O Pós-Guerra Fria
Da queda do Muro de Berlim ao 11 de Setembro: Como a Guerra Fria mudou o mundo por Carlos Gaspar, um dos maiores investigadores de política internacional Depois da queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria foi assegurado pela concertação entre os Estados Unidos e a União Soviética. A nova ordem do mundo, fundada sob o signo da democracia liberal e da preponderância norte-americana, representou uma mudança mas preservou intactas as instituições do sistema multilateral criado no fim da Segunda Guerra Mundial. A «paz americana» durou até ao 11 de Setembro: a resposta dos Estados Unidos, com a invasão do Iraque, abriu um novo ciclo de crises. Nos últimos dez anos, temos assistido a um declínio ocidental. A ordem democrática estará ameaçada?
| Editora | Tinta da China |
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| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos Gaspar |
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A Balança da EuropaA crise europeia é uma crise existencial, em que está em causa a própria continuidade da União Europeia e da NATO, os dois pilares da ordem liberal das democracias ocidentais, que garantem a paz na Europa há mais de setenta anos.A construção da ordem europeia começa na II Guerra Mundial, quando o III Reich quis pôr em causa o futuro da Europa como um sistema de Estados independentes. A vitória das Nações Unidas e a competição entre os Estados Unidos e a União Soviética impõem a divisão da Alemanha e da Europa. A criação da República Federal alemã, da NATO e das Comunidades Europeias assegura a sobrevivência das democracias liberais na Europa da Guerra Fria. Na última década do século XX, a revolução russa e o fim do comunismo tornam possível reunificar as duas Alemanhas e as duas Europas e consolidar a ordem democrática.No fim da Guerra Fria, a reconstituição da balança europeia assenta num "equilíbrio de desequilíbrios" nas relações entre a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha, institucionalizadas na NATO e na União Europeia. Mas a estabilidade da ordem europeia está posta em causa pelas crises do Euro e dos refugiados e pelo declínio dos partidos europeístas; a segurança europeia está posta em causa pelo regresso da Rússia, pela guerra na Siria e pela escalada do terrorismo islâmico; e a continuidade da União Europeia e da NATO estão postas em causa pelo Brexit, pelo retraimento estratégico dos Estados Unidos e pela divisão entre as potências europeias. A história, como ensina James Joyce, é um pesadelo de que os Europeus não conseguem acordar. -
Raymond Aron e a Guerra FriaEm 1955, Raymond Aron publica o "Ópio dos Intelectuais", um ensaio polémico e pedagógico que critica os intelectuais bem-pensantes de esquerda, fascinados pelo mito da revolução e pelo poder soviético, à frente dos quais está Jean-Paul Sartre, contemporâneo de Aron, que foi seu amigo na Ecole Normale Supérieure, antes da ruptura entre ambos no pós-guerra, por causa das suas divergências sobre a posição a tomar em relação ao comunismo e à União Soviética. O livro abre com duas citações, a clássica de Marx sobre o «ópio do povo», a segunda da sua amiga Simone Weil - «O marxismo é uma religião no sentido mais impuro da palavra. Partilha com todas as formas inferiores da vida religiosa o facto de ter sido continuamente usado, na palavra tão justa de Marx, como um ópio do povo». Aron refere-se a essa frase desde a sua crítica aos Entretiens de Jean-Paul Sartre et David Rousset, para dizer que a revolução já não era mais do que o "ópio dos intelectuais". -
O Regresso da AnarquiaOs Estados Unidos, a China e a Rússia estão no centro da política internacional desde o fim da II Guerra Mundial. As potências das Nações Unidas, aliadas contra as potências do Eixo, dividiram-se na Guerra Fria. Em 1949, a República Popular da China está ao lado da União Soviética e entra na Guerra da Coreia contra os Estados Unidos. Vinte anos depois, a cisão sino-soviética abre caminho a uma coligação sino-americana, que consolida o triângulo estratégico entre Washington, Moscovo e Pequim. No fim da Guerra Fria, o declínio da Rússia, na sequência da dissolução da União Soviética, e o isolamento da China, depois do massacre de Tiananmen, garantem a preponderância internacional dos Estados Unidos, cuja hegemonia torna possível a formação da parceria estratégica russo-chinesa. Vinte anos depois, a Grande Recessão, a ressurgência da China e a ressurreição da Rússia restauram a centralidade das relações entre Washington, Pequim e Moscovo. O declínio relativo da principal potência internacional, a erosão da ordem liberal e das alianças democráticas marcam o regresso da competição entre os Estados Unidos, a China e a Rússia. O primado da lei e o respeito pelas normas institucionais deixam de prevalecer sobre a lógica da anarquia e as divergências estratégicas, políticas e ideológicas entre as três grandes potências põem em causa a unidade da ordem internacional que garantiu a paz no post-Guerra Fria. -
O Mundo de AmanhãCOM TUDO O QUE ESTÁ A ACONTECER NO MUNDO, COMO SERÁ O MUNDO DE AMANHÃ, EM TERMOS POLÍTICOS? O mundo de amanhã será definido mais pelas dinâmicas que prevalecem na luta entre as democracias liberais do que pela evolução da ciência e da tecnologia, das mudanças climáticas ou das epidemias. Através de uma análise das crises internacionais e das estratégias das principais potências, este ensaio procura demonstrar que o destino do mundo está, afinal, nas mãos da geopolítica contemporânea. -
O Mundo de AmanhãCOM TUDO O QUE ESTÁ A ACONTECER NO MUNDO, COMO SERÁ O MUNDO DE AMANHÃ, EM TERMOS POLÍTICOS? O mundo de amanhã será definido mais pelas dinâmicas que prevalecem na luta entre as democracias liberais do que pela evolução da ciência e da tecnologia, das mudanças climáticas ou das epidemias. Através de uma análise das crises internacionais e das estratégias das principais potências, este ensaio procura demonstrar que o destino do mundo está, afinal, nas mãos da geopolítica contemporânea. -
Teoria das Relações InternacionaisA teoria das relações internacionais é indispensável para compreender a natureza do sistema de Estados e tornar a racionalidade possível nas decisões dos responsáveis políticos, que podem fazer a diferença entre a guerra e a paz na era nuclear. Para lá das divergências entre as escolas da teoria política internacional, nenhuma das figuras maiores do realismo, do liberalismo ou do idealismo desistiu de ordenar as relações entre os Estados para a aventura humana poder continuar.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
