Presença Ausente - A Saudade na Cultura e no Pensamento Portugueses - Nova Teoria da Saudade
A experiência saudosa, como a seu modo o pressentiu e anunciou Teixeira de Pascoaes, embora porventura sem ter claramente visto todo o alcance dos seus próprios vislumbres, é potencialmente o espaço de um novo começo, em termos de abertura e despertar da consciência, de renovada cosmovisão, cosmosensação e cosmovivência e de reorientação da filosofia do domínio da análise lógica, da hermenêutica textual e da especulação teórica para um exercício prático da consciência, indissociavelmente contemplativo e activo, que traz em si uma nova percepção da realidade, uma nova forma de vida, uma nova espiritualidade, uma nova terapia, uma nova cultura e uma nova civilização.
Trata-se, no fundo, de viver no e a partir do Infinito que desde sempre tudo é e não ficticiamente separado dele, ignorando-o ou reduzindo-o a vago objecto ou ideal de uma aspiração distante.
| Editora | Âncora Editora |
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| Editora | Âncora Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paulo Borges |
Professor universitário, ensaísta, filósofo, poeta e escritor, Paulo Borges tem procurado, desde meados dos anos 80, revisitar a História de Portugal e os seus mitos fundadores, exaltantes ou encobertos, repensar a “verdade, condição e destino” de Portugal, enquanto Pátria da Saudade e projecto armilar para o mundo, pensando em português questões e problemáticas que, assentes num olhar lusíada e lusófono, são temas de interesse e importância universal. Autor de uma vastíssima obra (tem mais de 60 obras publicadas) – tendo-se detido em especial no pensamento do Padre António Vieira, Teixeira de Pascoaes e Agostinho da Silva –, Paulo Borges tem abordado um vasto leque de áreas e temas como a Saudade, Sebastianismo e Messianismo, Filosofia da Religião, Filosofia e Meditação, Estudos Contemplativos, Filosofia da Consciência, Diálogo Inter-Espiritual e Inter-Religioso, bem assim como a Ecologia Espiritual e a Filosofia da Natureza.Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador do Centro de Filosofia da mesma Universidade. Membro correspondente da Academia Brasileira de Filosofia. Sócio-fundador do Instituto de Filosofia Luso- Brasileira. Ex-presidente (2005-2013) e membro da Direcção da Associação Agostinho da Silva. Sócio-fundador e ex-presidente (2002-2014) da Direcção da União Budista Portuguesa. Professor de Meditação, tem realizado centenas de cursos, workshops e retiros em Portugal e no estrangeiro.
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O Teatro da Vacuidade ou a Impossibilidade de Ser Eu - Estudos e ensaios pessoanosNeste livro pensamos com Pessoa alguns dos temas que com ele comungamos: a experiência da vida como teatro heteronímico; a ficcional (im)possibilidade do(s) eu(s) e do mundo como i-lusão ou jogo criador; o vislumbre do entre-ser, isso que (não) há entre uma coisa e outra, consoante a revista Cultura ENTRE Culturas; estados não conceptuais nem intencionais de consciência; os sentidos múltiplos de Portugal, Lusofonia e Quinto Império, na linha de Uma Visão Armilar do Mundo. Pessoa redescoberto pela filosofia, também em diálogo com António Machado, Jorge Luis Borges e Emil Cioran. -
Agostinho da Silva - Uma AntologiaReúnem-se nesta Antologia textos fundamentais de Agostinho da Silva, ordenados temática e cronologicamente, numa introdução cómoda ao seu vasto pensamento e obra.Figura absolutamente ímpar da cultura luso-brasileira, Agostinho da Silva deixou, entre a sua vinda ao mundo, a 13 de Fevereiro de 1906, e a sua partida dele, no Domingo da Ressurreição, em 3 de Abril de 1994, uma vida exemplar e pujante de pensamento e acção: das traduções e estudos clássicos à educação popular, da insubmissão perante o antigo regime à prisão e auto-exílio no Brasil, da fundação de universidades e centros de estudo ao aconselhamento de presidentes, governos e políticas culturais, da criação de vasta rede de amizades em todo o mundo à partilha dos recursos com os mais necessitados, do domínio de múltiplas línguas à publicação de imensa obra pedagógica, cientifica, literária e filosófica, da conversão da casa de Lisboa em tertúlia aberta à intensa e viva presença mediática. Espírito livre, inconformista e original em todos os domínios, colocou as ideias e a vida ao serviço do pleno cumprimento de todas as possibilidades humanas. Em conformidade, e na linha de Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Jaime Cortesão, instituiu a superior vocação da cultura portuguesa, brasileira e lusófona como a de oferecer ao mundo o seu espírito aberto, fraterno e universalista, contribuindo para a criação de uma comunidade ético-espiritual mundial onde se transcendam e harmonizem as diferenças nacionais, culturais, ideológicas e religiosas. Inspirador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), antecipou a urgência da ética animal, bem como da consciência ecológica e ecuménica, propondo um verdadeiro diálogo inter e trans-cultural, inter e trans-religioso, entre o Norte e o Sul, o Ocidente e o Oriente, como forma de superar preconceitos e antinomias que sempre resultam em ignorância, opressão e guerra. -
Do Vazio ao Cais Absoluto ou Fernando Pessoa entre Oriente e OcidenteNeste novo livro dedicado a Fernando Pessoa, no qual continuamos a explorar a fecundidade filosófica da sua obra e a pensar a partir dela, reunimos estudos sobre as relações explícitas e implícitas do poeta e pensador português com temas centrais da espiritualidade e da cultura orientais e ocidentais. Dotado de um espírito cosmopolita e universalista, Pessoa dialoga directa e indirectamente com as grandes questões do pensamento e da experiência humanos presentes nas tradições planetárias. Cremos ser fundamental investigar e conhecer esta menos atendida mas central dimensão da obra pessoana para uma compreensão mais ampla do seu pensamento, da sua modernidade da sua fecunda actualidade. No que respeita a esta, cremos que os estudos presentes neste volume mostram como Fernando Pessoa nos lega um poderoso contributo para alguns dos desafios maiores do século XXI, como o conhecimento da natureza e possibilidades profundas da consciência e o encontro e diálogo entre culturas e religiões.Do Vazio ao Cais Absoluto ou Fernando Pessoa entre Oriente e Ocidente é o 1.º título da colecção «Ficções do Interlúdio», coordenada pelo autor Paulo Borges. -
Vazio e Plenitude ou o Mundo às AvessasReunimos aqui um conjunto de estudos e ensaios filosóficos sobre a espiritualidade, religião, diálogo inter-religioso e encontro trans-religioso, com destaque para cruzamentos entre Oriente e Ocidente e particularmente entre budismo e cristianismo. O livro está dividido em duas partes, "Do Oriente ao Ocidente" e "Entre Oriente e Ocidente". Na primeira há um movimento cronológico que é também geográfico desde temas da espiritualidade indiana, chinesa, tibetana e japonesa até temas da espiritualidade neoplatónica grega (embora Plotino seja egípcio-, cristã e sufi islâmica. Na segunda ganham destaque os estudos comparativos, ou que procuram mostrar e estabelecer diálogos e pontes, implícitos e menos evidentes, entre temas, tradições, autores, icones e fenómenos da espiritualidade oriental e ocidental, avultando o budismo e o cristianismo, mas onde também são interlocutores o taoismo, o hinduísmo e o Bön, a tradição tibetana pré-budista. esta segunda parte e o livro culminam uma tentativa de compreender a essência e o sentido das aparições de Fátima à luz de uma fenomenologia da experiência espiritual universal, onde se pode reconhecer que os diálogos e cruzamentos inter-religiosos conduzem ao espaço aberto de um encontro trans-religioso. -
