Os Aviadores Portugueses: 1920-1934
As mitologias contam-nos como desde os tempos mais remotos, o sonho de voar foi sempre para a Humanidade um desafio e uma ambição. Imitando o voo dos pássaros, reproduzindo de um modo arcaico as suas asas, como nas máquinas voadoras de Leonardo da Vinci e mais tarde com balões e dirigíveis, o pensamento humano cedo ambicionou construir um aparelho capaz voar, de um modo controlado, cada vez mais alto, mais longe e mais depressa.
Portugal também juntou o seu nome à história das grandes viagens aéreas mundiais com o contributo de uma geração de notáveis aviadores que voaram sobre o Atlântico, a África, o Médio Oriente e a Ásia. Grande parte destes pioneiros eram jovens pilotos, da Aviação Naval e da Aeronáutica Militar, que deixaram para trás o conforto e a rotina diária, aventurando-se para o desconhecido, arriscando a vida em frágeis aviões, com que sobrevoavam pela primeira vez e durante horas, vastas regiões desconhecidas e inóspitas.
Com audácia e coragem, por vezes com algum romantismo e ingenuidade, estes homens de exceção bateram-se com tenacidade e heroísmo para vencer, com vontade indómita, todos os obstáculos e atingirem os seus objetivos. Confinados durante longas horas nos espaços exíguos e desconfortáveis dos aviões, obrigados a uma pilotagem constante e atenta, tantas vezes em cabines abertas desprotegidos do frio, do calor, da chuva, das poeiras, do ruído do motor e dos odores intensos do óleo e da gasolina.
A juntar a estas dificuldades, dispunham de mapas pouco precisos, campos de aviação desconhecidos e em mau estado, onde encontravam poucos apoios e locais desconfortáveis para retemperar forças. As informações meteorológicas, na época, não eram rigorosas, deixando a incerteza sobre o estado do tempo que apanhariam no percurso ou à chegada.
Nenhuma destas limitações travou a vontade indomável destes aviadores pioneiros, protagonistas de situações hoje inimagináveis para quem conhece o conforto das viagens aéreas. Este livro é um testemunho da coragem e do valor destes homens, que ajudaram a erguer a aviação portuguesa, voando pelo mundo entre 1920 e 1934. Um dever de memória.
| Editora | Esfera dos Livros |
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| Editora | Esfera dos Livros |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mário Correia |
Mário Correia Nascido em Lisboa em 1953, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi aviador e Conservador do Museu do Ar. Dirigiu a participação dos Açores na EXPO 98 e a recuperação do Teatro Micaelense em Ponta Delgada. Foi coautor dos livros As Viagens Aéreas dos Portugueses e A Aviação na Madeira. Coordenou o projeto museológico de reinstalação e ampliação do Museu do Ar em Sintra em 2009, museu que em 2013 recebeu o prémio da APOM para o melhor museu português. É autor de vários trabalhos sobre História da Aviação Portuguesa, publicados em revistas da especialidade.
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NovidadeAdriano Correia de Oliveira, 1942-1982“Venho dizer-vos que não tenho medo... A verdade é mais forte que as algemas..." Nunca um cantor tão legitimamente se apropriou dos versos de um poeta para tão singularmente definir o caminho percorrido ao longo da sua vida: esta foi sempre a atitude de Adriano Correia de Oliveira em tempos de resistência, antes e depois do abril tão desejado e do qual ele foi o mais corajoso capitão das canções. Das nossas canções. Das canções da liberdade desejada. (...)
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
NovidadeAs Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
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NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado.