O Insuportável Brilho da Escola
Numa altura em que discussão em torno da Escola, o seu papel determinante na sociedade e os seus atores assumem a ordem do dia, a professora Olga Pombo, doutorada em História e Filosofia da Educação, com uma vasta carreira académica, lança o seu contributo para a reflexão que deve realizar-se entre profissionais mas também na sociedade civil.
| Editora | Alêtheia |
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| Editora | Alêtheia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Olga Pombo |
Olga Pombo é licenciada em Filosofia, mestre em Filosofia Moderna, doutorada em História e Filosofia da Educação. Em 2009 fez Agregação em História e Filosofia da Ciência. Foi professora do Departamento de História e Filosofia das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa de que foi presidente desde a sua fundação em 2007 até 2012. Foi fundadora e coordenadora do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e do Programa Doutoral FCT em Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade da mesma universidade (até 2016). Coordenadora de diversos projectos nacionais e internacionais e membro fundador da Société de Philosophie des Sciences (Paris), tem publicados cerca de centena e meia de títulos em Portugal e no estrangeiro. Foi seleccionada como uma das 100 figuras do livro Mulheres na Ciência, editado pela Ciência Viva em 2016. Os seus interesses dividem-se pela Filosofia Moderna, em especial Leibniz, Filosofia da Ciência, Filosofia da Imagem e pelo tema da Ciência e Arte cuja leccionação iniciou em Portugal. Fundadora e directora da revista Kairos. Journal of Philosophy & Science é actualmente membro do Conselho Científico do Reseau National des Maisons des Sciences de l’Homme (Paris).
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Ciência, Racionalidade e Política"Este livro reúne um conjunto de textos elaborados no âmbito do “Seminário” do ProgramaDoutoral em “Filosofia a da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade” (PD-FCTAS) daUniversidade de Lisboa, entre Abril e Setembro de 2020. A iniciativa surge num momento,improvável, em que, subitamente, um acontecimento tão inesperado como devastador – apandemia de Covid -19 – invadiu todos os recantos das nossas vidas.Aqui se reúnem dezoito estudos realizados por outros tantos (jovens) investigadores comformações muito diversas (filosofia, biologia, astronomia, artes plásticas, ciências dacomunicação, bioquímica, direito, psicologia, engenharia, física, geologia) mas que têm emcomum um interesse pela filosofia enquanto questionamento dos problemas que as suasáreas de investigação lhes colocam.Na diversidade dos campos teóricos convocados - da filosofia da ciência à filosofia política, daantropologia filosófica à filosofia da arte, da história da filosofia à análise conceptual - e navariedade das aproximações ensaiadas, mais descritivas ou mais especulativas, maishermenêuticas ou mais problematizadoras, centradas em autores ou que procuramdesbravar a rede de articulações de um conceito - os textos que constituem este livroencerram, cada um à sua maneira, um empenhado esforço de vida e pensamento." -
Interdisciplinaridade: Ambições e LimitesEsta polémica sobre o conceito de disciplina é de fundamental importância para a compreensão do que se pode entender por interdisciplinaridade. Se as disciplinas são meras entidades sociais, grupos de indivíduos, reunidos principalmente por razões institucionais e contingentes, entidades flexíveis e porosas, o avanço das práticas interdisciplinares facilmente produzirá o desaparecimento progressivo das disciplinas.À medida que as interseções interdisciplinares se intensificam, as disciplinas tendem a perder as suas fronteiras e, consequentemente, a desaparecer. A interdisciplinaridade pode então ser definida como a superação das fronteiras disciplinares.Pelo contrário - e esta é a abordagem que plenamente subscrevo - se as disciplinas continuam a ser pensadas como entidades robustas com perfil cognitivo fundamental, domínios estáveis da atividade de pesquisa, com a sua identidade teórica, a sua história e o seu desenvolvimento específico, então a interdisciplinaridade não tem nada a ver, nem com a fusão, nem com o desaparecimento das disciplinas e da sua capacidade produtiva. A interdisciplinaridade deve ser entendida, não como exigência do abandono das disciplinas ou do esbatimento das suas fronteiras, mas simplesmente como algo que existe “entre” as disciplinas, que vive “porque” há disciplinas. É porque as disciplinas existem como entidades reconhecíveis que a interdisciplinaridade pode cruzar, circular, trabalhar “com” elas, “dentro” das suas fronteiras.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.