Sintra
Sintra, a tão poucos quilómetros da cidade de Lisboa, fica num lugar privilegiado pela natureza, que faz da vila, no seu enquadramento natural, um caso único no tecido geográfico português. Vila esta que é também, graças a essas raras condições, uma verdadeira relíquia histórica, pois já aí os Romanos construíram "villae" de que ainda hoje restam vestígios. O autor desta excelente monografia mostra-nos como é que Sintra se foi enriquecendo ao longo de sucessivas épocas históricas, do ponto de vista do espaço, da monumentalidade e da arquitectura. Faz-nos redescobrir sítios já familiares como o Paço Real, o Palácio da Pena ou o Castelo dos Mouros, ou conta-nos histórias tão curiosas como a do quase miniatural Convento dos Capuchos. Sintra não podia faltar nesta colecção «Cidades e Vilas de Portugal», e a verdade é que esta nobre vila portuguesa é aqui condignamente tratada, quer pelo cuidado posto na elaboração do texto quer pela qualidade do arranjo gráfico e das ilustrações.
| Editora | Presença |
|---|---|
| Coleção | Cidades e Vilas de Portugal |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Vítor Serrão |
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Artis 6"Artis é uma publicação anual dedicada a temas emergentes do património artístico nacional e dos países de expressão portuguesa, na devida contextualização com a demais arte internacional.O presente número, tem como tema o Azulejo. Nunca, como hoje, se falou tanto de azulejo. E nunca, como hoje, o azulejo conheceu abordagens tão distintas.Neste sentido, a expressão que deu o mote a este número da revista ARTIS – Agora é a vez do azulejo! –, pareceu-nos particularmente feliz, porque encerra em si uma multiplicidade de leituras, reflectindo a diversidade de entendimentos que o azulejo permite e potencia, enquanto material cerâmico e enquanto símbolo de uma das artes que mais caracteriza a herança cultural portuguesa." -
A Cripto-História de ArteO conceito de Cripto-História de Arte - a vertente da história que se ocupa do património artístico desaparecido, merece ser considerado, pois a História de Arte não se faz só com recurso a obras vivas. Também as obras que não sobreviveram à incúria, às calamidades e ao vandalismo fazem parte íntima deste campo de sondagens abrangentes e percepções sensoriais. Assim, a Cripto-História da Arte atenta no que papel que as obras desaparecidas possam ter assumido em termos históricos, iconológicos, políticos, ideológicos e, sempre, estéticos. -
O Renascimento e o Maneirismo História da Arte em PortugalEsta História da Arte em Portugal é, no nosso país, a primeira que abrange a criação artística conhecida entre meados do século IX e o ano 2000, numa edição complementada por ilustrações de elevada qualidade estética. Obra planeada pelos Professores Carlos Alberto Ferreira de Almeida e José-Augusto França, a quem se associou posteriormente o Professor Vítor Serrão, a obra conta ainda com a colaboração de Mário Jorge Barroca que, após o falecimento do Professor Carlos Alberto Ferreira de Almeida, em 1996, assumiu a conclusão da sua parte. Neste terceiro volume, o Professor Vítor Serrão expõe a sua perspectiva de dois importantes períodos: a "Idade de Ouro" (1500-1557), em que predomina o gosto pelo Classicismo, e o denominado "Modo de Itália", que abrange os reinados de D. Manuel I e de D. João III, no fim do qual, a cultura italianizante de doutrinação neoplatónica, e já claramente maneirista, se aliará ao espírito da Contra-Reforma e à acção do Santo Ofício. Eclodirá então, uma arte propagandística e de prestígio que se estende a todo o Império. O Convento de Cristo, em Tomar, São Roque e o Mosteiro de São Vicente de Fora são apenas expoentes de um prolongado devir artístico nas suas várias vertentes: a pintura, a escultura, a ourivesaria, o azulejo, a arquitectura, a talha e a ornamentação, entre outras. O "desvario" da sensualidade tardo-gótica e o Renascimento Experimental, o Estilo Chão e a crescente difusão da talha e da ornamentação balizam estes dois tempos, mas o percurso dentro destes marcos é riquíssimo, fascinante e apelativo à leitura. -
O BarrocoOs seis volumes desta magnífica colecção da História da Arte em Portugal cobrem, pela primeira vez no nosso país, a criação artística conhecida entre meados do século IX e o ano 2000, numa edição complementada por ilustrações de grande qualidade estética. No presente quarto volume, o Professor Vítor Serrão analisa, da forma mais actualizada possível, o património artístico português do largo período barroco, uma das épocas mais criativas da arte nacional. O Barroco é aqui estudado à luz das suas principais energias vitalizadoras, desde a fase de experimentação do novo estilo durante o segundo quartel do século XVII, até à consagração dos seus cânones estéticos durante o reinado estabilizador de D. Pedro II, até à exaltação desse mesmo repertório no «magnânimo reinado» de D. João V, culminando no breve advento do estilo rococó. Esta obra está organizada segundo uma ordenação evolutiva, dando conta da produção das grandes «escolas» e mestres, lisboetas ou «estrangeirados». Este admirável volume constitui, assim, mais um incontornável contributo para o enriquecimento do estudo da Arte em Portugal. -
Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

