A Era do Vazio
com Prefácio de Manuel Maria Carrilho
Em A Era do Vazio. Ensaios sobre o Individualismo Contemporâneo, obra publicada inicialmente em 1983 e que ganhou contornos de clássico, Gilles Lipovetsky analisa a sociedade dita pós-moderna e disserta sobre as novas atitudes do indivíduo que se manifestam no mundo ocidental, atitudes essas que, segundo ele, traduzem uma perda de importância da esfera pública, bem como das suas instituições colectivas (sociais e políticas), que vai cedendo perante a emergência do individualismo de tipo narcísico e hedonista, naquilo que seria uma «segunda revolução individualista».
Este texto seria o ponto de partida para um corpus, fecundo, que se tem vindo a debruçar sobre temas como a hipermodernidade, o individualismo, o consumo, a globalização e o indivíduo, a estética capitalista.
Esta nova edição integra o Posfácio escrito pelo autor para a edição francesa, em 1993, bem como um Prefácio de Manuel Maria Carrilho, que há três décadas estuda e acompanha a obra de Lipovetsky.
«É sempre uma imagem paradoxal da sociedade que, finalmente, resulta dos trabalhos de Lipovetsky, uma imagem decantada por uma minuciosa atenção fenomenológica aos comportamentos individuais e coletivos, uma atenção tão intensa como o é a suspeita que nutre em relação às teorias globalmente críticas e militantemente denunciadoras da contemporaneidade. É essa fenomenologia que traça o quadro complexo, e basicamente antinómico, da desestruturação que acompanha o aumento da informação, da instabilidade que atravessa a maturidade, da superficialidade que corrói a crítica, do delírio que se combina com o realismo, num movimento em que o próprio relativismo surge como o único modo de pensar os valores.»
Manuel Maria Carrilho, do Prefácio
Recortes de Imprensa:
• "A Era do Vazio", por Gilles Lipovetsky - Mário Beja Santos - Diário de Aveiro
| Editora | Edições 70 |
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| Coleção | Extra Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Gilles Lipovetsky |
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A Felicidade Paradoxal - Ensaio sobre a Sociedade do HiperconsumoNuma sociedade em que a melhoria contínua das condições de vida materiais praticamente ascendeu ao estatuto de religião, viver melhor tornou-se uma paixão colectiva, o objectivo supremo das sociedades democráticas, um ideal nunca por demais exaltado. Entrámos assim numa nova fase do capitalismo: a sociedade do hiperconsumo.Eis que nasce um terceiro tipo de Homo consumericus, voraz, móvel, flexível, liberto da antiga culturas de classe, imprevisível nos seus gostos e nas suas compras e sedento de experiências emocionais e de (mais) bem-estar, de marcas, de autenticidade, de imediatidade, de comunicação.Tudo se passa como se, doravante, o consumo funcionasse como um império sem tempos mortos cujos contornos são infinitos. Mas estes prazeres privados originam uma felicidade paradoxal: nunca o indivíduo contemporâneo atingiu um tal grau de abandono.Press Clippings:- Blog «Corta-fitas»- Revista «IstoÉ»- Público P2 - Entrevista com Gilles Lipovetsky- Expresso | Actual - A Sagração das CoisasVeja aqui a entrevista de Márcia Rodrigues a Gilles Lipovetsky: -
A Sociedade da Deceção"A deceção é uma experiência universalmente partilhada pelos homens. Enquanto ser de desejo cuja essência é negar o que é – Sartre dizia do homem que ele não é o que é e que é o que não é – o homem é um ser que espera e que, assim, não pode esca-par à experiência da deceção.Desejo e deceção andam lado a lado, a diferença entre expetativa e real, princípio de prazer e princípio da realidade, raramente são satisfeitos. Mas se a deceção faz parte da condição humana, será necessário observar que a civilização moderna, individua-lista e democrática, lhe deu um peso e um relevo excecionais, uma superfície psicológica e social sem precedentes históricos." -
