Obras Escolhidas, Tomo VII (1976-1977)
No contexto em que se celebra por todo país, e com múltiplas iniciativas, o 50.º Aniversário do 25 de Abril, este volume das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, abrangendo um período que vai de 1976 a meados de 1977, inclui artigos, entrevistas à comunicação social (nacional e estrangeira) e discursos em comícios e iniciativas do PCP, como o de encerramento da importante Conferência Nacional para a Recuperação Económica, para lá do extenso relatório aprovado pelo CC do PCP ao VIII Congresso realizado em 1976, texto que aliás abre o volume, A Revolução Portuguesa – O Passado e o Futuro.
Este volume, mantendo as características dos volumes anteriores, é o maior publicado até agora, com 914 páginas, e, além de coligir textos que até agora estavam dispersos, é ainda acompanhado por vários índices e mais de 900 notas, que permitirão a quem lê uma maior compreensão dos textos.
| Editora | Edições Avante |
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| Editora | Edições Avante |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Álvaro Cunhal |
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de Novembro de 1913 – Lisboa, 13 de Junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um opositor ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao Partido Comunista Português (PCP). É descrito como uma das maiores personalidades políticas e intelectuais de Portugal do século XX, assim como do movimento comunista internacional.
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Desenhos da PrisãoDesenhos da Prisão foram publicados pela primeira vez pelas Edições «Avante!» em 1975 no quadro das iniciativas de recolha de fundos para o Partido Comunista Português. Foram executados de 1951 a 1959 nas cadeias da Penitenciária de Lisboa, onde Álvaro Cunhal passou sete anos de rigoroso isolamento e do Forte de Peniche, de onde se evadiu em 3 de Janeiro de 1960.Há muito esgotada - foi entretanto publicada em 1989 uma II série de desenhos -, de novo se coloca à disposição do público a colecção editada em 1975. -
Obras escolhidas (Tomo IV 1967-1974)Com a publicação do IV tomo das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, que inclui textos escritos entre 1967 e 1974, fica concluído o período relativo à clandestinidade. Entre outros textos, destacam-se Acção Revolucionária, Capitulação e Aventura, A Questão do Estado, Questão Central de Cada Revolução, O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista, mas também extensos textos preparatórios de reuniões do Comité Central sobre a situação política e as tarefas do Partido, entrevistas à Rádio Portugal Livre e a órgãos de comunicação social estrangeiros, intervenções em conferências internacionais, artigos e intervenções sobre importantes efemérides, como o centenário do nascimento de Lénine, os 50 anos da Revolução de Outubro ou os 50 anos de luta do Partido Comunista Português. -
Contribuição para o Estudo da Questão AgráriaBaseando-se numa exaustiva elaboração de dados estatísticos, esta obra revela as leis do desenvolvimento capitalista na sociedade rural portuguesa, demonstra os níveis de expansão capitalista já atingidos e enuncia as linhas da sua progressão futura. E à medida que o vai fazendo, são as próprias teses marxistas-leninistas sobre a questão agrária que encontram nela a confirmação da sua validade. É esta superioridade metodológica que permite a Álvaro Cunhal contestar sem apelo certas «estatísticas» oficiais, elaboradas não para revelar mas encobrir a realidade -
Obras Escolhidas: 1976 - Tomo VINeste volume encontram-se discursos, entrevistas, sessões de esclarecimento, que vão de Janeiro a Outubro de 1976, um período marcado pela realização de eleições legislativas e presidenciais, pela necessidade de consolidação do regime democrático e por uma intensa luta contra a recuperação capitalista que procurava dar largos passos contra as conquistas da Revolução. -
A Revolução de Outubro, Lénine e a URSSA antologia de textos escritos por Álvaro Cunhal, > Revolução de Outubro, Lenine e a URSS, está organizada tematicamente e traz textos escritos ao longo de mais de seis décadas, dando ao leitor a capacidade de acompanhar a evolução dos acontecimentos, em Portugal, na URSS e no mundo. Em todos os textos se verifica a mesma certeza e a mesma confiança: «o futuro pertence, não ao capitalismo, mas ao socialismo e ao comunismo». -
Os Barrigas e os MagriçosEsta é a história de um Portugal de há muitos anos atrás. Um Portugal onde havia uns homens conhecidos como os Barrigas - que comiam tanto, tanto que todo o corpo podia ser estômago; e outros conhecidos como os Magriços - que não tinham nada para lá meter. O conto de Álvaro Cunhal sobre o 25 de Abril para as crianças, com ilustrações originais de Susana Matos. -
História de um Gordo Chinês que estava de Barriga para o ArManuel e Mariazinha, de visita à China, não conseguiam perceber por que razão Pung-Chung passava o tempo de barriga para o ar. O gordo chinês bem lhes explicou que estar de barriga para o ar também cansa, mas foi um pobre camponês que explicou o que realmente estava a acontecer. Um conto de Álvaro Cunhal, escrito durante a Guerra Civil de Espanha para ser lido na Rádio Peninsular, publicado agora pela primeira vez em livro com ilustrações originais de Susana Matos. -
O Burro Tinha RazãoUm conto de Álvaro Cunhal sobre um menino preguiçoso que não quer fazer os trabalhos de casa, publicado originalmente em 1935 no periódico infantil “O Gaiato”, agora editado com ilustrações originais de Susana Matos, e que inclui a reprodução da edição original e de oito ilustrações de Álvaro Cunhal para o jornal. -
Ciclo de Debates CGTP-IN - 25 Anos com os Trabalhadores - Intervenção de Álvaro CunhalSegunda edição da comunicação proferida por Álvaro Cunhal no âmbito do 25.º aniversário da CGTP-IN, em Outubro de 1995, na sua sede, em Lisboa. Esta edição foi publicada pela CGTP-IN no ano em que se assinalou o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. Prefácio de Arménio Carlos. -
Obras Escolhidas Tomo V 1974-1975Com este tomo V das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal inicia-se uma nova fase da publicação da sua produção teórica em correspondência com o novo ciclo do processo revolucionário aberto pela revolução do 25 de Abril de 1974. Não é contudo apenas o conteúdo que muda, expressando as transformações operadas com o derrube do fascismo e a conquista da liberdade, mas a própria forma da intervenção teórica. Como o leitor poderá constatar, durante o período por este tomo abrangido, que vai de Abril de 1974 a Dezembro de 1975, são fundamentalmente duas as formas de intervenção na luta político-ideológica desenvolvida por Álvaro Cunhal, propiciadas pela possibilidade e pela necessidade de levar junto das largas massas de trabalhadores e do povo a palavra do Partido Comunista Português, emerso da clandestinidade a que o fascismo o condenara. Com efeito, é na forma do discurso político em comícios abertos aos militantes, aos simpatizantes e à população em geral, e em entrevistas à imprensa nacional e estrangeira de grande circulação, que Álvaro Cunhal fará chegar a palavra de esclarecimento de uma situação em processo de mudança acelerada, a palavra de orientação na procura do caminho certo numa realidade económica, social, política e ideológica complexa e contraditória, a palavra mobilizadora de vontades para uma luta sem tréguas em diversas frentes.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?