Viagem à Década de 1920 - O Diáfano Brilho da Extravagância
Os Loucos Anos Vinte, Les Années Folles ou The Roaring Twenties evocam um decénio esplêndido e evanescente, definido a partir de uma efervescência artístico -cultural única.
A modernidade e o cosmopolitismo emanados da Paris do pós -guerra espalharam-se pelo mundo ocidental e consagraram -se através de uma elite dançando a um ritmo frenético, euforicamente interrompido com a Grande Depressão, fim de um tempo efémero e estrondoso.
Prefácio de Nuno Júdice.
| Editora | ArTravel/Across |
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| Categorias | |
| Editora | ArTravel/Across |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria João Castro |
Estudou na Escola Superior de Belas Artes, onde se formou em artes plásticas – pintura.
Durante alguns anos trabalhou como atriz no Teatro de Marionetas do Porto e na atualidade é professora de Educação Visual e Oficina de Artes e desenvolve regularmente projetos ligados à pintura e ao desenho. Na sua estreia na ilustração de livros, nas Edições Afrontamento, ilustrou O Senhor Nunca e o Senhor Jamais, de Francisco Duarte Mangas (2016), a que se seguiu Basta Imaginar, de João Lóio (2017) e Os Dois Sarafanos, de António Roma Torres (2019).
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O Essencial sobre os Ballets Russes em Lisboa«A permanência dos Bailados Russos em Lisboa entre dezembro de 1917 e março de 1918 coincidiu com um dos períodos mais sombrios da sua história: em plena Primeira Guerra Mundial não havia espaço de manobra para a apresentação dos espetáculos da trupe russa na maior parte dos palcos da Europa. Os espetáculos na capital portuguesa ocorreram em condições difíceis: o golpe de Estado de Sidónio Pais e a consequente instabilidade política na capital fizeram adiar a estreia nacional e o público não estaria na melhor disposição para os acolher. No final da temporada lisboeta, a falta de contratos internacionais fez com que a companhia fosse forçada a arrastar a sua permanência em Lisboa, subsistindo em circunstâncias adversas.» -
Zanzibar - Arte de Um (Re)EncontroA presença portuguesa no espaço extra-europeu africano, iniciada no século XV, permitiu a construção de uma mundialização que teve pretensão de soberania universal, nomeadamente, quando se passou a dominar o império oriental. A partir daí, as mitologias sobre as quais o colonialismo português se articulou mostraram algo de nosso e de muito profundo: a identidade de um país que, a partir de um dado momento, construiu a sua história para fora, evitando assumir um olhar interior, ou seja, o que ele era por dentro. Zanzibar - Arte de um (Re) Encontro apresenta-se como um poema-convite de uma historiadora de arte que nos leva a uma revisitação de quem regressa outro, fazendo repensar esse destino de alma lusa, tão longínquo e tão próximo... -
Arte e viagem (pós-)colonial na obra de José de Guimarães / Art and travel (post-)colonial in the work of José de GuimarãesAo longo do seu percurso José de Guimarães tem vindo a desenhar um atlas da viagem contemporânea que se revela como uma descoberta de si através do outro e que se desenvolve a partir de uma trajetória própria. Na verdade, parte da cultura visual e pesquisa plástica do artista viajante português reflete, de modos diferentes e em registos distintos, uma problemática profundamente atual do mundo global de que o século XXI é herdeiro, traduzindo uma sensibilidade atenta que dispensa qualquer glosa.Throughout his career, José de Guimarães has drawn an atlas of contemporary travel that has become a discovery of self through the Other and has evolved out of his own journey. In effect, part of this Portuguese traveller-artist’s visual culture and plastic research refl ect, albeit in different modes and registers, an extremely current problematic of this global world that the 21st century has inherited, accompanied by a sensitive awareness that needs no further comment. -
Travessias por ÁfricaTRAVESSIAS POR ÁFRICA resulta de uma jornada feita ao longo de várias etapas perfazendo 17 mil quilómetros entre a África do Sul e o Quénia. Maioritariamente levada a cabo de Overland, esta viagem devolve-nos a essência de um continente único. -