Da Leveza - Para uma Civilização do LigeiroVivemos atualmente uma grande revolução que, pela primeira vez, nos transporta para uma civilização da leveza. O culto da magreza triunfa; a prática de desportos em que se desliza cresce cada vez mais. O mundo virtual, os nanomateriais e os dispositivos móveis estão a mudar as nossas vidas. A cultura dos meios de comunicação, a arte, o design e a arquitetura também expressam o culto contemporâneo da leveza, promovendo a ideia de suspensão. Por toda a parte o importante são as conexões, os objetos de tamanho reduzido, a desmaterialização. A leveza invadiu os nossos hábitos mais comuns remodelando-nos a imaginação e tornando-se um valor, um ideal, um grande imperativo. Nunca tivemos tantas oportunidades de viver levemente, porém, o peso da vida diária parece cada vez mais difícil de suportar. Ironicamente, agora é a leveza que nutre o espírito de gravidade. Os novos ideais acompanham padrões elevados com efeitos desgastantes, às vezes deprimentes. Por essa razão, surgem constantemente pedidos de socorro para a nossa existência: desintoxicações, dietas e uma necessidade de abrandamento, de relaxamento e de um espírito mais zen. Às utopias do desejo seguiram-se expectativas de leveza, a do corpo e a da mente, bem como a ânsia de um presente mais leve de suportar. Este é o tempo das utopias light. -
Agradar e Tocar: ensaio sobre a sociedade da seduçãoO desejo de agradar e os comportamentos sedutores parecem intemporais, uma vez que as espécies se reproduzem sexualmente. No entanto, a hipermodernidade liberal marca uma rutura importante nessa história milenar, uma vez que impõe às nossas sociedades a generalização do ethos sedutor e a supremacia dos seus mecanismos. As palavras de ordem não são restringir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim «agradar e tocar». A economia consumista oferece diariamente anúncios atrativos que são dominados pelo imperativo de captar o desejo, a atenção e os afetos; o modelo educativo é elaborado para assentar na compreensão, no prazer, na escuta relacional; na esfera política, longe vão os tempos da convicção no poder da propaganda uma vez que se impõe a sedução por formas de comunicar através da imagem, completando a dinâmica de secularização da autoridade do poder. A sedução tornou-se a figura suprema do poder nas sociedades democráticas liberais. -
O Crepúsculo do DeverExistem pelo menos três boas razões para ler O Crepúsculo do Dever, um dos mais conhecidos ensaios de Gilles Lipovetsky. A primeira prende-se com o prazer proporcionado por uma escrita a todo o tempo clara e por um pensamento que nunca se nos apresenta como peremptório. Poder-se-ão contestar as teses do seu autor, mas não a sua seriedade. A segunda razão advém da persistência com a qual Gilles Lipovetsky procura compreender as mudanças de que são alvo os códigos sociais e morais das sociedades pós-modernas. Finalmente, a terceira, aparentemente mais fútil, mas só aparentemente, é que será fácil brilhar nas universidades ou em reuniões, mesmo que sejam poucas as ideias que dele retenhamos sobre a família, o sexo, o desporto, a caridade ou a gestão. Afinal, um livro também é feito para isso e este encontra-se extraordinariamente adequado ao seu tempo. -
O Império do EfémeroA questão da moda não é (ou não tem sido) vulgarmente tratada pelo mundo intelectual. Problema na aparência fútil e no entanto de uma infinita complexidade, ele está de certa maneira ligado à essência da modernidade ocidental e constitui, por conseguinte, um fenómeno que necessita ser globalmente interpretado. A moda, hoje, não é já apenas um luxo estético e periférico da vida colectiva: tornou-se um processo geral actuante em tudo o que diz respeito à produção e consumo de objectos, à publicidade, à cultura, aos media, às próprias alterações ideológicas e sociais. Teremos assim entrado numa segunda fase da vida das democracias, cada vez mais organizadas em torno das ideias de sedução, efémero e diferenciação marginal. O presente livro, em torno do qual, e desde a sua publicação em França, em 1987, se gerou forte controvérsia, ocupa-se desta valorização global da forma-moda e procura avaliar os seus efeitos no tocante à vitalidade das democracias e à autonomia dos indivíduos. -
