Álvaro Cunhal
Quem foi o homem por detrás do mito?
Álvaro Cunhal nasceu em 1913 no seio de uma família burguesa, mas acabou por aderir ao Partido Comunista Português ainda na juventude e cedo se destacou entre os jovens revolucionários formados por Bento Gonçalves. Como foram as suas relações familiares neste período? O que representou para os pais a sua conversão ao comunismo? Como chegou ao PCP e como se relacionou com os adversários políticos? O mergulho na clandestinidade e a disciplina de ferro que demonstrou nas torturas que sofreu depois de regressar da Guerra Civil de Espanha marcaram a sua aura revolucionária. Ascendeu a líder dos jovens comunistas portugueses e depois a secretário-geral do PCP numa disputa calada com Júlio Fogaça durante os anos de combate ao Estado Novo. O que se passou entre ambos? Quais as razões que levaram ao apagamento histórico do vencido? Na sequência da célebre fuga do Forte de Peniche, em 1960, Álvaro Cunhal exilou-se na União Soviética, tendo regressado a Portugal apenas depois do 25 de Abril. Este livro também retrata em detalhe o seu quotidiano em Moscovo, com testemunhos dos companheiros de exílio e revelações inéditas da sua irmã Eugénia Cunhal, da filha Ana Cunhal, e da companheira na clandestinidade, Isaura Moreira. Originalmente publicada em 2010 e incluída no Plano Nacional de Leitura, a reedição desta biografia, revista e aumentada, apresenta uma perspectiva intimista e única de Álvaro Cunhal.
| Editora | Desassossego |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Desassossego |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Adelino Cunha |
Historiador, investigador e professor de História Contemporânea, Adelino Cunha doutorou‑se em História Contemporânea no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História (Instituto de Ciências Sociais, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Universidade de Évora e Universidade Católica Portuguesa); é doutorando em Ciências da Comunicação na Universidade NOVA de Lisboa e integra o Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa como investigador-integrado. Exerceu as funções de Pró-Reitor da Universidade Europeia, é professor de História Contemporânea e coordenador da área científica. É autor dos livros A Ascensão ao Poder de Cavaco Silva; António Guterres – Os Segredos do Poder; Os Filhos da Clandestinidade – História da Desagregação das Famílias Comunistas no Exílio; Júlio de Melo Fogaça – Biografia; Álvaro Cunhal – Retrato Pessoal e Íntimo.
-
Portugal: 1974-2019 - 45 anos de democraciaPortugal: 1974-2019 - 45 anos de democracia aborda temas de interesse alargado que respondem à questão: como mudou Portugal e como mudaram os Portugueses após a rutura do regime político e a construção de um novo ciclo histórico?Não existem respostas únicas e definitivas. Não existem certezas que anulem todas as dúvidas. As perspetivas comparadas criam uma abordagem que reflete o próprio carácter imprevisível das dinâmicas do mundo contemporâneo.Autores: Pedro Barbas Homem, Pedro Velez, Fernando Haro, Adelino Cunha, Marcelo Oliveira, Maria Isabel Roque, David Rosado, Bruno Silva, Maria José Sousa e António Correia. -
Nascido para TriunfarJá parou para pensar porque é que uns conseguem atingir os seus objectivos e outros não? Porque é que uns sonham e realizam os seus sonhos e a outros só lhes resta continuar a sonhar? Porque é que uns parece que nasceram para triunfar e a outros nada acontece na vida? Para triunfar não nos podemos basear na sorte ou na esperança que algo nos caia do céu.Temos de agarrar na nossa vida e agir. Depois é necessário destruir algumas crenças que nos impedem de avançar, definir correctamente os nossos sonhos, aprender a pensar, comunicar e agir melhor, trabalhar arduamente para atingir os nossos sonhos e estar preparado para os bons e maus momentos que irão surgir pelo caminho. Não é um trabalho fácil, mas é uma tarefa possível que vai mudar a sua vida para sempre. -
Novos Líderes para Um Novo MundoNum momento em que o mundo passa por enormes desafios torna-se imperioso o desenvolvimento de novos líderes, preparados para um futuro novo e que muda em cada momento. Com este livro o autor vai mostrar-lhe como aumentar a sua capacidade de Liderar equipas para o alto desempenho, através da utilização do Condicionamento para o Sucesso, operando nas formas de pensar, comunicar e agir. -
Nascidos para TriunfarDúvida. Confiança. Traição. Dubai. Emirados Árabes Unidos. Um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projeto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem. -
