O Mundo às Avessas/O Manicómio Contemporâneo
Este livro dialoga com um renovado despotismo proveniente de uma visão do mundo burlesca e perigosa travestida de roupagens aparentemente libertárias e democráticas. A partir de um conjunto de sintomas de que estes textos dão notícia estabelece-se um diagnóstico sobre as consequências das ideologias pseudodemocráticas, caricatas e demenciais que dominam o Ocidente desde os anos sessenta. Novos radicalismos totalitários, ismos renovados e enlouquecidos com os seus autos de fé, os seus puros e ímpios estão de regresso. Mais um inferno que os salvadores costumam propagar pela terra.
| Editora | Opera Omnia |
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| Editora | Opera Omnia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Maurício Brás |
João Maurício Brás nasceu em Sines. É doutorado em Filosofia e tem publicado principalmente ensaios nesta área. Algumas dessas obras são: A Importância de Desconfiar (Vega); Utopias em Dói Menor, em coautoria com Onésimo Teotónio Almeida (Gradiva); Identidade, Valores, Modernidade (Gradiva).
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Onésimo, Único e MultímodoEm 2013 surgiu a ideia de publicar numa revista um conjunto de textos de vários autores sobre Onésimo Teotónio Almeida, celebrando desse modo cinquenta anos de vida literária. Esse projecto cresceu e transformou-se no livro que agora se publica. Não foi a ideia de homenagem que presidiu à organização do presente volume, mas sim conhecer um pouco melhor o autor e convidar à leitura de uma obra, aprofundando-a. Se vários dos seus livros, em grande parte esgotados, estão espalhados por múltiplas editoras, também a recepção crítica a eles está igualmente distribuída por publicações nem sempre acessíveis. Pareceu, pois, oportuno proporcionar a leitores eventualmente interessados uma visão de conjunto dessa obra. -
Os Democratas que Destruíram a DemocraciaNo século XXI, em nome de ideias adulteradas sobre o que é o progresso, a cultura e a civilização, renovamos os nossos piores pesadelos sob uma capa benigna e estamos a impor um novo totalitarismo demencial e pseudodemocrático. Os pilares desta mundividência, principalmente da sua visão do progresso, são as políticas identitárias, o relativismo, o culturalismo e oconstrutivismo. O papel das suas elites, uma espécie de castas medíocres e poderosas, e a ideologia vitimista são outros dois alicerces desta visão do mundo.João Maurício Brás é doutorado em Filosofia e autor dos livros A importância de Desconfiar; Da Filosofia inútil; O Pensamento Insuportável de Émile Cioran; Identidade, Valores, Modernidade – O pensamento de Onésimo Teotónio de Almeida, é ainda co-autor com Onésimo Teotónio de Almeida dos livros Utopias em Dói Menor e O negativo – A importância do conceito na cultura e na história. Na editora Opera Omnia coordenou o volume Onésimo – Único e Multímodo. -
Os Novos Bárbaros - A Moral de SupermercadoE se tivéssemos evoluído tanto que nem reparamos que o grande salto foi para trás? E se de facto tivéssemos destruído de modo irreversível o mais importante significado da nossa cultura, saber, civilização e humanidade? Possuímos muitos objetos, dispomos de uma ciência e de uma tecnologia admiráveis, em relação às quais perdemos em parte o sentido do bom uso, mas somos os seres mais destituídos de liberdade, de sabedoria e de sensatez na história. -
O Atraso Português - Modo de Ser ou Modo de Estar?Um dos principais temas do imaginário e da autopercepção nacional é o do nosso atraso nas mais diversas áreas. Oscilamos entre a euforia, com alguns feitos, e a mais profunda resignação depressiva, com uma espécie de inevitabilidade dos nossos fracassos. Porquê? E como sair desse círculo sem futuro?Os conceitos de modernidade, Europa e progresso ocupam há séculos o debate dos políticos, dos intelectuais, dos ensaístas e mesmo de cada um de nós, sempre sob a sombra tutelar da ideia de atraso. O tema tornou-se uma questão identitária. É um problema que temos connosco e que carece mais de transformações concretas do que de bons diagnósticos. Ao longo do tempo, ganhou até consistência a questão de saber se estamos ou mesmo se somos atrasados.Este livro procura os principais factores e onde deve incidir a transformação, que nunca é apenas conjuntural ou legislativa, mas estrutural. -
Textos sem Açaime - Crítica do Falso Mundo Liberal Progressista e WokeA visão manicomial do presente baseada na economia como pilar fundamental da sociedade e nos simulacros do progressismo (…) transformou a já degradante sociedade consumista e do espectáculo do homem atomizado numa sociedade do controlo, da vigilância e do pensamento único. Voltamos, passadas décadas sobre o terror dos fenómenos totalitários modernos, a assistir a perseguições, a uma cultura do cancelamento, com pensamentos e opiniões proibidas, julgamentos do passado com as lentes do presente, mortos desenterrados e julgados com o viés activista, assassinatos de carácter, culto da delação, proibição do uso de determinadas palavras, alteração dos significados dos conceitos, controlo total da linguagem e dos comportamentos.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.