Secretário - Memórias
O testemunho de uma figura marcante da literatura e do mundo universitário português, mas, também, a voz inquietante e inquietada de uma mulher católica num mundo em mudança. Um documento importante para observar, por um filtro diferente, muitas das mutações que marcaram a nossa realidade num passado próximo.…
«Sempre me impressionou a diferença entre as pessoas que ouvem e as que não. Há aqueles que nos ouvem de tal maneira que compreendem até aquilo que nem chegámos a dizer. Todo o professor tem a experiência de alunos assim, que são uma bênção. Depois há aqueles que às vezes ouvem e aprendem. E há por fim os outros que, por mais que digamos e apelemos, percebemos como as nossas palavras escorrem por cima deles como por um oleado sem fissura. São surdos por convicção.»
| Editora | BookBuilders |
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| Categorias | |
| Editora | BookBuilders |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria Vitalina Leal de Matos |
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Tópicos para a Leitura de Os LusíadasElaborado por uma camonista, esta obra constitui um guia para o estudo de Os Lusíadas. O leitor que pela primeira vez descobre esta epopeia depara com vários problemas: antes de mais, o que é um poema épico; e por que razão escolheu Camões este género literário? Alguns dos trechos mais conhecidos, como o Velho do Restelo, não correspondem à euforia que se espera da epopeia. Como entender a presença no poema da inspiração anti-épica? Embora o poema trate das descobertas, há outras matérias presentes na obra. Donde lhe vem então a unidade? Quem é o herói d Os Lusíadas? Camões glorifica os portugueses ou censura-os? Quanto à mitologia, por que razão o poeta lhe concede tanta importância? Qual o sentido da Ilha dos Amores? Todos estes temas, e outros, são tratados nesta obra de forma acessível, não obstante fazer a síntese das principais questões e proceder a uma actualização bibliográfica cuidadosa. -
Lírica de Luís de CamõesNa fase atual das investigações sobre a lírica camoniana, impõe-se que se editem poemas cuja autoria não oferece dúvidas, anotados de forma a permitir ao leitor uma abordagem segura e bem apetrechada.Nesta Lírica de Camões figuram todos os subgéneros líricos usados pelo poeta, uma Apresentação Crítica atualizada, notas aos poemas, Linhas de Leitura que acompanham alguns deles e um Glossário que vem resolver dificuldades levantadas pela língua do século XVI. Deste modo espera-se proporcionar um apoio útil aos alunos, professores e estudiosos de Luís de Camões e da sua obra.Esta antologia tem a particularidade de dar a conhecer um texto de Camões praticamente esquecido, um «emblema» da edição das Rimas de 1598, recuperado pelo acaso de estudos sobre a biografia do poeta. -
Lírica de Luís de Camões - AntologiaNa fase atual das investigações sobre a lírica camoniana, impõe-se que se editem poemas cuja autoria não oferece dúvidas, anotados de forma a permitir ao leitor uma abordagem segura e bem apetrechada. Nesta Lírica de Camões figuram todos os subgéneros líricos usados pelo poeta, uma Apresentação Crítica atualizada, notas aos poemas, Linhas de Leitura que acompanham alguns deles e um Glossário que vem resolver dificuldades levantadas pela língua do século xvi. Deste modo espera-se proporcionar um apoio útil aos alunos, professores e estudiosos de Luís de Camões e da sua obra. Esta antologia tem a particularidade de dar a conhecer um texto de Camões praticamente esquecido, um «emblema» da edição das Rimas de 1598, recuperado pelo acaso de estudos sobre a biografia do poeta.Ver por dentro: -
Obras Completas De Luiz Vaz De Camões - I Volume Épica & CartasA primeira edição das obras completas de Camões em mais de 40 anos, preparada pela maior especialista no autor. Didivida em dois volumes, «Épica & Cartas» e «Lírica & Teatro» (Outubro de 2017), esta é a primeira edição da obra de Camões em várias décadas. Pensada como um todo que recolhe todo o corpus de obras do autor. A edição das Obras Completas é apresentada com diversos materiais de apoio: introduções a cada uma das partes/géneros da obra do autor, uma biografia de Camões e uma introdução geral, um conjunto de importantes notas explicativas e de contexto, que formam um guia de leitura da obra. Maria Vitalina Leal de Matos é a maior especialista na obra de Luiz Vaz de Camões e preparou esta edição utilizando um saber acumulado, resultado de décadas de investigação, que fazem desta edição a definitiva da obra do vulto maior das letras lusas que foi e é Camões. Esta edição tem o alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa. Autores: Luiz Vaz de Camões (c. 1524 - 1679 ou 1580) é o poeta nacional português por excelência e um dos grandes nomes da literatura europeia do Renascimento. Pouco ou nada se sabe sobre a sua família, infância e juventude. Terá sido educado nas formas de cultura clássicas e também na literatura moderna, o que se depreende da sua posterior produção literária. Soldado, aventureiro, mulherengo apaixonado, Camões esteve em África e no Oriente português. Envolveu-se em polémicas e com mulheres casadas, esteve preso por diversas vezes e produziu uma das mais importantes obras literárias no quadro da literatura europeia da época. «Os Lusíadas» é uma das obras mais traduzidas da literatura portuguesa e reconhecida como uma das mais poderosas e brilhantes epopeias da literatura do renascimento europeu. A sua lírica e teatro são igualmente notáveis e invulgares, e as cartas um testemunho histórico valiosíssimo. *** Considerada a mais importante camonista viva, Maria Vitalina Leal de Matos foi professora da Faculdade de Letras de Lisboa, onde leccionou várias cadeiras de Literatura Portuguesa, com que está relacionada a sua produção ensaística. Vive em Lisboa, e durante alguns anos habitou em Paris e em Áquila (Itália). Em 2009, publicou dois livros de poesia, Incandescências e Uma pequena voz (Ed. Colibri), e um guião para um espectáculo, A Paixão segundo Fernando Pessoa (na mesma editora). Estreou-se no romance em 2010, com Camões, Este meu duro génio de vingança (Arcádia, Babel). Em 2013 publicou o livro de prosas poéticas Prosas Desfocadas (4Águas Editora). Continua a escrever ensaio, poesia e romance. O livro Secretário. Memórias, saiu pela BookBuilders, em 2016. Sobre Camões, a sua bibliografia é extensíssima e espalha-se por largas dezenas de artigos, ensaios, volumes colectivos, edições críticas, comentadas, e obras individuais.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.