Júlio de Melo FogaçaO líder de origem burguesa que desafiou Álvaro Cunhal e foi apagado da história do PCP. A Revolução Russa de 1917 foi um dos acontecimentos mais importantes do século xx. O comunismo alterou a correlação de forças mundiais e é nesta torrente de mudança que em 1921 nasce o Partido Comunista Português, que irá atrair centenas de jovens dispostos a lutar por uma nova sociedade. Júlio Fogaça aderiu ao PCP na mesma altura que Álvaro Cunhal e durante várias décadas defenderam orientações políticas opostas. Prisões e libertações intermitentes adiaram as consequências dessa conflitualidade mas, eventualmente, o PCP tornou-se pequeno demais para os dois. Esta é a biografia desse jovem fidalgo rural do Cadaval que se converteu ao comunismo em Lisboa e chegou ao poder depois de ter sido várias vezes preso, torturado e por duas vezes desterrado para o Tarrafal. Acabou por ser expulso do PCP, mas as circunstâncias dessa expulsão e da derradeira prisão pela PIDE ainda hoje continuam encobertas. Terá sido denunciado à PIDE pelo seu companheiro ou pelos próprios comunistas? Porque terá sido deixado para trás na fuga colectiva de Caxias? Ser homossexual terá pesado na sua expulsão? E que papel teve Álvaro Cunhal no seu apagamento da história do PCP? Testemunhos inéditos de Domingos Abrantes, Edmundo Pedro e Carlos Britoajudam a resgatar a intensa vida de um revolucionário esquecido. -
Júlio de Melo FogaçaO líder de origem burguesa que desafiou Álvaro Cunhal e foi apagado da história do PCP A Revolução Russa de 1917 foi um dos acontecimentos mais importantes do século xx. O comunismo alterou a correlação de forças mundiais e é nesta torrente de mudança que em 1921 nasce o Partido Comunista Português, que irá atrair centenas de jovens dispostos a lutar por uma nova sociedade. Júlio Fogaça aderiu ao PCP na mesma altura que Álvaro Cunhal e durante várias décadas defenderam orientações políticas opostas. Prisões e libertações intermitentes adiaram as consequências dessa conflitualidade mas, eventualmente, o PCP tornou-se pequeno demais para os dois. Esta é a biografia desse jovem fidalgo rural do Cadaval que se converteu ao comunismo em Lisboa e chegou ao poder depois de ter sido várias vezes preso, torturado e por duas vezes desterrado para o Tarrafal. Acabou por ser expulso do PCP, mas as circunstâncias dessa expulsão e da derradeira prisão pela PIDE ainda hoje continuam encobertas. Terá sido denunciado à PIDE pelo seu companheiro ou pelos próprios comunistas? Porque terá sido deixado para trás na fuga colectiva de Caxias? Ser homossexual terá pesado na sua expulsão? E que papel teve Álvaro Cunhal no seu apagamento da história do PCP? Testemunhos inéditos de Domingos Abrantes, Edmundo Pedro e Carlos Brito ajudam a resgatar a intensa vida de um revolucionário esquecido. -
Álvaro Cunhal: Retrato Pessoal e ÍntimoQuem foi o homem por detras do mito? Alvaro Cunhal nasceu em 1913 no seio de uma familia burguesa, mas acabou por aderir ao Partido Comunista Portugues ainda na juventude e cedo se destacou entre os jovens revolucionarios formados por Bento Goncalves. Como foram as suas relac?es familiares neste periodo? O que representou para os pais a sua convers?o ao comunismo? Como chegou ao PCP e como se relacionou com os adversarios politicos? O mergulho na clandestinidade e a disciplina de ferro que demonstrou nas torturas que sofreu depois de regressar da Guerra Civil de Espanha marcaram a sua aura revolucionaria. Ascendeu a lider dos jovens comunistas portugueses e depois a secretario-geral do PCP numa disputa calada com Julio Fogaca durante os anos de combate ao Estado Novo. O que se passou entre ambos? Quais as raz?es que levaram ao apagamento historico do vencido? Na sequencia da celebre fuga do Forte de Peniche, em 1960, Alvaro Cunhal exilou-se na Uni?o Sovietica, tendo regressado a Portugal apenas depois do 25 de Abril. Este livro tambem retrata em detalhe o seu quotidiano em Moscovo, com testemunhos dos companheiros de exilio e revelac?es ineditas da sua irm? Eugenia Cunhal, da filha Ana Cunhal, e da companheira na clandestinidade, Isaura Moreira. Originalmente publicada em 2010 e incluida no Plano Nacional de Leitura -
Para que Serve o PCP?O PCP nasceu em 1921 e sofreu sucessivas crises internas durante o complexo processo de fundação e de reconhecimento como destacamento nacional do movimento comunista. Ao longo destes mais de 100 anos, resistiu à ditadura do Estado Novo e à reversão do processo revolucionário de 1974, aguentou o impacto da queda do muro de Berlim e a vaga de dissensões internas, enfrentou a implosão da União Soviética e, desde 2022, interpreta a guerra da Rússia contra a Ucrânia no quadro emocional e geográfico da antiga pátria do socialismo. Como é que o PCP sobrevive a tudo isto?Apesar de todos os abalos que continua a sofrer um pouco por todo o mundo, só o tempo dirá se o presente refluxo dos sistemas socialistas corresponde a uma dinâmica da extinção da própria ideia ou se as desigualdades e as crises do sistema capitalista continuarão como penhor de sobrevivência do marxismo-leninismo.
-
O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.