TransiberianaA 2ª edição de Transiberiana, de Maria João Castro devolve-nos uma viagem inusitada pela linha ferroviária mais longa do planeta. Num palimpsesto das geografias paisagísticas e internas, a autora tenta (re)escrever a atmosfera do percurso realizado numa narrativa contínua e profundamente reflexiva. Desenhos de Eduardo Salavisa e um caderno a cores das imagens mais emblemáticas do itinerário percorrido. Nuno Júdice Um livro inesperado onde há romance e poesia. Um texto que não se limita a ser informativo mas que é, sobretudo, um texto vivido. Eduardo Lourenço Um livro que me encantou, delicioso em vários aspectos. Como historiadora de arte, a autora tem um interesse particular pelas manifestações artísticas, tem uma interpretação estética própria. Ao longo de vários momentos de uma viagem ex-mítica dá-se a conhecer o outro naquela que é uma viagem verdadeiramente iniciática. José-Augusto França Neste livro reflecte-se sobre a viagem como trajecto não como destino, é o que acontece entre dois pontos que interessa; é esse o sentido do livro e que verdadeiro sentido. -
Lugares com AlmaA nova edição de Lugares com Alma de Maria João Castro reúne um conjunto de textos de lugares especiais espalhados pelos 5 continentes. Neste volume, a autora mostra que há sítios que possuem o condão de transformar os visitantes, constituindo refúgios de um mundo intemporal ao qual se regressa a cada releitura. Cada texto tem a particularidade de seguir um mote preciso que o reconfigura de um modo singular: no caso da Cúria os Années Folles, em La Parra a atmosfera depurada de um convento, no Pera Palace segue-se um policial policial, na Polinésia destaca-se a corporalidade maori, no Delta do Okavango a África pristina, em Cuba a ruína colonial a colar-se à pele... Porque em cada lugar o andamento é distinto assim como a nossa perceção e reminiscência do tempo vivido. -
Balcãs - Um Olhar EuroasiáticoA obra resulta de um périplo recém-levado a cabo por países da ex-Jugoslávia (Eslovénia, Croácia, Montenegro, Albânia, Macedónia do Norte, Sérvia e Bósnia Herzegóvina), Grécia e Turquia. Apoiado pela investigação e a narrativa poética a que nos tem vindo a habituar, este 7º livro de crónicas de viagem da autora sintetiza a sua deambulação pós-pandemia pela parte central da Eurásia.Dividido em três capítulos - Impressões Balcãs, Pinceladas Gregas e Traços turco-otomanos - o livro encerra na frase da contracapa um olhar marcadamente autoral: "Ao contrário da paisagem sentimental da ex-Jugoslávia, a grega foi carnal e a turca exótica. De todas elas retirei momentos irrepetíveis porque deixá-las para trás é deixá-las de vez, numa cristalização inerente às viagens a prazo".
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
A Antropologia da ArteRobert Layton proporciona-nos uma leitura agradável e autorizada, como introdução à riqueza e diversidade das formas de arte nas sociedades não ocidentais. Equaciona os problemas da avaliação estética através da diversidade de culturas, os variados usos da arte e a questão fundamental que é a arte nas sociedades em evolução, dos reinos tradicionais da África Ocidental (com o seu artesanato específico no uso de metais preciosos) aos caçadores-recolectores australianos (com as suas pinturas de areia e de ornamentação corporal). As formas aqui debatidas incluem as pinturas em casca de árvore, areia ou rocha, as esculturas de marfim, osso e madeira, a fundição de latão, as máscaras bem como a decoração das casas e ornamentações corporais. A compreensão do significado destas diversas produções exige a compreensão dos contextos culturais que as envolvem. Layton relaciona as produções artísticas particulares com os rituais, os mitos e o poder. -
A Invenção da Moda - As Teorias, os Estilistas, a HistóriaEstá disponível em pdf a Introdução. Arte & ComunicaçãoArte e Comunicação representamdois conceitos inseparáveis.Deste modo, reúnem-se na mesma colecçãoobras que abordam a Estética em geral,as diferentes artes em particular,os aspectos sociológicos e políticos da Arte, assim como a Comunicação Social e os meios que ela utiliza.Tirania do presente, para uns, linguagem por direito próprio, para outros, a moda desempenha um papel importante na sociedade, sendo por isso objecto de estudo de diversas disciplinas.Esta obra traça a complexa teia de causas na origem e difusão da moda, Entre elas contam-se o aparecimento de uma sociedade aberta, o cosmopolitismo e uma nova atitude mental que privilegia o gosto pelo que é novo. -