A Era do VazioGilles Lipovetsky escreve sobre as novas atitudes surgidas na Europa e nos Estados Unidos, a apatia, a indiferença e a substituição do princípio da sedução ao da convicção. A «Era do Vazio» fala-nos ainda do narcisismo e das novas relações sociais caracterizadas pela redução da violência e a transformação das suas manifestações íntimas. Lipovetsky, professor de filosofia na Universidade de Grenoble, pensa poder reduzir todos esses fenómenos ao individualismo, que teria entrado numa nova fase nos países desenvolvidos. -
A Terceira Mulher - Permanência e Revolução do FemininoNesta última metade do século mudou mais a condição feminina do que nos milénios anteriores: libertadas da servidão imemorável da procriação, exercendo uma actividade profissional, vivendo a sua liberdade sexual, doravante as mulheres perseguem as cidadelas masculinas. Nesta emancipação podemos ver em acção a lógica das sociedades pós-modernas definida pelo autor: o processo de personalização, esta nova maneira de a sociedade se organizar e de gerir os comportamentos. Neste livro o autor deixa transparecer todo o seu trabalho sobre o individualismo contemporâneo, a atenuação das distinções e a indiferenciação nas sociedades pós-modernas. Interrogando-se sobre as angústias da modernidade, tenta, de forma aficionada, aplicar as suas hipóteses, senão teorias, à questão das mulheres. Esta obra é um longo sobrevoo da problemática das mulheres através da história, das ideias ou, ainda, através dos recentes estudos sobre a sexualidade das mulheres, da sua actividade de assalariadas ou da sua implicação na vida política. -
Da Leveza - Para uma Civilização do LigeiroVivemos atualmente uma grande revolução que, pela primeira vez, nos transporta para uma civilização da leveza. O culto da magreza triunfa; a prática de desportos em que se desliza cresce cada vez mais. O mundo virtual, os nanomateriais e os dispositivos móveis estão a mudar as nossas vidas. A cultura dos meios de comunicação, a arte, o design e a arquitetura também expressam o culto contemporâneo da leveza, promovendo a ideia de suspensão. Por toda a parte o importante são as conexões, os objetos de tamanho reduzido, a desmaterialização. A leveza invadiu os nossos hábitos mais comuns remodelando-nos a imaginação e tornando-se um valor, um ideal, um grande imperativo. Nunca tivemos tantas oportunidades de viver levemente, porém, o peso da vida diária parece cada vez mais difícil de suportar. Ironicamente, agora é a leveza que nutre o espírito de gravidade. Os novos ideais acompanham padrões elevados com efeitos desgastantes, às vezes deprimentes. Por essa razão, surgem constantemente pedidos de socorro para a nossa existência: desintoxicações, dietas e uma necessidade de abrandamento, de relaxamento e de um espírito mais zen. Às utopias do desejo seguiram-se expectativas de leveza, a do corpo e a da mente, bem como a ânsia de um presente mais leve de suportar. Este é o tempo das utopias light.VER POR DENTRO Ver página inteira -
Agradar e Tocar: ensaio sobre a sociedade da seduçãoO desejo de agradar e os comportamentos sedutores parecem intemporais, uma vez que as espécies se reproduzem sexualmente. No entanto, a hipermodernidade liberal marca uma rutura importante nessa história milenar, uma vez que impõe às nossas sociedades a generalização do ethos sedutor e a supremacia dos seus mecanismos. As palavras de ordem não são restringir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim «agradar e tocar». A economia consumista oferece diariamente anúncios atrativos que são dominados pelo imperativo de captar o desejo, a atenção e os afetos; o modelo educativo é elaborado para assentar na compreensão, no prazer, na escuta relacional; na esfera política, longe vão os tempos da convicção no poder da propaganda uma vez que se impõe a sedução por formas de comunicar através da imagem, completando a dinâmica de secularização da autoridade do poder. A sedução tornou-se a figura suprema do poder nas sociedades democráticas liberais.VER POR DENTRO Ver página inteira
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.