Sermões do Advento, do Natal e da Epifania
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«
Quem faz ações de Elias é Elias; quem fizer ações de Batista será Batista; e quem as fizer
de Judas será Judas. Cada um é as suas ações, e não é outra coisa. Oh que grande doutrina
esta para o lugar em que estamos! Quando vos perguntarem quem sois, não vades revolver o
nobiliário de vossos avós, ide ver a matrícula de vossas ações. O que fazeis, isso sois, e
nada mais. [...] A verdadeira fidalguia é Ação. Ao predicamento da ação é que pertence a
verdadeira fidalguia.»
| Editora | Temas e Debates |
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| Categorias | |
| Editora | Temas e Debates |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Padre António Vieira |
Padre António Vieira
Padre António Vieira, foi missionário, teólogo, diplomata e orador, nasceu em Lisboa, em 1608. Em 1614, foi para o Brasil com a família, onde mais tarde ingressou no Colégio dos Jesuítas de Salvador, Baía. Foi ordenado padre, tendo iniciado a sua carreira de pregador em 1633. Voltou a Portugal, onde participou ativamente da vida política, colocandose em defesa dos cristãos-novos e despertando o ódio da Inquisição, o que resultou na sua prisão. É considerado o principal autor do barroco de Portugal e do Brasil. Grande orador, pregava com eloquência para índios, brancos, negros, brasileiros, africanos, portugueses, dominadores e dominados. Os seus sermões, apesar de quase sempre direcionados à pregação do cristianismo, também serviram às causas políticas de seu tempo, como a defesa do índio e da colónia.
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SermõesPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura. De padre António Vieira disse Fernando Pessoa ser o «imperador da língua portuguesa». Jesuíta, orador e escritor, nasceu em Lisboa em 1608, e morreu em 1687, no Brasil, mais propriamente na Baía. Ordenado sacerdote em 1635, lutou empenhadamente pela realização de reformas económicas e sociais. Na sua oratória, conjugou visão e pragmatismo, como seria de esperar de um homem de acção. Com uma construção literária e argumentativa notáveis, os seus sermões revelam uma intensa ligação com a vida pública, o que resulta numa prosa eminentemente funcional mas que não perde nunca o nível de universalidade necessário a toda a obra de arte perdurável. Possuidor de uma inteligência poderosíssima, padre António Vieira arquitectou mundos à medida dos seus sonhos e deixou-nos como legado uma obra que se afirmaria como um dos paradigmas da prosa portuguesa. -
Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de PortugalPregado em 1640, num contexto histórico de guerra com a Holanda, o Sermão Pelo Bom Sucesso Das Armas de Portugal é um dos mais singulares sermões da oratória vieirina. -
História do Futuro« Nenhuma coisa, senhor, se pode prometer à natureza humana, nem mais conforme a seu maior apetite nem mais superior a toda sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa e ao mundo esta nova e nunca ouvida História. As outras histórias contam as coisas passadas; esta promete dizer as que estão por vir.» Padre António Vieira -
Escritos Sobre os Judeus e a Inquisição«É possível, senhor, que para se castigar qualquer delinquente, posto que notoriamente o seja, e para se condenar alguém em quatro ou seis mil réis, não podem as justiças e não costuma Vossa Alteza dar sentença, nem tomar resolução, sem ouvir ou sem citar as partes ambas; e agora se castigam tantos milhares de pessoas na perda da honra, da pátria, dos ofícios e da fazenda, sem os ouvir, e sem lhes mandar que respondam? Sirva-se Vossa Alteza de considerar que quando se procede contra partes não ouvidas, ainda que se pronuncie o que é justiça, sempre se procede sem justiça.» Padre António Vieira -
