Palácio de Cristal - Para uma Teoria Filosófica da Globalização
Na sequência dos conceitos filosóficos elaborados em Esferas, Peter Sloterdijk aborda agora a questão da globalização. O autor toma a sério as consequências histórico-filosóficas associadas à imagem da Terra como globo. Depois de analisar os Descobrimentos portugueses e espanhóis, Peter Sloterdijk considera que o actual movimento de globalização é a fase final de um processo, sendo até já possível detectar elementos de uma nova época posterior à globalização. Nesta fase o sistema mundial está completamente desenvolvido e, enquanto sistema capitalista, condiciona todos os aspectos da vida no planeta.
O Crystal Palace de Londres, que abrigou a primeira Exposição Universal, de 1851, serve a Peter Sloterdijk de metáfora desta situação, enquanto construção do espaço interior do mundo, cujos limites são praticamente insuperáveis a partir do exterior.
| Editora | Relógio d' Água |
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| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Peter Sloterdijk |
Peter Sloterdijk nasceu em Karlsruhe, em 1947. É catedrático de Filosfia e Estética na Hochschule für Gestaltung, de Karslruhe.
Formado na escola da fenomenologia, do existencialismo e da teoria crítica, é atualmente o mais inovador e expressivo pensador alemão.
Da sua vasta obra, a Relógio D’Água publicou A Mobilização Infinita, O Sol e a Morte — Diálogos com Hans-Jürgen Heinrichs, O Estranhamento do Mundo, Palácio de Cristal — Para Uma Teoria Filosfica da Globalização, Se a Europa Acordar, A Loucura de Deus, Cólera e Tempo, Crítica da Razão Cínica, Morte Aparente no Pensamento e Tens de Mudar de Vida.
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Temperamentos Filosóficos - Um Breviário de Platão a FoucaultPeter Sloterdijk apresenta neste livro uma perspetiva alternativa dos grandes pensadores europeus, abarcando o espectro de Platão a Foucault.Quando concebeu uma história da filosofia para uma editora alemã, Peter Sloterdijk redigiu pequenos prefácios que são autênticas súmulas do pensamento de cada filósofo. Esses textos encontram-se compilados nesta edição, dando corpo a um original breviário do pensamento europeu ao longo dos tempos. -
O Estranhamento do Mundo«Segundo o seu traço fundamental, O Estranhamento do Mundo não pertence à crítica da cultura e, muito menos, à filosofia moral. A sua ciência não é, decerto, triste; mas a sua alegria é contida. Trata de uma fenomenologia do espírito sem mundo ou afastado dele. Esta desenvolve, por assim dizer, um grande teatro do mundo no sentido de estar distante do palco. Se o interesse destes estudos for descrito como antropológico, isto só será correcto com uma restrição: não são os homens que são os heróis da história, mas os ritmos e as forças do nascimento e declínio do mundo em que os homens acontecem.» -
Se a Europa Acordar - Reflexões sobre o Programa duma Potência Mundial no Termo da sua Ausência Política«Na verdade, a questão da essência da Europa não é misteriosa nem irrespondível. A resposta saltar-nos-á logo à vista, mal deixemos de nos preocupar com questões estéreis sobre as verdadeiras fronteiras e as entidades étnicas da Europa. Não há dúvida de que a Europa não tem nem uma base popular substancial, nem fronteiras sólidas a leste e a sudeste, nem uma identidade religiosa inequívoca. Mas tem uma "forma" típica e um motivo dramático muito próprio que, na maior parte da sua história, se impõe por meio de cenas inconfundíveis. Basta-nos adoptar a óptica de um dramaturgo para discernirmos claramente as grandes linhas da peça europeia. A questão não deve ser: quem, e segundo que critérios e que tradições, pertence a uma "verdadeira Europa"?... mas: que cenas desempenham os Europeus nos seus momentos históricos decisivos? Quais as ideias que os animam, as ilusões que os mobilizam? Como é que a Europa alcançou a sua história motriz e por que meios esta se mantém em movimento? Onde é que o poder e a unidade da Europa correm o risco de fracassar? Qualquer manual de história um pouco ambicioso dá resposta a estas perguntas.» Em anexo ao livro é publicada a entrevista que sobre ele foi feita por António Guerreiro a Peter Sloterdijk, a 24 de Março de 2007. -
