Depois de Deus
«A modernidade deve atribuir-se a quem rejeita a ideia de um esvaziamento total do futuro no passado e opta pela inesgotabilidade do futuro, ainda que essa escolha exclua a possibilidade de um Deus omnisciente, de um Deus que, “no final dos tempos”, se inclina para trás, numa retrospetiva abrangente da criação.»
Em Depois de Deus, Peter Sloterdijk enumera as consequências da armação de que «Deus morreu», abarcando nessa análise a teologia e a filosofia atuais, assim como a política e os progressos registados na cultura, na ciência e na tecnologia.
| Editora | Relógio d' Água |
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| Coleção | Antropos |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Peter Sloterdijk |
Peter Sloterdijk nasceu em Karlsruhe, em 1947. É catedrático de Filosfia e Estética na Hochschule für Gestaltung, de Karslruhe.
Formado na escola da fenomenologia, do existencialismo e da teoria crítica, é atualmente o mais inovador e expressivo pensador alemão.
Da sua vasta obra, a Relógio D’Água publicou A Mobilização Infinita, O Sol e a Morte — Diálogos com Hans-Jürgen Heinrichs, O Estranhamento do Mundo, Palácio de Cristal — Para Uma Teoria Filosfica da Globalização, Se a Europa Acordar, A Loucura de Deus, Cólera e Tempo, Crítica da Razão Cínica, Morte Aparente no Pensamento e Tens de Mudar de Vida.
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Temperamentos Filosóficos - Um Breviário de Platão a FoucaultPeter Sloterdijk apresenta neste livro uma perspetiva alternativa dos grandes pensadores europeus, abarcando o espectro de Platão a Foucault.Quando concebeu uma história da filosofia para uma editora alemã, Peter Sloterdijk redigiu pequenos prefácios que são autênticas súmulas do pensamento de cada filósofo. Esses textos encontram-se compilados nesta edição, dando corpo a um original breviário do pensamento europeu ao longo dos tempos. -
O Estranhamento do Mundo«Segundo o seu traço fundamental, O Estranhamento do Mundo não pertence à crítica da cultura e, muito menos, à filosofia moral. A sua ciência não é, decerto, triste; mas a sua alegria é contida. Trata de uma fenomenologia do espírito sem mundo ou afastado dele. Esta desenvolve, por assim dizer, um grande teatro do mundo no sentido de estar distante do palco. Se o interesse destes estudos for descrito como antropológico, isto só será correcto com uma restrição: não são os homens que são os heróis da história, mas os ritmos e as forças do nascimento e declínio do mundo em que os homens acontecem.» -
Palácio de Cristal - Para uma Teoria Filosófica da GlobalizaçãoNa sequência dos conceitos filosóficos elaborados em Esferas, Peter Sloterdijk aborda agora a questão da globalização. O autor toma a sério as consequências histórico-filosóficas associadas à imagem da Terra como globo. Depois de analisar os Descobrimentos portugueses e espanhóis, Peter Sloterdijk considera que o actual movimento de globalização é a fase final de um processo, sendo até já possível detectar elementos de uma nova época posterior à globalização. Nesta fase o sistema mundial está completamente desenvolvido e, enquanto sistema capitalista, condiciona todos os aspectos da vida no planeta. O Crystal Palace de Londres, que abrigou a primeira Exposição Universal, de 1851, serve a Peter Sloterdijk de metáfora desta situação, enquanto construção do espaço interior do mundo, cujos limites são praticamente insuperáveis a partir do exterior. -
Se a Europa Acordar - Reflexões sobre o Programa duma Potência Mundial no Termo da sua Ausência Política«Na verdade, a questão da essência da Europa não é misteriosa nem irrespondível. A resposta saltar-nos-á logo à vista, mal deixemos de nos preocupar com questões estéreis sobre as verdadeiras fronteiras e as entidades étnicas da Europa. Não há dúvida de que a Europa não tem nem uma base popular substancial, nem fronteiras sólidas a leste e a sudeste, nem uma identidade religiosa inequívoca. Mas tem uma "forma" típica e um motivo dramático muito próprio que, na maior parte da sua história, se impõe por meio de cenas inconfundíveis. Basta-nos adoptar a óptica de um dramaturgo para discernirmos claramente as grandes linhas da peça europeia. A questão não deve ser: quem, e segundo que critérios e que tradições, pertence a uma "verdadeira Europa"?... mas: que cenas desempenham os Europeus nos seus momentos históricos decisivos? Quais as ideias que os animam, as ilusões que os mobilizam? Como é que a Europa alcançou a sua história motriz e por que meios esta se mantém em movimento? Onde é que o poder e a unidade da Europa correm o risco de fracassar? Qualquer manual de história um pouco ambicioso dá resposta a estas perguntas.» Em anexo ao livro é publicada a entrevista que sobre ele foi feita por António Guerreiro a Peter Sloterdijk, a 24 de Março de 2007. -
