Traições, Poder e Bastardos Reais
Esta história começa cedo, com D. Afonso Henriques, as suas amantes e filhos bastardos que, motivados pelo sangue real que lhes corria nas veias, tentaram obter mais poder e estatuto a todo o custo. Uma luta que se foi repetindo ao longo da História de Portugal com a disputa pelo direito à sucessão entre irmãos, conflitos abertos entre filhos e pais, conspirações, prisões e exílios. Se houve filhos ilegítimos que permaneceram no anonimato, afastados da vida da Corte, remetidos à vida clerical, outros ganharam protagonismo junto dos seus pais, como Martim Sanches, o valente bastardo de D. Dinis, D. Jorge, bastardo de D. João II que viu a rainha D. Leonor negar-lhe o acesso ao trono, os conhecidos «meninos da Palhavã», filhos de D. João V, rei que era frequentador assíduo do Convento de Odivelas, ou D. João, filho de D. Pedro I e D. Teresa Lourenço, o único ilegítimo que se tornou rei de Portugal. A história oficial nem sempre lhes dá o devido protagonismo.
Neste livro, as historiadoras Ana Cristina Pereira e Joana Pinheiro de Almeida contam-lhe as histórias das paixões reais e dos filhos naturais que delas nasceram e que se tornaram, pelo reconhecimento paterno, infantes de Portugal. Bastardos régios.
| Editora | Manuscrito |
|---|---|
| Coleção | Manuscrito História Divulgativa |
| Categorias | |
| Editora | Manuscrito |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joana Pinheiro de Almeida, Ana Cristina Pereira |
Ana Cristina Pereira é mestre em História Moderna pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especializada no poder feminino na corte portuguesa. É autora de várias obras de História. E aventurou-se a escrever um guia para os mais novos, À Conquista de Lisboa: roteiro para pequenos aventureiros, que agora integra o Plano Nacional de Leitura.
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À Conquista de LisboaOs melhores caminhos, as subidas menos cansativas! Pistas, jogos e desafios! À conquista de Lisboa! -
Conquering LisbonOs melhores caminhos, as subidas menos cansativas! Pistas, jogos e desafios! À conquista de Lisboa! -
Meninos de NinguémComo se lê na contracapa do livro, trata-se de «dezoito histórias de miúdos para despertar graúdos». Com posfácio de Luís Fernandes, Meninos de Niguém reúne histórias antes publicadas no Público a escancarar a dura realidade de crianças que crescem em territórios críticos deste Portugal do princípio do século XXI. D. já nem pensa na transexual, sem-abrigo, seropositiva, que agrediu. Sérgio tem dificuldade em adormecer com o tráfico. Ana quer ser traficante. Carolina foge da comunidade terapêutica e seduz «velhos» para comprar droga. Numa pensão manhosa, uma menina espera pela mãe que por sua vez espera por clientes. António e Idalino levantam-se cedo e vão mendigar. Rita já abortou três vezes e já teve uma filha do namorado que a maltrata. Meia dúzia de miúdos troca histórias de terror numa casa-abrigo. Manuel é empurrado de familiar em familiar e posto a trabalhar numa sucata. Celso tomou uma atitude. Maria só pode aspirar a casar, ter filhos, fazer vida de feira. Ana Isabel reclama casa e pouco lhe importa que seja num bairro. Debaixo de holofotes, a família Pinto aguarda o regresso do bebé raptado. Fábio quer ser polícia fora do Aleixo que o viu nascer. Os miúdos dos gangues ETA e PPR tentam fazer figura. Siga, herói para alguns, está preso. Grilo, que ia pelo mesmo caminho, foi morto por um companheiro de gangue. Rúben, que roubava com gozo, mudou de rumo, parece outro. -
Viagens Brancas«É um livro que, sem ser de viagens, é ele próprio uma grande viagem organizada em etapas. E em cada uma dessas etapas, são possibilitadas outras viagens ao leitor. Olhando de forma global para a grande viagem, o livro dá-nos a conhecer diferentes trajectórias de mulheres que de alguma forma estão ligadas ao desvio e à reclusão, a partir da sua relação com a cocaína. São-nos mostrados diversos modos femininos de viver o desvio, o crime e a reclusão. E a viagem por esses modos é simultaneamente ampla mostra-nos como pode ser a participação das mulheres no cultivo da folha de coca, no seu transporte para a Europa, na preparação de doses para venda, na venda, nos consumos, nos tratamentos, nas recaídas e na reclusão e profunda, na medida em que são explorados contextos, espaços, tempos, vivências, crenças e significações da relação mulher-cocaína.» -
