram-se nas pessoas, que se lembram dele do estrangeiro que tinha medo de cobras e que lhe dão as boas-vindas. Mas esta nova vida de Ellis Hock, este retorno, será uma evasão ou antes uma armadilha? Alternando memória e desejo, esperança e desespero, salvação e condenação, este é um emocionante regresso a um terreno sobre o qual ninguém escreveu com tanto brilhantismo como Theroux. -
Viagem por ÁfricaPaul Theroux parte do Cairo rumo à Cidade do Cabo. Viajando através do mato e do deserto, descendo rios e atravessando lagos e países, um a seguir a outro - Egito, Sudão, Etiópia, Quénia, Uganda, Tanzânia, Maláui, Moçambique, Zimbabué e África do Sul -, visita algumas das paisagens mais deslumbrantes da Terra, e algumas das mais perigosas. -
Sul ProfundoEm viagens durante as quatro estações, serpenteando estradas rurais, Paul Theroux atravessa o Sul Profundo da América para revelar a verdade por detrás dos mitos, das ficções e das mentiras. Visita feiras de armas e igrejas de pequenas cidades, trabalhadores no Arkansas e partes do Mississippi – onde ainda chamam às quintas «plantações». Fala com autarcas e assistentes sociais, escritores e reverendos, com trabalhadores pobres e famílias de agricultores: os heróis do Sul que ninguém canta, os que nunca saíram de lá e os que voltaram a casa, para construir um lugar fora do qual nunca conseguiriam viver. -
O Grande Bazar Ferroviário"O Grande Bazar Ferroviário" é o relato emocionante que Paul Theroux faz da sua épica e invejável viagem de comboio entre a Europa e a Ásia. Repleta de evocativos nomes de comboios lendários – o Expresso do Oriente, o Correio de Khaibar para o Entroncamento de Lahore, o Correio de Deli proveniente de Jaipur, ou o Expresso Transiberiano, entre outros –, descreve lugares, culturas e paisagens (florestas e estepes, subúrbios e desertos) que atravessou e as pessoas fascinantes que conheceu e que o acompanharam ao longo de milhares de quilómetros. De farrapos de tagarelice a monólogos solitários, passando por conversas com passageiros de ocasião, este é um maravilhoso resumo das românticas e inesperadas alegrias das viagens de comboio – e do sabor da liberdade. -
Viagem por ÁfricaNesta viagem, Paul Theroux parte do Cairo rumo à Cidade do Cabo. Viajando através do mato e do deserto, descendo rios, atravessando lagos e países (Egito, Sudão, Etiópia, Quénia, Uganda, Tanzânia, Malawi, Moçambique, Zimbabué e África do Sul), visita algumas das mais deslumbrantes paisagens da Terra – e algumas das mais perigosas, também. É uma viagem de descoberta e redescoberta – do desconhecido, do inesperado, mas também de pessoas e lugares que ele conhecera 40 anos antes, enquanto professor jovem e otimista. «Uma carta de amor ao continente africano.» The Sunday Times «O trabalho de Theroux continua a ser a medida pela qual a escrita de viagens deve ser julgada.» The Observer «Uma obra-prima da viagem.» Eric Newby -
O Velho Expresso da PatagóniaUm grande clássico da literatura de viagens, agora na série Terra Incognita: «O fim do mundo é um lugar.»Paul Theroux saiu de sua casa em Medford, no Massachusetts, numa manhã de mau tempo e apanhou o comboio suburbano para Boston. Aí chegado, apanhou outro comboio para Chicago, e assim sucessivamente, até ao percurso final no Velho Expresso da Patagónia, que o levou à mítica e remota região do Sul da América, passando por Buenos Aires – onde encontra Jorge Luis Borges –, atravessando o México, a Guatemala, San Salvador, a Colômbia, o Peru. Um relato de encontros, rostos e histórias. Tudo termina com uma frase maravilhosa: «O fim do mundo é um lugar». A grande obra-prima que reinventou a arte da literatura de viagens.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».