Sonetos Livro de Bolso
11x17
2011
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Excerto
«MAIS ALTO
Mais alto, sim! Mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
À rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!»
Sonetos de Florbela Espanca
| Editora | 11x17 |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | 11x17 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Florbela Espanca |
Florbela Espanca
Florbela Espanca [1894-1930]
Nascida Florbela Lobo, em Vila Viçosa. Cursou Direito na Universidade de Lisboa. Publicou em vida os livros de poemas Livro de Mágoas e Soror Saudade. Na ficção, foram editadas postumamente as coletâneas de contos As Máscaras do Destino e O Dominó Preto.
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SonetosEscritos nas primeiras décadas do século XX, os sonetos de Florbela são a expressão poética da paixão sensual e da confissão feminina. Simultaneamente pujante e frágil, a poetisa revela, por vezes de forma egocêntrica e narcisista, uma feminilidade intranquila e insatisfeita, imersa na Dor e no Amor. Influenciada por poetas como António Nobre ou Antero de Quental, Florbela revelou-se pouco permeável aos grupos e movimentos literários da época e construiu uma estética própria, pautada por um discurso poético veemente, descomplexado e livre de constrições sociais. -
Obras de Florbela Espanca - Obra Poética Volume IEste primeiro volume das Obras de Florbela Espanca inclui os três livros de poesia que, entre outros projectos concebidos pela escritora, não só foram por ela preparados para publicação, mas também conduzidos até à edição que, sujeita embora a contingências, ficou legitimada pela sua vontade de autora: Livro de Mágoas, publicado em 1919, Livro de Soror Saudade, dado a lume em 1923, e Charneca em Flor, que saiu do prelo em Janeiro de 1931, logo após a morte da poetisa. Esta edição conta com um ensaio introdutório e notas histórico-literárias de José Carlos Seabra Pereira, eminente estudioso da poesia florbeliana. -
Obra Poética de Florbela Espanca - Volume IIEste segundo volume das Obras de Florbela Espanca inclui a produção literária de Trocando Olhares, o grande caderno manuscrito que engloba 145 textos da produção poética (e três contos) de Florbela Espanca nos anos de 1915, 1916 e 1917, em parte publicada pela autora em periódicos e em parte inédita à data da sua morte; Reliquiae, um conjunto de 28 poemas, sensivelmente da época de Charneca em Flor, coligidos postumamente e publicados pela primeira vez em 1931; e alguns poemas esparsos. Esta edição conta com um ensaio introdutório e notas histórico-literárias de José Carlos Seabra Pereira, eminente estudioso da poesia florbeliana. -
Obras de Florbela Espanca - Contos - Volume IIIContos - Volume III - integra a coleção Obras de Florbela Espanca que se destina a reunir as obras da poetisa. Este terceiro volume inclui os livros de contos, publicados postumamente - As Máscaras do Destino (1931) e O Dominó Preto (1982) - e ainda em apêndice quatro textos da juventude da autora: «Mamã!» (1907), «A Oferta do Destino» (1916), «Amor de Sacrifício» (1916) e «Alma de Mulher» (1916). Uma edição que conta com um ensaio introdutório de José Carlos Seabra Pereira, um dos maiores estudiosos e especialistas na obra florbeliana que agora apresenta uma versão corrente e acessível ao grande público. -
Sonetos«MAIS ALTOMais alto, sim! mais alto, mais alémDo sonho, onde morar a dor da vida,Até sair de mim! Ser a Perdida,A que se não encontra! Aquela a quemO mundo não conhece por Alguém!Ser orgulho, ser águia na subida,Até chegar a ser, entontecida,Aquela que sonhou o meu desdém!Mais alto, sim! Mais alto! A IntangívelTurris Ebúrnea erguida nos espaços,À rutilante luz dum impossível!Mais alto, sim! Mais alto! Onde couberO mal da vida dentro dos meus braços,Dos meus divinos braços de Mulher!» -
Poesia CompletaExcerto Brancas, suaves mãos de irmã Que são mais doces que as das rainhas, Hão de pousar em tuas mãos, as minhas Numa carícia transcendente e vã. E a tua boca a divinal manhã Que diz as frases com que me acarinhas, Há de pousar nas dolorosas linhas Da minha boca purpurina e sã. Meus olhos hão de olhar teus olhos tristes; Só eles te dirão que tu existes Dentro de mim num riso dalvorada! E nunca se amará ninguém melhor; Tu calando de mim o teu amor, Sem que eu nunca do meu te diga nada!...» -
Charneca em Flor"No imaginário feminino português, Charneca em Flor celebra um ultrapassamento literário: a ruptura com o estereótipo de mulher imposto pelo patriarcado. A partir daqui, a dor e as Saudades (dotes de mulher) são já um fantasma que ela vê passar pelas vielas de Évora, na figura evanescente da Menina e Moça que fora. Revisitando agora a sua origem alentejana, a nossa investida Sóror Alcoforado (antiga Dama de Bernardim e mística Dona de Garcia de Resende) despe a mortalha e abandona a clausura para, em comunhão telúrica, abrir-se em flor - impulso que, desejo erótico, é também pulsão de morte. Todavia, dentro desse paradoxo, Florbela se experimenta (em voo livre do regional para o nacional) avatar feminino de Camões. E deste modo mergulha em definitivo na fonte mesma do soneto - forma fixa que passara a vida a ajustar a fim de torná-la mais condizente ao seu género. Afinal, no seu espartilho poético, o soneto não lembra a cela, da qual toda a mulher se quer evadir?! - Maria Lúcia Dal Farra." -
SonetosA obra Sonetos , de Florbela Espanca, compila quatro livros da poeta Livro de Mágoas (1919), Livro de Soror Saudade (1923), Charneca em flor (1931) e Reliquiae (1931) nos quais expõe verdadeiros relatos de alma. A vivência do amor como uma ilusão conduz a uma mitificação do eu feminino, reiterando a sua fatalidade. A presente edição leva um prefácio de Bénédicte Houart. -
SonetosFlorbela Espanca nasceu e suicidou-se no dia 8 de Dezembro (Vila Viçosa, 1894 - Matosinhos, 1930). Filha ilegítima (ou «de pai incógnito»), foi baptizada com o nome de Flor Bela de Alma da Conceição. Frequentou a escola primária em Vila Viçosa, o Liceu André de Gouveia, em Évora (um liceu masculino), e a Faculdade de Direito de Lisboa. Casou-se por três vezes (1913, 1921 e 1925) e trabalhou como jornalista e tradutora. Em vida, publicou as recolhas de sonetos Livro de Mágoas (1919), Livro de Soror Saudade (1923) e Charneca em Flor (1930, à qual se somariam as Reliquiæ, no ano seguinte), mas foi também autora de outras pequenas obras poéticas, contos, correspondência vária e um diário. Florbela Espanca tornou-se um dos poetas portugueses mais célebres de todos os tempos. Cantora do Amor, a sua obra ímpar é fruto de um feminismo pequeno-burguês e apolítico, muito ao gosto dos anos 20, mas também das contradições que lhe iam no espírito - e que aqui a aparentam a Antero, para além de Pessoa, que dela terá dito ser uma «alma sonhadora, irmã gémea da minha». -
SonetosSonetos reúne o essencial da obra de Florbela Espanca.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
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Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os HomensNeste brilhante e revolucionário discurso que influenciou todo o pensamento político e social produzido desde então, Rousseau explora os fatores que contribuem para a injusta e desestabilizadora desigualdade entre os homens. Publicado em 1755, antecipando a convulsão da Revolução Francesa, o filósofo discorre acerca da natureza do homem e aponta a instituição da propriedade privada e o conflito com o mundo natural imposto pela civilização como corruptores da felicidade e liberdade primordiais. Argumentando que o homem primitivo estaria numa posição de igualdade em relação aos seus pares, gozando de uma liberdade e felicidade que lhe seria intrínseca, Rousseau denunciava a crescente sofisticação civilizacional, com as suas instituições artificiais de riqueza, poder e privilégio, como causa principal de um desequilíbrio insanável na Humanidade, atribuindo uma vantagem desmesurada aos mais fortes sobre os mais fracos e assim alimentando injustiças e conflitos. Alvo de duras críticas e também de defesas apaixonadas na época, este discurso viria a tornar-se um clássico da filosofia política e permaneceu, hoje como então, tão atual quanto polémico.