Sendo
Sendo é o tempo suspenso. É o tempo-sempre, em narrativas de não ter fim. Só em espera. À espera do tempo que chega em imaginação – e, portanto, em vida.
(...)
Ser Sendo: eis a evidência de se estar no mundo. Contar para (mais que) viver. Contar para transbordar a vida que é toda nova a cada instante. Em imagens de palavras. E além.
Do prefácio
Gisele Wolkoff
| Editora | Palimage |
|---|---|
| Coleção | Coleção Palavra Poema |
| Categorias | |
| Editora | Palimage |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Conceição Riachos |
Conceição Riachos nasceu na Golegã. Reside em Coimbra. É licenciada em Educação de Infância pela Escola Superior de Educação de Coimbra. Exerceu a sua actividade profissional em serviços de Pediatria com crianças gravemente doentes, sendo autora de numerosos trabalhos publicados nesta área.
Publicou na Pé de Página Editores cinco obras de poesia: “Ritos de Passagem e Olhares” – 1998, “Peregrinação” – 2000, “Instantes” (com fotografias de Maria João Baginha) – 2002 , “A Silhueta Branda das Veias” – 2005 e ainda o “O Livro do Tó João” - 1998. Na editora Palimage editou em 2012: “Na Própria Margem” ISBN : 978-989-703-037-6. Na editora Temas Originais publicou em 2010 o livro de poemas ”Fios na Roda dos Passos” e em 2016 "A Forma Fugaz das Sílabas".
Publicou poemas e contos nas revistas “Entre Letras”, “Oficina de Poesia”, “Rua Larga” e nas Colectâneas: “Colectânea de Poesia – 2001”, “Transnatural”- 2006, “Palavras de Vento e Pedra” – 2006 ,”100 Anos - 100 Poetas” – 2008, “Balaio de Ideias – I Coletânea Scriptus” Brasil 2009 e “Cidade - Antologia Literária – vol.IV” Brasil 2010.
A sua obra poética tem sido objecto de estudo académico e críticas a respeito da sua escrita tem sido publicadas e Revistas como a Gláuks , entre outras. Wolkoff, Gisele Giandoni “ O Abismo da Linguagem: O Desejo na Poesia de Conceição Riachos” Gláuks Revista de Letras e Artes-Vol.10.nº2 ISSN1415-9015 Jul/Dez.2010
Faz parte do estudo de Wolkoff, Gisele Giandoni (organizadora e tradutora), 2011, “Poem-ando Além Fronteiras: dez poetas contemporâneas irlandesas e portuguesas. Poem-ing Beyond Borders: ten contemporary Irish and Portuguese women poets”. Coimbra: Terra Ocre-/Palimage, (pp.48-61). ISBN: 978-989-703-014-7
Dinamizou worshops de Escrita Criativa em escolas.
Foi membro do curso livre Oficina de Poesia da Universidade de Coimbra desde 2000.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira