Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa escapa ao carácter inelutável do tempo. Consagra-o, por isso, no pódio dos grandes clássicos portugueses. É uma obra-prima do teatro romântico. Até Alexandre Herculano, presente na primeira representação, em 1843, aplaudiu. Garrett bateu-se pelos ideais da liberdade, denúncia e tirania social. E define o drama como a mais verdadeira expressão literária e artística da civilização do século. E esta é a tragédia do destino – o drama. O enredo da obra parece ter sido inspirado na vida do próprio escritor, mas a acção desenrola-se nos finais do século XVI, tendo como pano de fundo a resistência ao domínio filipino e a figura do próprio Frei Luís de Sousa, nome adoptado por Manuel de Sousa Coutinho.
Ouçamos as vozes de Madalena, uma mulher atormentada pelo passado, de sua filha Maria, a meninaprodígio, de seu segundo marido, Manuel de Sousa Coutinho, o nobre patriota que incendia o seu próprio palácio, de Telmo Pais, o fiel escudeiro sebastianista. E, por fim, o Romeiro, esse fantasma que, tragicamente, ameaça a felicidade do lar. Um vazio, um eco nesse «Ninguém», que ficará para a história e cultura portuguesas.
| Editora | Guerra & Paz |
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| Coleção | Clássicos Guerra & Paz |
| Categorias | |
| Editora | Guerra & Paz |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Almeida Garrett |
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Falar Verdade a MentirComédia escrita por Almeida Garrett em 1845 e publicada em 1846, oferece como ambiente a cidade de Lisboa em pleno século XIX, onde se digladiam os interesses de duas famílias burguesas e seus criados. Num jogo entre amores e ambições, onde a mentira tropeça na verdade, o refinado sentido de humor do reconhecido autor português abre caminho à reflexão crítica sobre a sociedade da época. Peça teatral muito divertida, é constituída apenas por um acto, formado por dezassete cenas, e a sua temática reveste-se de uma enorme actualidade. -
Frei Luís de SousaDrama representado pela primeira vez em 1843, publicado em 1844, é considerado a obra-prima do teatro romântico e uma das obras-primas da literatura portuguesa. O enredo, inspirado na vida do escritor seiscentista Frei Luís de Sousa, de seu nome secular D. Manuel de Sousa Coutinho, tem como pano de fundo a resistência à dominação filipina. Na célebre memória "Ao Conservatório Real" que acompanha a peça, Garrett critica o modo como na sua época se pretende fazer o drama, com um excesso de violência e de imoralidade, e alega ter desejado "excitar fortemente o terror e a piedade", usando de contenção e simplicidade. -
Um Auto de Gil VicenteNesta obra perpassam figuras da época como André de Resende, Bernardim Ribeiro, Paula Vicente e o pai, o qual preparou o texto dramático que foi representado para festejar o casamento da princesa D. Beatriz, filha de D. Manuel I. A crítica elogiou a obra: "Felizmente um drama original português, engenhosa produção de um talento, que assaz avultava já na nossa literatura, veio trazer-nos a aurora da verdadeira restauração do teatro português, e marcar uma época na nossa história dramática". A peça não dá relevo à intensidade emotiva das personagens mais em foco: Paula Vicente amando em vão Bernardim, este a viver um forte conflito sentimental pois ama a princesa que vai casar com Carlos de Sabóia e D. Beatriz, obrigada a unir o seu destino a um homem que não conhece, amando apaixonadamente o poeta das "Saudades". -
Folhas Caídas e Flores sem FrutoFolhas Caídas, vindas a lume em Abril de 1853, e Flores sem Fruto, publicadas dezasseis anos antes, espelham a conturbada interioridade do poeta, um ser dominado por sentimentos contraditórios, dividido entre a imagem ideal do amor e a turbulência da paixão sensual. Os poemas destas duas colectâneas, imbuídos de uma vivência erótica até então nunca confessada, constituem um marco inovador na expressão do sentimento amoroso. -
Frei Luís de Sousa - Ensino SecundárioEste estudo de Frei Luís de Sousa pretende ajudar o aluno a ultrapassar as dificuldades inerentes ao estudo de uma obra dramática, longe do espaço cénico da representação. Para isso, neste estudo, são trabalhados aspetos anteriores à obra, aspetos que se prendem com a obra e aspetos para além da obra.Tópicos trabalhados:Resumo da obraVida e obra do autorO contexto histórico-cultural da produção da peçaAs categorias do texto dramáticoLinguagem e estiloTestes de avaliação com propostas de resoluçãoA Coleção Resumos, organizada por professores de Português, apresenta uma síntese cuidada dos conteúdos relativos às obras do Ensino Secundário previstas pelo Programa.Para além de uma revisão rápida das noções fundamentais, esta coleção garante pistas para o alargamento dos conhecimentos sobre os autores e as obras em estudo e apresenta sugestões para a preparação dos testes e do Exame Nacional. -
Folhas Caídas e Flores sem FrutoMetas Curriculares de Português Leitura recomendada para o 8.º ano de escolaridade. Folhas Caídas e Flores sem Fruto (uma seleção) Ninguém: que é preciso amar Como eu amei ser amado Como eu fui; dar, e tomar Do outro ser a quem se há dado, Toda a razão, toda a vida Que em nós se anula perdida. Mergulha na leitura destas duas coletâneas, separadas por um período de dezasseis anos da vida do poeta (1853 e 1837, respetivamente), de onde foram selecionados alguns dos poemas mais expressivos e representativos da produção lírica garrettiana. -
Viagens na Minha TerraVou nada menos que a Santarém: e protesto que de quanto vir e ouvir, de quanto eu pensar e sentir se há de fazer crónica. E assim nasceu a obra que viria a ser o marco do movimento romântico em Portugal. A narrativa de viagens (o percurso de Lisboa a Santarém) enreda-se na perfeição com a novela trágica de Carlos e Joaninha e ainda com todas as singulares e geniais divagações e reflexões de Garrett sobre o estado do seu país. A Coleção Educação Literária reúne obras de referência da literatura portuguesa e universal indicadas pelo Programa e Metas Curriculares de Português e pelo Plano Nacional de Leitura. -
Frei Luis de Sousa / Falar a Verdade a MentirEscrita em 1845, foi publicada em 1846 juntamente com Filipa de Vilhena e Tio Simplício. Crítica cómica à sociedade da altura, a acção desenrola-se em Lisboa, no século XIX. Foi apresentada pela primeira vez em Lisboa, no Teatro Tália, a 7 de Abril de 1845. -
Viagens na Minha TerraViagens na Minha Terra é talvez a mais famosa das obras de Almeida Garrett. Partindo de uma viagem real, Garrett faz várias divagações e considerações sobre a situação política e social do país, entrecruzando-as com a história de Frei Dinis, Carlos e a sua prima Joaninha. O amor entre os dois primos parece ser eterno, mas acontecimentos externos e um segredo familiar irão provocar o desastre. Paralelamente ao drama amoroso, o romance constitui ainda uma feroz crítica à política e à sociedade do país. -
Fragmentos RomanescosCumprindo o seu desígnio de preservação e exaltação da língua e cultura portuguesas, a INCM dá continuidade à Edição Crítica das Obras de Almeida Garrett com a edição de Fragmentos Romanescos . O espólio romanesco que Garrett deixou manuscrito e incompleto, para além da indiscutível relevância literária, desperta, e guia, para uma singular viagem de descoberta de Garrett enquanto criador artístico e também como homem. Fragmentos Romanescos caracteriza-se pela fixação de texto, com aparato crítico-genético, de nove textos romanescos, que se coloca ao serviço de todo o Garrettiano, mas particularmente, da agremiação científica literária.
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Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Espanha e Catalunha - Choque entre NacionalismosA Constituição espanhola, aprovada em referendo em 1978, num período de transição para a democracia, consagra a Espanha como uma nação que pode comportar várias nacionalidades. Esta foi, à época, a formulação jurídico-constitucional encontrada para acomodar as diferentes aspirações de autonomia ou independência (como no caso do País Basco) de várias regiões, em especial a Catalunha, o País Basco e a Galiza. Durante décadas, estas aspirações estiveram adormecidas, com a excepção evidente do País Basco, onde uma facção radical, a ETA, quis impor o seu projecto independentista através da luta armada.Foi a crise económica, a par de uma revolução gradual no sistema político bipartidário espanhol, que reavivou a aspiração independentista da Catalunha, culminando nos acontecimentos de 2017: um referendo (considerado ilegal à luz da Constituição) e a declaração unilateral de independência (a DUI). O Estado espanhol, dominado por algumas franjas nacionalistas, reagiu, a sociedade catalã dividiu-se e os acontecimentos precipitaram-se.Esta obra visa facultar ao leitor o necessário enquadramento histórico-político para perceber a evolução dos acontecimentos. -
Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os HomensNeste brilhante e revolucionário discurso que influenciou todo o pensamento político e social produzido desde então, Rousseau explora os fatores que contribuem para a injusta e desestabilizadora desigualdade entre os homens. Publicado em 1755, antecipando a convulsão da Revolução Francesa, o filósofo discorre acerca da natureza do homem e aponta a instituição da propriedade privada e o conflito com o mundo natural imposto pela civilização como corruptores da felicidade e liberdade primordiais. Argumentando que o homem primitivo estaria numa posição de igualdade em relação aos seus pares, gozando de uma liberdade e felicidade que lhe seria intrínseca, Rousseau denunciava a crescente sofisticação civilizacional, com as suas instituições artificiais de riqueza, poder e privilégio, como causa principal de um desequilíbrio insanável na Humanidade, atribuindo uma vantagem desmesurada aos mais fortes sobre os mais fracos e assim alimentando injustiças e conflitos. Alvo de duras críticas e também de defesas apaixonadas na época, este discurso viria a tornar-se um clássico da filosofia política e permaneceu, hoje como então, tão atual quanto polémico. -
IlíadaA Ilíada é o primeiro livro da literatura europeia e, sob certo ponto de vista, nenhum outro livro que se lhe tenha seguido conseguiu superá-la – nem mesmo a Odisseia. Lida hoje, no século XXI depois de Cristo, a Ilíada mantém inalterada a sua capacidade de comover e de perturbar. As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? É nesse sentido que parece apontar a mensagem deste extraordinário poema épico, que decorre durante o décimo ano da guerra de Tróia, tratando da ira, do heroísmo e das aventuras e desventuras de Aquiles (em luta contra Agamémnon), apresentando-nos personagens como Heitor, Eneias, Helena, Ájax e Menelau, bem como episódios que marcam toda a história da nossa civilização.Nas palavras de Frederico Lourenço, é um «canto de sangue e lágrimas, em que os próprios deuses são feridos e os cavalos do maior herói choram». -
A Zona de InteresseUm dos mais polémicos romances das últimas décadas. O que acontece quando descobrimos quem verdadeiramente somos? E como é que lidamos com essa revelação? Intrépido e original, A Zona de Interesse é uma violenta e obscura história de amor que se desenrola num cenário do mais puro mal o campo de extermínio de Auschwitz , bem como uma viagem às profundezas e contradições da alma humana.