Vinte Grandes Mulheres do Século XX
O século XX marcou a entrada das mulheres na História e pôs fim à crença segundo a qual as mulheres «eram aquela metade de uma espécie de mamíferos que se destina aos nascimentos». Ainda estamos a sentir o impacto desta mudança profunda, que abriu às mulheres o mundo do trabalho e do poder, aos homens o mundo dos afectos, e a ambos a nova aventura da intimidade. Foram felizmente muito mais de vinte mulheres que marcaram o mundo neste primeiro século de emancipação. Muitas outras podiam ter cabido neste número redondo, que serve apenas como marco dos dezanove anteriores séculos de silêncio.
Biografias de Lou Andreas-Salomé, Marie Curie, Isadora Duncan, Virginia Woolf, Coco Chanel, Agatha Christie, Golda Meir, Hannah Arendt, Frida Kahlo, Simone de Beauvoir, Bette Davis, Madre Teresa de Calcutá, Carson McCullers, Evita Perón, Sophia de Mello Breyner Andresen, Amália Rodrigues, Agustina Bessa-Luís, Marilyn Monroe, Paula Rego e Maria João Pires.
| Editora | Sibila Publicações |
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| Coleção | Obras de Inês Pedrosa |
| Categorias | |
| Editora | Sibila Publicações |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Inês Pedrosa |
Inês Pedrosa publicou vinte e seis livros, destacando-se os romances "Nas Tuas Mãos" (Prémio Máxima de Literatura), "Fazes-me Falta", "A Eternidade e o Desejo" (finalista do Prémio Portugal Telecom e do Prémio Correntes d’Escritas) e "Os Íntimos" (Prémio Máxima de Literatura). Está publicada nos Estados Unidos da América, na Alemanha, no Brasil, na Índia, na Croácia, em Espanha e em Itália. Dirigiu a Casa Fernando Pessoa (2008 a 2014). É também jornalista e tradutora literária. Integra o programa O Último Apaga a Luz (RTP3). Em 2017 lançou a editora Sibila Publicações. O "Processo Violeta" (2019) é o seu mais recente romance.
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O Processo VioletaNo Portugal festivo e individualista do fim da década de 80, Violeta, uma professora de 32 anos, engravida de Ildo, um aluno de 14 anos, filho de uma mãe solteira cabo-verdiana. O Insubmisso, novo jornal de uma elite em ascensão, perseguirá a história e descobrirá que o pai de Ildo é um cavaleiro tauromáquico aristocrata. O escândalo do chamado processo Violeta contrastará com o silêncio absoluto através do qual Ana Lúcia, amiga de Violeta, oculta a sua violação por um outro aluno de 14 anos da mesma escola. Este romance apaixonante interroga, com inteligência, imaginação e humor, os interditos de uma sociedade que se diz livre e despida de preconceitos. O processo Violeta é, afinal, o de um país de hábitos clandestinos, esconsos, sacrificiais e crepusculares. -
Do Grande e do Pequeno AmorRomance fotográfico metade texto e metade fotografia."Do Grande e do Pequeno Amor" é um romance fotográfico de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. Metade texto e metade fotografia, com uma imagem a negro e vermelho em cada página, o livro analisa as emoções dum casal que se separa de vez, sem apelo... e volta a reunir-se, e separar-se, e reunir-se. É uma reflexão sobre a inevitabilidade da vida em estado de guerra, e sobre o amor nas entrelinhas das batalhas. -
DesamparoA saga de uma mulher, Jacinta Sousa, que foi levada do colo da mãe para o Brasil aos três anos e regressa para a conhecer mais de cinquenta anos depois é o ponto de partida deste extraordinário romance de Inês Pedrosa. "No Brasil eu sempre fui a Portuguesa; em Portugal, passei a ser a Brasileira".Numa escrita inteligente, límpida e plena de humor, a autora cria um universo singular, uma aldeia em que se cruzam personagens e histórias de vários continentes. Emigrações e imigrações de ontem e de hoje, seres solitários e escorraçados que procuram novas formas de vida, enquanto tentam sobreviver à maior depressão económica das últimas décadas. O amor, a traição, o poder, a inveja, o ciúme, a amizade, o crime, o medo, a vingança e sobretudo a morte atravessam este livro que faz a radiografia do Portugal contemporâneo, num enredo cheio de força e originalidade. -
Do Infinito Mar do Meu DesejoCom selecção da escritora Inês Pedrosa uma antologia de poesia de grandes clássicos da língua portuguesa que é também um conjunto de marcadores de livros. De grafismo muito moderno e apelativo, aqui encontramos poemas de Sá de Miranda, Camões, Diogo Bernardes, Soror Violante do Céu, Marquesa de Alorna, Almeida Garrett, Cesário Verde, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Florbela Espanca. Todos sobre o amor.Cada poema pode ser destacado pelo picotado e existir de forma autónoma.Um livro-objecto para guardar ou para oferecer. -
DesnorteUma rapariga em busca da própria voz. Um homem lançado nas curvas do tempo até à pré-história do amor. Um pai criando um mar de livros através do qual a filha possa voltar para ele. Uma família polindo os caixões dos seus mortos. Uma amiga leve e voadora como um balão. Uma mulher que queria ser águia. Um casal de jovens que se encontra para se suicidar. Uma obsessão erótica. Uma paixão fatal. O que fazem os escritores de festival em festival. Um escritor ansioso por se tornar rico e famoso. Um cantor sentado numa nuvem, esperando por uma fadista. Um avião cheio de personagens literárias, com uma bomba a bordo. Um homem que regressa à sua ilha e descobre o mistério da infância. Este livro é enriquecido com ilustrações originais de Gilson Lopes. -
Nas Tuas MãosPlano Nacional de LeituraLivro recomendado para as Novas Oportunidades, destinado a leitura autónoma - Grau de Dificuldade III.Três mulheres - Jenny, a avó; Camila, a mãe; Natália, a filha - cruzam destinos e as suas memórias do século neste romance. Entre o diário da primeira, o álbum de fotografias da segunda, e as cartas da terceira revelam-se sucessivos rostos da paixão numa sociedade em mudança.Com o seu primeiro romance, A Instrução dos Amantes, Inês Pedrosa traçou as estratégias da vida adulta sobre um microcosmos de adolescentes suburbanos.Agora, em Nas Tuas Mãos, ela convida-nos a imaginar o Portugal das últimas décadas medido e analisado pelas variáveis emoções das suas protagonistas. -
Fazes-me FaltaContado em duas vozes - uma delas a de alguém que acaba de morrer - Fazes-me Falta entrecruza o olhar de duas gerações, e traça a história de uma amizade profunda e sem ponto final, com todas as suas reminiscências, remorsos, e tesouros.Num romance de grande intensidade poética que nos conduz ao mundo dos sentimentos imortais, Inês Pedrosa debruça-se sobre a vida, a morte, o irreparável. -
Nas Tuas MãosTrês mulheres - Jenny, a avó; Camila, a mãe; Natália, a filha - cruzam destinos e as suas memórias do século neste romance. Entre o diário da primeira, o álbum de fotografias da segunda, e as cartas da terceira revelam-se sucessivos rostos da paixão numa sociedade em mudança. Com o seu primeiro romance, A Instrução dos Amantes, Inês Pedrosa traçou as estratégias da vida adulta sobre um microcosmos de adolescentes suburbanos. Agora, em Nas Tuas Mãos, ela convida-nos a imaginar o Portugal das últimas décadas medido e analisado pelas variáveis emoções das suas protagonistas.Ver por dentro: -
Anos LuzTrinta conversas que iluminam a extraordinária mudança de Portugal nos últimos trinta anos - na literatura, nas artes plásticas, na dança, no pensamento, na política, na sociedade. Uma celebração de Abril escrita em honra da memória e com os olhos no futuro.Ver por dentro: -
Os ÍntimosOs Íntimos é uma visita ímpar ao universo dos homens. Ao longo de uma noite, memórias cruzam-se com revelações, retratando as vivências e opções de uma geração. Contrastando com as três protagonistas femininas de Nas Tuas Mãos, Inês Pedrosa define este elenco masculino de um modo subtil e certeiro.Ver por dentro:
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.