Crítica da Razão CínicaCrítica da Razão Cínica, publicado por ocasião do bicentenário da Crítica da Razão Pura de Kant, é, antes de mais, uma crítica da modernidade. Para Peter Sloterdijk, o actual cinismo resulta da perda das ilusões iluministas. Na Antiguidade, com Diógenes, o cinismo era uma atitude individual confinada a uma corrente filosófica de reduzida expressão. No nosso tempo, enquanto «falsa consciência», é um fenómeno generalizado que Sloterdijk detecta nos mais diversos campos, da vida privada à religião. Como resposta a este cinismo moderno, e para que ele possa ser ultrapassado, o autor sugere a redescoberta das virtudes do antigo cinismo ou, mais exactamente, do kinismo, que passa pelo riso, a insolência e a invectiva. Este processo poderia permitir transformar o ser (Sein) em ser consciente (Bewusstsein). Surgida na Alemanha em 1983 e considerado então por Habermas como a principal obra filosófica das últimas décadas, Crítica da Razão Cínica permite-nos também entender melhor o trajecto intelectual de Sloterdijk e as polémicas suscitadas pelos seus livros mais recentes. -
Morte Aparente no PensamentoNo seu anterior livro, Tens de Mudar a Tua Vida , Peter Sloterdijk apresentou a prática como dimensão determinante da conditio humana . Em Morte Aparente no Pensamento , considera segundo esta nova perspetiva tanto a ciência como a prática do cientista. -
Tens de Mudar de VidaNaquela que é a sua maior investigação à natureza do ser humano, Peter Sloterdijk apresenta-nos uma crítica ao mito do regresso da religião. O seu argumento é o de que não é a religião que está a regressar, mas sim algo de diferente e profundo que ocupa o seu lugar: o ser humano, como ser que se cria através de exercícios e que desse modo se transcende. -
A Loucura de DeusOs conflitos entre as religiões monoteístas desempenham actualmente um papel preponderante no cenário internacional. Em A Loucura de Deus, Peter Sloterdijk começa por interrogar as condições políticas, sociais e psico- dinâmicas que enquadraram o nascimento dos três monoteísmos, o judaísmo, o cristianismo e o islão. Em seguida, descreve as múltiplas hipóteses de conflitos e analisa os seus desenvolvimentos, em particular as tentativas de imposição pela força, das quais a guerra santa dos islamistas é um exemplo. Segundo ele os crentes radicais, que reclamam a supremacia do seu deus único, têm de se decidir a integrar a sociedade civil e a iniciar assim um diálogo cultural tripartido, única perspectiva para evitar futuras guerras religiosas. Peter Sloterdijk prolonga aqui, no campo religioso, uma reflexão que iniciou há muito sobre a coexistência de estruturas antagonistas. Retoma assim o exame crítico ao qual se dedicou em A Fúria e o Tempo, em que desenvolvia a tese da utilização da religião como banco de vingança metafísica. Ao propor a reconversão dos zeladores em actores da sociedade, projecta uma saída sócio-filosófica para os desastres dessa loucura divina que mata em nome da virtude. -
Reflexos PrimitivosEm que tempo vivemos quando as fake news perturbam até os políticos mais experimentados, os eleitores aceitam a incompetência e a mentira é transformada em verdade oficial por vários governos?Os ensaios reunidos neste livro abordam temas atuais, a emigração, o avanço dos populismos e da sua visão simplista do mundo, os meios de comunicação, a linguagem e a coesão social.O mais importante filósofo europeu atual desvenda o funcionamento das modernas sociedades capitalistas, discutindo o senso comum e as ideias preestabelecidas.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.
