O Arqueólogo Português
Dá-se corpo, com este volume, a uma nova série da revista O Arqueólogo
Português, a mais antiga e porventura a mais prestigiada e internacionalizada revista da arqueologia
portuguesa, fundada em 1895 por José Leite de Vasconcelos. O ciclo ora iniciado resulta de uma
parceria estabelecida entre o Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e a Imprensa Nacional-Casa
da Moeda (INCM).
Esta parceria actualiza os laços de colaboração que remontam ao tempo do fundador da revista e do
próprio museu, uma vez que a INCM foi a editora da maior parte da obra publicada de Leite de
Vasconcelos, incluindo aquela que resultou da actividade do «seu» museu, o Museu Etnológico
Português, actual MNA.
Esta ocasião foi aproveitada para o relançamento e reorganização, mais profunda neste caso, da série
monográfica de Suplementos a O Arqueólogo Português. Trata-se do Suplemento n.º 7, dedicado à
correspondência entre José Leite de Vasconcelos e Orlando Ribeiro.
| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
|---|---|
| Coleção | Projectos Especiais - Extra Colecção |
| Categorias | |
| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Leite de Vasconcelos, Orlando Ribeiro |
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O Ensino da Geografia"[...] os oito textos agora escolhidos e tornados de novo acessíveis aos leitores [...] mantêm todo o interesse e a atualidade. Mostram que a Geografia, muito além de simples catálogo mais ou menos organizado de dados referentes à superfície do Globo, é uma disciplina que implica, para quem a pratica, uma visão personalizada do Mundo, uma maneira de estar e de ser, que cada geração tem de reinventar ao seu modo, sem menosprezar o que os avós fizeram, mas em completa liberdade." Suzanne Daveau (do Prefácio) -
Mestres, Colegas, Discípulos - 1.º e 2.º VolumesEntre as numerosas personalidades cuja vida e obra foram evocadas em artigos ou em prefácios por Orlando Ribeiro, distinguem-se aqui, na sua qualidade de Antecessores, as que viveram em épocas suficientemente recuadas para que tenha apenas contactado com eles através de leituras. Constituem um grupo pequeno mas muito heterogéneo, que começa com Camões, cuja obra lírica era então o clássico liceal por excelência, e que incorpora ainda Vidal de La Blanche, de que Orlando Ribeiro leu desde 1930 a famosa obra póstuma, Les Principes de Géographie Hummaine, e Jules Daveau, de quem utilizou cuidadosamente os escritos geobotânicos, ao preparar a tese de doutoramento sobre a Arrábida. -
As Mortes de Lucas e MateusAs Mortes de Lucas Mateus, de Leite de Vasconcelos, é a surpresa do teatro por dentro da obra escrita deste moçambicano, homem do cinema, da rádio, de múltiplos ofícios e diálogos. A peça é sobre um historiador que, ao preparar uma tese sobre o recrutamento da mão-de-obra em Moçambique se depara com a estranha morte de um recrutador. Confrontando Gomes com o sucedido, o então chefe de Polícia de Matande, local onde se deu o crime, são aventadas várias hipóteses para a morte de Lucas Mateus. O lançamento decorreu no dia 20 de Junho, no Centro Cultural Português de Maputo. Com cerca de 100 convidados presentes, a cerimónia foi organizada pela Cena Lusófona em colaboração com o Centro Cultural Português e a Associação dos Amigos de Leite Vasconcelos e constituiu antes de tudo uma homenagem à dimensão humana e humanista de Leite de Vasconcelos. Durante o lançamento Nelson Saúte falou sobre a vida e obra de Leite de Vasconcelos e Machado da Graça sobre As Mortes de Lucas Mateus. -
Introduções Geográficas à História de Portugal«A capacidade de observação da paisagem demonstrada por Orlando Ribeiro (ainda hoje vivamente recordada por todos aqueles que o viram em acção — alunos, colegas ou amigos) conferia-lhe um especial talento para descobrir interpretações objectivas dos factos, ao mesmo tempo que lhe servia de defesa contra as generalizações apressadas. Por isso, ao ler as suas Introduções, encontramos não só uma grande abundância de casos e exemplos concretos, mas também uma exemplar sobriedade na formulação de princípios, leis, factores, constantes, permanências ou repetições. Não nos oferece nenhuma proposta metódica acerca da relação da história com a geografia. As suas observações não são sistémicas, são pontuais. A sua concepção da história está marcada por um profundo sentido da imprevisibilidade da acção humana.»José Mattoso, Preâmbulo -
Portugal, o Mediterrâneo e o AtlânticoO clássico livro Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, de Orlando Ribeiro, é uma obra de referência da cultura portuguesa.«A Geografia é, ao mesmo tempo, uma ciência de base e de convergência, um ponto de partida e um lugar de encontro: como uma encruzilhada, portanto, onde se chega e donde se sai por vários caminhos. O meu tem, ao mesmo, duas fundas origens.Uma é o amor da natureza, a atracção da solitude e do sossego das montanhas e dos litorais desertos, das sombras densas dos bosques, a contemplação da ossatura do globo e do relevo, do cariz do céu e do mar que os envolvem: coisas que, a despeito das grandes pretensões do nosso tempo, com o homem ou sem ele, seriam afinal as mesmas. Ao ritmo imperceptível de transformações que a observação sugere mas só o espírito reconstitui, decorre o mais profundo da história humana, aquela que não tem datas nem personagens e flui obscuramente, através da vida popular, do princípio dos tempos até hoje. Esta é a outra raiz da minha vocação.» -
A Formação de PortugalA Formação de Portugal, do professor Orlando Ribeiro, teve uma primeira edição em 1967, pelo ICALP, e é agora reeditado pela Livraria Letra Livre com Apresentação do professor João Carlos Garcia, e com o acréscimo de um conjunto de Textos Complementares, que pretendem contribuir para uma melhor compreensão do tema das origens de Portugal e do povo português, desenvolvido por Orlando Ribeiro, e não ausente de polémica, quer ideológica, quer política ou científica.«Tive já ocasião de dizer e de escrever que os textos do Prof. Orlando Ribeiro sobre a formação de Portugal me foram mais úteis do que os de muitos dos meus colegas historiadores para compreender o fenómeno em causa. Fiz das suas teses o ponto de partida para um ensaio sobre as origens do nosso país...Representam o melhor de um pensamento e uma experiência interdisciplinar que os historiadores ainda não esgotaram nas suas imensas virtualidades.» [José Matoso]
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?