Laocoonte - Ou Sobre as Fronteiras da Pintura e PoesiaLaocoonte ou sobre as Fronteiras da Pintura e Poesia (1766), obra fundadora da estética moderna, moldou desde a sua publicação debates em torno da crítica e da teoria da percepção, influenciando áreas como a teoria da literatura e a história de arte. Estudo sobre o famoso grupo escultórico, provavelmente do século II a.C. - que retrata o suplício do sacerdote troiano e dos seus filhos, episódio narrado por Vergílio na Eneida -, Laocoonte foi um dos primeiros ensaios a abordar a natureza da poesia, como arte do tempo, e da pintura, como arte do espaço, traçando os seus limites, diferenças e domínios específicos, ao mesmo tempo que operou uma verdadeira libertação do ut pictura poesis horaciano.Laocoonte, numa prosa eloquente e de finíssima ironia, continua a suscitar vivas reflexões sobre o sentido da experiência artística. -
Desenhos de Mestres Europeus em Coleções Portuguesas II - Itália e PortugalOs tesouros escondidos e pouco apreciados dos desenhos antigos de mestres, em coleções públicas e privadas portuguesas, foram apresentados ao público europeu em 2000-2001 com a exposição Desenhos dos Mestres Europeus em Coleções Portuguesas, organizada pelo Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa, e realizada no Museu Fitzwilliam, Cambridge; no CCB; no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto (com versão reduzida exposta no Prado, em Madrid, em 2002). Passadas duas décadas, é tempo de dar a conhecer a uma nova geração a vitalidade da tradição de colecionar desenhos de antigos mestres em Portugal, prática que remonta ao início do século XVI, e que hoje é ainda mais vibrante do que em muitos outros países europeus. (...) a seleção inclui aquisições recentes feitas pelo Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, incluindo obras de Carlo Maratti e Giovanni Battista Merano, além de um terceiro desenho de Polidoro da Caravaggio. Não existe melhor testemunho da vitalidade da tradição de colecionar e do contínuo interesse pelos desenhos dos Antigos Mestres em Portugal. -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
Bonecos de Barcelos - Identidade, Tradição e Criação ArtísticaA cerâmica figurativa de Barcelos constitui uma das mais belas e intrigantes manifestações da cultura e da identidade portuguesas. Delirante, quase alucinada, parece confirmar a cada boneco, a cada esgar dos seus desorbitados olhos, a ideia segundo a qual as mãos dos artesãos das freguesias de Galegos São Martinho e Galegos Santa Maria possuem um misterioso poder demiúrgico, singular ao ponto de combinar as mais arreigadas manifestações de religiosidade com figuras de feição pagã, quase demoníacas.Se o galo de Barcelos se transformou há muito num dos mais incontestáveis ícones do nosso país, o gene criativo surgido com a figura tutelar de Rosa Ramalho tem sido contraído e mantido por sucessivas gerações das famílias Ramalho, Côta e Mistério, apenas para referir os expoentes máximos desta manifestação artística.Seja pelo seu exotismo excêntrico — ao mesmo tempo infantil, expressionista e monstruoso —, ou pela sua pura condição de arte, os bonecos de Barcelos têm atraído o interesse de inúmeros colecionadores ou de simples devotos daqueles mistérios. Foi também esse o caso dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, docentes da nossa Faculdade de Arquitetura e obreiros da coleção de 600 peças que em 2022 doaram ao Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.A exposição que acolhemos no edifício-sede da reitoria e a produção deste catálogo, que doravante documentará o rigor e a riqueza daquela coleção, constituem, pois, um gesto de reconhecimento e de gratidão, mas também a manifestação de um compromisso: ao zelo, à dedicação, à confiança e à generosidade dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, retribuirá a Universidade do Porto com a firme determinação de tudo fazer para preservar e continuar a divulgar o extraordinário acervo que nos legaram.António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do PortoVários
