Os 40 Anos da Cooperativa Bonifrates: E Alegres Continuamos!
"BONIFRATES:
40 ANOS A FAZER DO TEATRO UMA CASA DE AFETOS
E UM EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Em janeiro de 1980, doze companheiros de caminhada, doze bons irmãos, doze bonifrates (onze como sócios e um como testemunha) juntaram- se para dar início e estrutura formal e jurídica a uma nova aventura teatral em Coimbra. Escolhemos a forma de cooperativa por serem os princípios do cooperativismo que melhor correspondiam ao projeto de trabalho e de intervenção que nos animava. Muitos pensaram que aquela seria mais uma aventura efémera. Outros acreditaram nas intenções e na energia de quem assim pretendia acrescentar algo ao rosto cultural da cidade. Ganhámos raízes, transplantámo-nos várias vezes, alargámos a nossa área de intervenção através de uma teia de relações, colaborações e partilhas no país e no mundo, diversificámos as expressões do nosso espírito criativo, adquirimos um rosto inconfundível junto daqueles que nos iam conhecendo, reconhecendo e acreditando em nós na longa caminhada dia a dia reinventada.
A Direção da Cooperativa Bonifrates, pág. 11)
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Se ousássemos delinear uma comparação, já que estamos no jogo do teatro, diríamos que a Cooperativa Bonifrates é como uma semente, que lançada na terra faz germinar flores e frutos todos descendentes da mesma raiz. Ou como um polvo, cujos tentáculos lhe servem de mobilidade e de sensibilidade nervosa do mundo. Ou ainda, e voltando ao início, que paradoxalmente é também o fim, como uma família, que se multiplica sucessivamente em diversos membros unidos pelo mesmo sangue. O sangue vermelho da paixão pelo teatro, pela poesia, pela música, por uma acção artística socialmente implicada.
(Carina Correia, pág. 134)"
| Editora | Palimage |
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| Coleção | Raiz do Tempo |
| Categorias | |
| Editora | Palimage |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carina Correia |
Carina Correia é escritora, autora do livro "Os 40 Anos da Cooperativa Bonifrates: E Alegres Continuamos!".
Divide o seu trabalho entre a escrita e a revisão e coordenação editorial de diversas publicações.
Vive em Coimbra.
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CONVERSAS DE BANDA DESENHADAParece relativamente consensual que a banda desenhada portuguesa vive um dos seus melhores momentos de sempre, apesar das inevitáveis dificuldades. Embora existam diversos podcasts e blogues com entrevistas a autores nacionais e algumas entrevistas nos jornais, ou na rádio, o crescimento do mercado da banda desenhada nacional não se traduziu até agora no aparecimento de livros sobre BD e ainda menos num livro de entrevistas a autores nacionais, com distribuição comercial. Para suprir essa lacuna, A Seita aproveitou o apoio do Programa Garantir Cultura para dar voz a alguns dos principais criadores de banda desenhada em actividade.Os escolhidos para as conversas do presente livro foram Filipe Melo e Juan Cavia, Joana Afonso, Jorge Coelho, Luís Louro, Marco Mendes, Nuno Saraiva, Osvaldo Medina e Paulo Monteiro. Autores muito diferentes entre si, mas unidos pela mesma vontade de contar histórias articulando o texto e a imagem.Realizadas entre Novembro de 2021 e Março de 2022, estas oito conversas — que na verdade são nove, uma vez que há uma dupla — possibilitarão ao leitor uma visão mais abrangente do panorama actual da BD portuguesa e um melhor conhecimento dos autores por trás das obras:Filipe Melo e Juan Cavia são uma dupla inseparável que conseguiu dar outra visibilidade à BD nacional, e também a nível internacional, com o sucesso global de Balada para Sophie; Joana Afonso é um dos nomes mais importantes da BD no feminino em Portugal; Jorge Coelho é um desenhador que trabalha de forma regular para o mercado americano há mais de uma década; Luís Louro, um veterano da BD portuguesa que, mais de 30 anos após a sua estreia, continua a ser uma referência essencial; Marco Mendes é o representante da corrente autobiográfica, que tem sabido surpreender o leitor a cada novo livro; Nuno Saraiva é outro veterano, que entre a BD, a ilustração e o cartoon editorial, tem marcado com o seu estilo inconfundível a imprensa portuguesa desde os anos 90 do século xx; Osvaldo Medina é um nome importantíssimo na animação nacional, e tem-se revelado um desenhador tão prolífico como eficiente, quer como autor completo, quer ilustrando histórias alheias; e finalmente, Paulo Monteiro, o director da Bedeteca e do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que, apesar da sua curta obra, é autor da BD portuguesa mais traduzida de sempre.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?