Nanbanjin - Os Portugueses no Japão
Os encontros entre os Portugueses e os Japoneses no século XVI tiveram um papel marcante na história daquele país. Para além de estabelecerem relações comerciais entre os dois países e de levarem o Cristianismo ao Japão, os Portugueses proporcionaram um primeiro contacto com uma cultura diferente e com o Outro, face ao qual a identidade japonesa começou a ganhar forma. Profusamente ilustrado com fotografias, obras de arte e reproduções de documentos de época que acompanham o texto rigoroso e documentado de Luís Filipe Thomaz, Nanbanjin - Os Portugueses no Japão narra este primeiro encontro entre duas culturas assinalando afinal o momento que abriria definitivamente ao Japão as portas da modernidade.
| Editora | Gradiva |
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| Editora | Gradiva |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Luís Filipe F. R. Thomaz |
Luís Filipe Thomaz nasceu em Lisboa, em 1942. Licenciado em História pela FL da Univ. de Lisboa (1965) e em línguas orientais pelo Institut National des Langues et Civilisations Orientales, pelo Institut Catholique e pela Univ. de Paris III (1982). Foi Professor Assistente na FL da Univ. de Lisboa e na Univ. dos Açores e Prof. convidado na FCSH da Univ. Nova de Lisboa, entre 1984 e 2002. É desde 2002 diretor do Instituto de Estudos Orientais da Universidade Católica Portuguesa. É autor de sete livros e de mais de uma centena de artigos, versando quase todos a presença portuguesa no Oriente. Colabora com as revistas Archipel, Anais de História de Além-Mar e Lusitania Sacra. Tem-se dedicado, sobretudo, à história do Oriente, com especial atenção a Timor, onde foi outrora militar, jornalista e professor de Latim e Grego no Seminário de Dare. Foi galardoado com o Prémio D. João de Castro da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, em 1994.
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O Drama de Magalhães e a Volta ao Mundo sem Querer seguido de Um Museu dos Descobrimentos: porque não?Fernão de Magalhães é, e a justo título, o mais conhecido e celebrado navegador da história universal. O seu nome está ligado a uma façanha inédita — a circum-navegação do Globo terrestre (1519-1522) — que, por ironia do destino, apenas teve lugar porque ele pereceu no decurso da viagem que planeara. Foi praticamente em desespero de causa que a nau Victoria (uma das duas que restavam das cinco partidas de Sanlúcar de Barrameda a 19 de Setembro de 1519) se decidiu a empreender a jornada de regresso, de Maluco a Espanha, pela rota portuguesa do Cabo, transformando assim em volta ao Mundo o que se previa ser uma viagem de ida e volta pelo Pacífico.O mérito de Magalhães está, por um lado, em ter descoberto uma das passagens que ligam o Atlântico ao Pacífico, provando assim a circum-navegabilidade da Terra; mas está sobretudo em ter intuído que o regime de ventos daquele oceano — a que chamou Pacífico por o ter encontrado calmo ao nele entrar — devia ser idêntico ao do Atlântico, o que lhe permitiu escolher a rota certa e assim atravessar à primeira tentativa a sua imensidão, até aí inexplorada. -
A Expansão Portuguesa - Um Prisma de Muitas FacesA expansão portuguesa constituiu um fenómeno histórico de grande diversidade e de muito maior heterogeneidade do que a espanhola. Teve lugar à escala de três oceanos e três continentes, onde as condições geográficas, sociais, económicas e políticas eram muito mais variadas, conferindo lhe desde o início uma imensa complexidade. As crónicas da época, no entanto, não permitem divisar isso de modo claro por diversas razões.Os projectos fracassados e os êxitos fortuitos repõem a dimensão humana dos ideólogos e dirigentes de antanho; se os ignorarmos, os seus artesãos parecem transcender a natureza humana e transformam-se em super homens dotados de uma visão profética e praticamente infalível do futuro o que, na realidade, só raras vezes ocorreu. Este livro é uma tentativa de os reduzir às suas reais dimensões e de escrever a história das massas e não apenas a das suas figuras de proa; e, ao mesmo tempo, de situar o fenómeno expansionista português, em cada uma das suas múltiplas vertente -
Ucrânia - As Lições da História e Outros Estudos Sobre o Oriente CristãoMais ou menos discreto, o registo da religião esteve quase sempre ou mesmo sempre activo nos acontecimentos e conflitos na História. Com o seu saber estelar e o conhecimento singular da História da região e da especialidade em causa, este livro de Luís Filipe Thomaz revela essa dimensão no drama da Ucrânia. Dimensão que estando bem presente – e sendo mesmo, porventura, determinante – tem sido ignorada ou é subestimada. A visão e o contributo de novidade que é uma lufada de ar fresco no que se ouve e se vai lendo na enxurrada de comentários que se repetem
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?