Crítica da Razão CínicaCrítica da Razão Cínica, publicado por ocasião do bicentenário da Crítica da Razão Pura de Kant, é, antes de mais, uma crítica da modernidade. Para Peter Sloterdijk, o actual cinismo resulta da perda das ilusões iluministas. Na Antiguidade, com Diógenes, o cinismo era uma atitude individual confinada a uma corrente filosófica de reduzida expressão. No nosso tempo, enquanto «falsa consciência», é um fenómeno generalizado que Sloterdijk detecta nos mais diversos campos, da vida privada à religião. Como resposta a este cinismo moderno, e para que ele possa ser ultrapassado, o autor sugere a redescoberta das virtudes do antigo cinismo ou, mais exactamente, do kinismo, que passa pelo riso, a insolência e a invectiva. Este processo poderia permitir transformar o ser (Sein) em ser consciente (Bewusstsein). Surgida na Alemanha em 1983 e considerado então por Habermas como a principal obra filosófica das últimas décadas, Crítica da Razão Cínica permite-nos também entender melhor o trajecto intelectual de Sloterdijk e as polémicas suscitadas pelos seus livros mais recentes. -
Morte Aparente no PensamentoNo seu anterior livro, Tens de Mudar a Tua Vida , Peter Sloterdijk apresentou a prática como dimensão determinante da conditio humana . Em Morte Aparente no Pensamento , considera segundo esta nova perspetiva tanto a ciência como a prática do cientista. -
Tens de Mudar de VidaNaquela que é a sua maior investigação à natureza do ser humano, Peter Sloterdijk apresenta-nos uma crítica ao mito do regresso da religião. O seu argumento é o de que não é a religião que está a regressar, mas sim algo de diferente e profundo que ocupa o seu lugar: o ser humano, como ser que se cria através de exercícios e que desse modo se transcende. -
A Loucura de DeusOs conflitos entre as religiões monoteístas desempenham actualmente um papel preponderante no cenário internacional. Em A Loucura de Deus, Peter Sloterdijk começa por interrogar as condições políticas, sociais e psico- dinâmicas que enquadraram o nascimento dos três monoteísmos, o judaísmo, o cristianismo e o islão. Em seguida, descreve as múltiplas hipóteses de conflitos e analisa os seus desenvolvimentos, em particular as tentativas de imposição pela força, das quais a guerra santa dos islamistas é um exemplo. Segundo ele os crentes radicais, que reclamam a supremacia do seu deus único, têm de se decidir a integrar a sociedade civil e a iniciar assim um diálogo cultural tripartido, única perspectiva para evitar futuras guerras religiosas. Peter Sloterdijk prolonga aqui, no campo religioso, uma reflexão que iniciou há muito sobre a coexistência de estruturas antagonistas. Retoma assim o exame crítico ao qual se dedicou em A Fúria e o Tempo, em que desenvolvia a tese da utilização da religião como banco de vingança metafísica. Ao propor a reconversão dos zeladores em actores da sociedade, projecta uma saída sócio-filosófica para os desastres dessa loucura divina que mata em nome da virtude. -
Depois de Deus«A modernidade deve atribuir-se a quem rejeita a ideia de um esvaziamento total do futuro no passado e opta pela inesgotabilidade do futuro, ainda que essa escolha exclua a possibilidade de um Deus omnisciente, de um Deus que, “no final dos tempos”, se inclina para trás, numa retrospetiva abrangente da criação.»Em Depois de Deus, Peter Sloterdijk enumera as consequências da armação de que «Deus morreu», abarcando nessa análise a teologia e a filosofia atuais, assim como a política e os progressos registados na cultura, na ciência e na tecnologia. -
Reflexos PrimitivosEm que tempo vivemos quando as fake news perturbam até os políticos mais experimentados, os eleitores aceitam a incompetência e a mentira é transformada em verdade oficial por vários governos?Os ensaios reunidos neste livro abordam temas atuais, a emigração, o avanço dos populismos e da sua visão simplista do mundo, os meios de comunicação, a linguagem e a coesão social.O mais importante filósofo europeu atual desvenda o funcionamento das modernas sociedades capitalistas, discutindo o senso comum e as ideias preestabelecidas.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