A Chave dos Profetas: Livros primeiro, segundo e terceiro«Se é sonho eu durmo, e se é loucura estou louco.» «E assim resta somente o espanto pela coisa, que costuma valer como grande e temível argumento para aqueles que medem os factos futuros com os passados, ou seja, a fé com os olhos. [ ] Espantais-vos de que as espadas e lanças devam transformar-se em arados e enxadões? Espantais-vos de que um povo não mais há de tirar a espada contra outro povo? Espantais-vos de que hão de acabar as escolas de guerra e que não haverá inimigos que intimidem e perturbem a paz? Ponde de parte o espanto.» Padre António Vieira -
Escritos sobre os Índios«São pois os ditos índios aqueles que, vivendo livres e senhores naturais das suas terras, foram arrancados delas por suma violência e tirania, e trazidos em ferros com a crueldade que o mundo sabe, morrendo natural e violentamente muitos nos caminhos de muitas léguas [...], onde os moradores delas [...] ou os vendiam, ou se serviam e servem deles como escravos. Esta é a injustiça, esta a miséria, este o estado presente, e isto o que são os índios de São Paulo. O que não são, sem embargo de tudo isto, é que não são escravos, nem ainda vassalos. [...] Assim o não deixa de ser o índio, posto que forçado e cativo, como membro que é do corpo e cabeça política da sua nação, importando igualmente para a soberania da liberdade tanto a coroa de penas como a de ouro, e tanto o arco como o cetro.» Padre António Vieira -
Sermão da Sexagésima e Sermões da Quaresma«Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura; há de declará-la com a razão; há de confirmá-la com o exemplo; há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências, que se hão de seguir, com os inconvenientes, que se devem evitar; há de responder às dúvidas; há de satisfazer às dificuldades; há de impugnar, e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto é falar de mais alto.»Padre António Vieira -
Cada Um é da Cor do Seu Coração«Uma seleção de textos representativos do pensamento do Padre António Vieira sobre a escravatura. Esta seleção acompanha, essencialmente, três momentos do complexo e diversificado percurso de vida de Vieira: o começo da sua atividade como pregador, ainda na Baía, durante a década de 30 do século XVII; a contenda com os colonos do Maranhão, acerca da escravatura dos ameríndios, entre a sua partida para esta região, em 1653, até à expulsão dos padres da Companhia, em 1661; a sua presença na Baía, a partir de 1681 até ao final da sua vida, em 1697, nomeadamente desempenhando o cargo de Visitador Geral das missões do Brasil, a partir de 1688.»Da IntroduçãoOrganização e introdução de José Eduardo Franco, Pedro Calafate e Ricardo Ventura.Prefácio de Viriato Soromenho-Marques. -
Os Leitores Perguntam, Padre António Vieira Responde«Vieira foi um domador de palavras, um ginasta, um trapezista da argumentação. As palavras são barro que Vieira molda como um mestre oleiro, criando formas espantosas e deleitosas. Se há uma palavra que o caracteriza, tendo potenciado o seu génio, é, precisamente, a ‘ousadia’. Ele ousa, com a palavra e com a vida, afrontar os problemas dos homens e das mulheres do seu tempo, mas também os do seu país e os da humanidade no seu todo. Com este livro dá-se a conhecer de modo seleto e acessível aos leitores de hoje o essencial do pensamento universalista de Vieira, que tem muito a dizer-nos, a nós contemporâneos do século XXI, para melhor respondermos aos desafios da atualidade.» «É a ação que dá conteúdo à existência? Nem todos os anos, que se passam, se vivem: uma coisa é contar os anos, outra vivê-los; uma coisa é viver, outra durar. (...) As nossas ações são os nossos dias: por eles se contam os anos, por eles se mede a vida: enquanto obramos racionalmente, vivemos; o demais tempo duramos. O que faz realmente uma pessoa nobre? As ações generosas, e não os pais ilustres, são as que fazem fidalgos. Muitos portugueses que se notabilizaram em vários campos costumam queixar-se da ingratidão e da falta de reconhecimento da sua pátria em relação aos serviços que lhe prestaram. O que acha desta situação? Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma.»Organização de Aida Sampaio Lemos, Joana Balsa de Pinho, José Eduardo Franco e Porfírio Pinto.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.