Cancro - Conversando com os Seus FilhosO Cancro é um problema que afeta cada vez mais as famílias portuguesas e mundiais. Acarreta situações muito complexas que merecem, pela sua relevância, serem consideradas, divulgadas e apoiadas num suporte, mesmo que por escrito. É nesse sentido, que resolvemos escrever estes pequenos textos para que possamos contribuir para o suporte emocional de quem sofre diretamente e implicitamente.Nestes trechos, compete-nos explicar alguns assuntos que as famílias ousam omitir ou segredar acerca da doença oncológica. Todavia, tal pode ser generalizado e adaptado a outras situações, pois a comunicação é a base da dinâmica do ser humano em sociedade.Explicar a um filho que um familiar próximo vai ser sujeito a uma intervenção contra o cancro, não é tarefa fácil. Todavia, a faixa etária em que se encontra parece ser muito relevante para que um pai ou uma mãe, ou outra figura significativa, seja professor ou técnico de saúde, o faça de forma clara. Os sentimentos relativos ao diagnóstico criam ansiedade e nervosismo inerentes à doença em si; além disso, junta-se o facto de os pais terem que lidar com as possíveis reações que os seus entes terão, relativamente ao tratamento de quimioterapia ou de radioterapia, que apesar dos avanços da ciência, não afastará o medo e a incerteza. -
O Sorriso do Buda«Que a leitura deste livro e a eventual prática do que nele é sugerido possam ser úteis e benéficas a todos, convertendo-se não em mero conhecimento teórico e intelectual, mas antes numa experiência íntima, transformadora e libertadora.» Tradição espiritual e fi losófi ca que suscita um interesse cada vez maior no mundo ocidental, o budismo tem neste livro uma introdução aprofundada a algumas das suas questões centrais.Esta é uma obra essencial para a compreensão da visão e das ideias budistas, que aborda, nos seus sete capítulos, importantes temas como:a interpretação do enigmático sorriso do Buda Gautama;a doença, o sofrimento e a cura no budismo;a ética na via do Buda;a eco-espiritualidade;acontemplação da vacuidade;a sexualidade e a iluminação no budismo tântrico tibetano;a morte no budismo — não esquecendo o Livro Tibetano dos Mortos.UM MARCO NOS ESTUDOS DO PENSAMENTO ORIENTAL EM PORTUGAL. -
Fernando Pessoa - Escritos de Vicente GuedesEsta edição apresenta os escritos de Vicente Guedes, uma das mais multifacetadas e importantes personalidades literárias de Fernando Pessoa. Embora Vicente Guedes seja comummente associado a uma das fases do Livro do Desassossego, esta personalidade desempenhou muitas outras funções ao longo da construção do universo literário de Fernando Pessoa. Vicente Guedes foi poeta, contista, diarista, tradutor e também o responsável pelo projecto do Livro do Desassossego entre os anos de 1915-1920. No espólio de Fernando Pessoa encontramos numerosos vestígios que nos possibilitam atestar as diferentes facetas que esta personalidade literária foi assumindo no decurso da criação literária de Pessoa. Assim, a presente edição visa dar a conhecer as múltiplas facetas da criação de Vicente Guedes, reunindo, pela primeira vez nos estudos pessoanos, os textos que Vicente Guedes deixou no espólio do autor português. -
Vida Nua - Livro dos LivrosEste é um livro singular, se não mesmo único. Apresentando-se sob a aparência de um volume de pensamentos aforísticos, o sub-título Livro dos Livros e a identificação de cada um dos textos que o constituem (todos eles sob a designação de Livro de…) mostram, todavia, estarmos perante uma verdadeira biblioteca, indexada alfabeticamente, em que cada aforismo pode, em si mesmo, ser considerado como um livro, dado que o olhar que manifesta é uma visão plena sobre a vida e o seu sentido. Em Vida Nua, se bem que o todo seja maior que a soma das partes, cada uma destas é tão rica quanto a totalidade delas. Estamos diante uma obra de sapiência de um autor na plena maturidade do seu pensamento e cosmovisão. -
Presença PlenaPresença é muito mais do que apenas estar. É um não-sei-quê que nos envolve, impossível de expressar e definir plenamente. Com isto em mente, Paulo Borges leva-nos aqui numa jornada pelos cinco aspetos fundamentais da experiência da presença: a presença aberta, a presença consciente, a presença amorosa, a presença abundante e a presença criativa.Um livro que deve ser lido e vivido de um modo diferente, prático e experiencial, com disponibilidade e entrega para com os exercícios propostos, como se se tratasse de um retiro ou workshop presencial. Porque, no final, o mais importante não é exclusivamente a compreensão intelectual, mas sim aprofundar a prática, parando sempre que necessário para realizar as experiências meditativas.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.