O Que Eu Sei de Mim
Fernando Correia é uma das figuras mais amadas da comunicação social portuguesa. Se o virmos, todos sabemos quem ele é. Mas basta ouvir a sua voz para sabermos que é a do Fernando. Fernando Correia não é só um jornalista e comentador desportivo. É também conhecido e apreciado pelo grande público enquanto romancista. Depois do êxito editorial E Se Eu Fosse Deus?, Fernando Correia encanta-nos, agora, com o seu livro de memórias.
Uma vida narrada na primeira pessoa, uma vida cheia de episódios amorosos, intrigantes, mas também deliciosamente corriqueiros do dia-a-dia. Aventuras e desventuras de um adolescente, sonhos cumpridos, outros que se esvanecem com o tempo, dedicação a uma profissão que se ama, um forte sentimento de integridade. Páginas repletas de ilusões e desilusões, porque, afinal, assim se constrói a vida.
Este é o livro de alguém que não perdeu a memória dos que amou e dos que ainda ama. Conta-nos os seus intensos 60 anos de carreira, sem saber o que ainda está para vir… Um depoimento de força e de coragem.
| Editora | Guerra & Paz |
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| Editora | Guerra & Paz |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Correia |
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Piso 3, Quarto 313Fernando Correia, voz maior da rádio portuguesa, nome grande do desporto e da televisão, teve a vida pessoal abalada pela doença que atingiu a sua mulher, a doença de Alzheimer. Sofre, luta diariamente, em família e com a reserva a que tem direito. Fernando Correia escreveu Piso 3, Quarto 313 para dar testemunho, com total compreensão pelos doentes e pelos familiares que sofrem, amam e tantas vezes choram, na impossibilidade de fazerem melhor. Fernando Correia apresenta-nos Vera, a mulher da sua vida, bonita, inteligente, lutadora, mãe-coragem de três filhas, que se transformou na habitante incógnita de um mundo sem memória, sem saudade e sem amor. Este é um livro que avisa e prepara os que ainda não conhecem os efeitos do Alzheimer. Um livro que consola e anima todos os que na sua vida se confrontam com essa impiedosa doença. -
E Se Eu Fosse Deus?A casa de Henrique é a Natureza. Henrique é um sem-abrigo de corpo, mas a sua alma guarda a única realidade que aceita e lhe chega através de uma entidade superior. «E se eu fosse Deus?», pergunta. O autor percorre as ruas de Lisboa com Henrique, que lhe mostra as histórias de outros sem-abrigo e um submundo perturbante. A prostituição, a droga, a dor, a loucura, a violência, mesmo o suicídio fazem parte deste submundo, que a maioria de nós tende a ignorar. E se Deus estivesse, como um sopro, em cada um destes rostos de sofrimento? E se a beleza se esconder onde menos esperamos? Este é um romance baseado em testemunhos e factos reais. Por vezes, o duro dia-a-dia supera qualquer ficção. -
São Lágrimas, Senhor, São LágrimasFernando Correia mergulha, neste livro, no abismo da violência doméstica, contando alguns ca-sos reais que, com o seu sentido jornalístico, foi registando ao longo do ano de 2018. Por serem situações vividas, contadas ou observadas com o rigor de análise que justificam, este livro é imprescindível para que se perceba a extensão do flagelo da violência doméstica e aponta, sobretudo, para a necessidade de não haver medo de denunciar os prevaricadores. Trata-se de um crime grave, punido pelas leis da igualdade e da cidadania, que vem mostrando, de ano para ano, números preocupantes. Faz bem à alma ler este livro. Faz ainda melhor seguir o que ele recomenda, para que a violência pare. -
Origens e Formação das Misericórdias PortuguesasEsta reedição de Origens e Formação das Misericórdias Portuguesas reveste-se de particular importância pois trata-se de um livro clássico, desde há muito esgotado, e de consulta incontornável para todos aqueles que se dedicam ao estudo da génese e história desta importante instituição de assistência. Este livro permanece, em muitos aspectos, de grande actualidade mercê de uma correcta e aturada pesquisa de fontes históricas, constituindo uma base sólida para os investigadores, continuando ainda hoje a ser citada como obra de referência. O autor, que se dedicou com especial agrado ao estudo e divulgação da vida e obra da rainha D. Leonor, a quem se atribui a fundação das Misericórdias, dá-nos uma síntese da evolução do conceito de Assistência, isto é, auxílio, socorro, desde os tempos anteriores ao Cristianismo, atravessando várias civilizações, sociedades e religiões, para acabar com a fundação das Misericórdias em Portugal, ponto de partida de uma verdadeira rede de instituições de assistência que se espalhou por todo o País. Este vasto estudo sobre a génese e evolução da Assistência vem de novo chamar a atenção para a vastidão do tema e, sobretudo, para a história de uma Instituição que teve importância fundamental na História portuguesa dos últimos cinco séculos. -
Diário de Um Corpo Sem MemóriaO jornalista Fernando Correia regressa à Guerra e Paz com um novo livro sobre a doença de Alzheimer de que a mãe de suas filhas é vítima.Vera continua presa a uma doença inibidora sem possibilidades de recuperação.Fernando Correia, no entanto, mostra que, mesmo quando um corpo não tem memória, pode servir-se de uma alma próxima e amiga para falar por si, transmitindo angústias, dores, prantos, incertezas, mas também uma enorme fé para que seja possível atravessarem juntos o deserto que se estende à sua frente.Nesse deserto, há-de surgir um oásis de luz que os irá conduzir à redenção procurada.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.