Salazar - Citações
«Quer se goste, ou não, a ditadura do Estado Novo representa quase meio século da História de Portugal. E ninguém, melhor do que Oliveira Salazar, personifica o regime pautado pela ordem em prol do progresso. Não há que glorificar a personagem, mas não temos tão-pouco que abjurá-la. […]
Embora na maioria esmagadora de cariz oficial, as citações ilustram um carácter, uma personalidade e uma ideologia. Mais intimistas as opiniões dadas ao Embaixador Franco Nogueira, que as fez chegar até nós. No meio termo, situam-se as entrevistas a António Ferro e a Christine Garnier, em ambos os casos sempre revistas pelo entrevistado».
Fernando de Castro Brandão in Apresentação
| Editora | Livros D'Hoje |
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| Editora | Livros D'Hoje |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando de Castro Brandão |
Fernando de Castro Brandão licenciou-se em História na Faculdade de Letras e foi assistente do Prof. Jorge Borges de Macedo durante dois anos. Ingressou na carreira diplomática em 1973 e o seu primeiro posto no estrangeiro foi em Porto Alegre (Brasil), até 1979. Serviu no México e no Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, a partir de Julho de 1983. Foi depois destacado para o cargo de Cônsul-Geral em Boston, EUA, e em Luanda; e para embaixador em Islamabad e Caracas. Em 2002 foi nomeado Presidente do Instituto Diplomático, cargo que desempenhou até ser colocado na Embaixada em Praga. Em 2007 foi feito Embaixador "full-rank,", atingindo o limite de idade no exterior em Novembro do ano seguinte.
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A Política Externa Portuguesa e a Aliança Defensiva de 1799 com a RússiaA POLÍTICA EXTERNA PORTUGUESA E A ALIANÇA DEFENSIVA DE 1799 COM A RÚSSIA Perante o expansionismo da França, após a revolução de 1789, Portugal firmou um acordo de defesa com os czares da Rússia. Momento da nossa História pouco conhecido, aqui analisado com precisão. -
O Liberalismo e Reacção 1820-183414 anos de lutas políticas que configuraram o futuro de Portugal. Um manual auxiliar do estudo da História, pormenorizado e muito completo. -
De D. João V a Dona Maria I - 1707-1799Três reinados. Um esforço de análise sobre o século XVIII português - século de grande pujança accional. Enumeração factológica, contemplando aspectos políticos, económicos, sociais, legislativos, biográficos, militares e outros. -
História da Expansão Portuguesa 1367-1580O estudo da expansão portuguesa é tão aliciante quanto controverso. Fixação cronológica sempre adiada e à qual este trabalho pretende dar uma achega. Abrangendo os reinados de D. Fernando até ao do Cardeal D. Henrique, terá sempre o mérito de uma selecção criteriosa, se bem que, naturalmente, subjectiva. -
Da Monarquia Constitucional à República 1834-1910A importância da cronologia, para a análise da História, considera-se inegável. Enquadramento necessário, nele se articula toda a gama de factos inscritos no tempo e no espaço. Embora ciência auxiliar, frequentemente torna-se essencial. Informativa e disciplinadora fornece a instrumentalização básica a qualquer estudo histórico. No presente trabalho a escolha recaiu sobre um período, tão complexo quanto determinante da História portuguesa. A monarquia constitucional abre uma fase nova, de que lhe resultaram consequências fatais. Época factologicamente intrincada, por fértil em acontecimentos. À girândola política do restaurado liberalismo, segue-se uma regeneração desenvolvimentista de alento limitado. O incipiente republicanismo partirá para uma consagração que põe termo a 770 anos de realeza. Eis o quadro ao qual se procurou dar moldura cronológica. -
Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal - 1799-1820A presente recolha procura preencher uma lacuna deixada por publicações anteriores. Período relativamente curto, apenas uma vintena de anos, condensa momentos de grande significado: a partida da Família Real e da Corte para o Brasil, as invasões francesas e a acefalia do Reino, até à revolução liberal. O vector militar assume primordial importância, sem apoucar outros múltiplos aspectos do quotidiano nacional. Sempre que possível fixa-se a vida da Metrópole em paralelo com as ocorrências na colónia brasileira. Não se sendo exaustivo, pretendeu-se alcançar um universo diversificado e amplo. Nele se inscrevem cerca de dois mil e trezentos factos. Quiçá com omissões, obviamente involuntárias. Toda a selecção subjectiva, embora pautada em princípios julgados prudentes e criteriosos, é controversa.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.