A Vida Privada dos BragançaComo se realizavam as festas de casamento, batizados e procissões? Quais os divertimentos da corte e como se passavam os serões no Paço? Quem frequentava os bailes, as corridas de touros ou a ópera italiana? Para onde se deslocava a família real durante as férias de verão? Como eram organizados os bailes de máscaras no Carnaval? Quem vestia o rei e a rainha, quem os servia? Como brincavam os príncipes e as princesas? As historiadoras Ana Cristina Pereira e Joana Troni, autoras de Amantes dos Reis de Portugal e Amantes dos Reis de França, relatam-nos o quotidiano da corte dos Bragança. Da conquista do trono por D. João IV, em 1640, que inicia a quarta dinastia, até ao último rei de Portugal, D. Manuel II. Ao longo destas páginas encontramos a despedida de D. Catarina de Bragança de partida para Inglaterra para se tornar rainha, que mobilizou a cidade de Lisboa em animados festejos. A aclamação de D. João V que rompe com a austeridade dos anos anteriores e traz esplendor para a corte nacional, mas que fica marcada por um episódio conhecido como «boicote das damas». Conhecemos a vida familiar da rainha D. Maria II que gostava de passar o serão a bordar junto das crianças enquanto o seu marido D. Fernando organizava a sua coleção de gravuras. E a paixão pelo mar de D. Carlos que juntamente com a sua mulher D. Amélia tiveram de viver numa corte com custos controlados, em que as festas eram mais modestas. -
Movimento Perpétuo: histórias da migração portuguesaHá um padeiro desterrado em Timor no início da ditadura militar. E dois filhos apanhados ainda pequenos pela II Grande Guerra, resgatados por australianos e recolhidos pela Casa Pia de Lisboa. Há um serrador que cumpriu ordem para combater em Moçambique. E um operário que desertou e fugiu para França. E há uma encruzilhada de outras vidas que as circunstâncias empurram para dentro ou para fora do país. São ecos dos últimos cem anos de migrações portuguesas. -
Lisboa em Festa - Uma Viagem pelas Cerimónias que Marcaram a História da Cidade (Séc. XII-XIX)Uma Festa anuncia-se sempre com um convite e esta não será exceção. Um convite ao Leitor para assistir à Lisboa em Festa, acompanhando a história da cidade a partir de dez cerimónias. É o ponto de partida para a descoberta de uma Lisboa diferente, de outros tempos e outras gentes, mas com uma euforia e emoções talvez não muito diferente dos dias de hoje Encontrar a cidade e o seu pulsar, o viver das suas gentes, não é tarefa fácil e foi este projeto movido pelo sonho e desafio, na ótica da «visita guiada a um mundo possível». -
Mulheres da Minha Ilha, Mulheres do Meu PaísIgualdades que Abril abriuAs mulheres deste livro nasceram num intervalo de 50 anos. Entre a mais velha e a mais jovem há um mundo de diferenças: o país mudou, as perspetivas e liberdades expandiram-se e, com elas, vieram novas possibilidades e novos obstáculos. Este livro resgata a história dessa transformação a partir de vozes que não fazem parte das estruturas de poder. Num ziguezague entre o presente e o passado, parte da vida de mulheres comuns, de diversas classes sociais, para contar as suas histórias, entrelaçadas com a história do arquipélago da Madeira, lugar de fronteira, e com a história das mulheres em Portugal, dimensão menos conhecida da história do país. Sempre em diálogo com artistas naturais ou residentes na região. É, de certa forma, um livro-exposição, um livro-viagem, mas acima de tudo um livro-testemunho do legado de Abril.«Querem conhecer a nossa história, enquanto mulheres e enquanto sociedade? Leiam este trabalho incrível da Ana Cristina Pereira. Analisem-no com os vossos alunos, para quem os tiver. É tão necessário olhar para trás e para os lados se queremos mesmo representar TODAS as mulheres! Não ficar fechado num olhar elitista, fruto de uma sociedade profundamente polarizada em termos de classes.»Rosa Monteiro (secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade de Género) «É tão bom este trabalho! Ana Cristina Pereira traça um percurso da mulher em Portugal através das mulheres da sua família: as que não estudaram e pariram 16 filhos; as que fizeram a 3.ª classe para depois “casar, ter filhos, cuidar da casa, trabalhar na terra, levar nas ventas quando calhasse”, as que puderam tirar um curso superior e trabalhar fora de casa. É um trabalho investigado e é também uma exposição corajosa, pessoal, que toca quem nela se reconhece por viver ou ouvir contar.»Cláudia Henriques (investigadora CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade)
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?