Pensar Radicalmente a Humanidade
O título desta obra de homenagem, Pensar Radicalmente a Humanidade, constitui uma frase extraída de um texto do Professor Acílio, dedicado à análise do pensamento de Krause. No entanto, a convicção dos organizadores deste volume é que a frase se aplica, em primeiro lugar, ao percurso intelectual e académico do próprio Professor Acílio da Silva Estanqueiro Rocha. Na Filosofia sabemos que a ave de Minerva levanta voo ao entardecer. Por isso é também num momento de maturidade de um percurso intelectual que se torna mais fácil sintetizar, numa frase curta, aquilo que mais profundamente marca esse percurso. A ideia de humanidade, ou mesmo de unidade racional da humanidade, sempre esteve presente na reflexão de Acílio Rocha. É ela que explica o seu interesse pelo pensamento antropológico de Lévi-Strauss, mas também, a contrário, pelas correntes mais anti-humanistas do estruturalismo e do pós-estruturalismo.
| Editora | Humus |
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| Editora | Humus |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Cardoso Rosas, Vítor Moura |
Vítor Moura tem um doutoramento em Filosofia pela Universidade de Wisconsin-Madison. Autor e organizador de vários livros e artigos sobre diversos temas no âmbito da Estética e da Filosofia da Arte, é também Professor Associado no Departamento de Filosofia da Universidade do Minho, onde ensina Estética da Arquitectura, Teoria da Imagem e Estética da Música.
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Concepções da JustiçaA reflexão sobre a justiça ou injustiça das instituições sociais não é algo que nos possamos dar ao luxo de ignorar. Quer queiramos quer não, vivemos em comunidades políticas que condicionam os aspectos em que cada um de nós é tratado com igualdade ou desigualdade, que distribuem os benefícios e encargos da vida em sociedade, por vezes de forma extremamente desequilibrada e difícil de justificar. Conceptualizar a justiça e pensar em que sentido a acção política a deve encaminhar não é pois uma questão meramente académica. É também a única forma de assegurar que uma qualquer comunidade política possa existir ao longo das gerações, com estabilidade, fomentando o apoio dos cidadãos para os seus valores básicos e para as instituições que os realizam.in Concepções da Justiça (adapt.) -
Ética, Tecnologia e DemocraciaOs estudos de ética e filosofia política sobre tecnologias controversas tendem a usar o método habitual nestas disciplinas. Ou seja, os investigadores avaliam a tecnologia em causa no âmbito da investigação e da prática médicas, da produção de energias poluentes, do desenvolvimento de organismos geneticamente modificados, etc. de acordo com a perspectiva ética que favorecem de um ponto de vista teórico. Nesta obra, gostaríamos de propor e reflectir uma metodologia radicalmente diferente, alicerçada na introdução da variável democrática e no recurso a conferências de cidadãos. A isto pode chamar-se avaliação Tecnológica participativa. -
História da Filosofia PolíticaA História da Filosofia Política que aqui oferecemos dá ao leitor a possibilidade de percorrer, de forma fluída, mas rigorosa, a extraordinária viagem intelectual que dá forma ao cânone da teoria política ocidental.Esta viagem inicia-se na Antiguidade, com Platão, Aristóteles e Cícero, incorporando depois o pensamento cristão, de Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino; desenvolve-se no Renascimento, com a escolástica tardia, Maquiavel, Thomas More, Jean Bodin e Altúsio; conhece novas modalidades na época Moderna, com Hobbes, Locke, Espinosa, Montesquieu e Hume, refletindo sobre as grandes transformações do final do século XVIII por intermédio de Rousseau, Adam Smith, Kant, os federalistas americanos, Burke, Comte ou Tocqueville; e entra definitivamente na contemporaneidade com o utilitarismo de Jeremy Bentham e Stuart Mill, e através de Hegel e Marx, para mais tarde repensar, já no século XX, o choque do totalitarismo e do holocausto, através de Karl Popper e Hannah Arendt.Os pensadores aqui estudados são, por assim dizer, nossos contemporâneos. Mesmo quando viveram há já vários séculos e em contextos sociais muito diferentes do nosso, criaram os conceitos e os esquemas intelectuais com os quais pensamos, ainda hoje, a nossa vida em sociedades politicamente organizadas. É através do seu pensamento que conseguimos aceder ao significado profundo da nossa linguagem política, conseguindo compreender termos como Estado e República, poder e autoridade, justiça e bem comum, realismo e utopia, direitos individuais e contrato social, estado de natureza e estado civil, federalismo e pluralismo, democracia e vontade geral, liberdade e igualdade, utilidade e bem-estar, progresso e tradição, contradição social e luta de classes, revolução e reforma, totalitarismo e liberalismo - e por aí adiante.É também nestes pensadores que poderemos colher a inspiração e os recursos para refletir, hic et nunc, com a máxima lucidez, sobre os novos desafios que o nosso mundo atravessa, sobre as incertezas do presente e sobre as possibilidades do futuro. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
Manual de Filosofia Política - 3ª EdiçãoEnquanto outros livros optam por uma visão histórica, este manual guia os leitores pelos meandros da Filosofia Política tal como ela é praticada nos dias de hoje.Esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos aqueles que se interessam por uma reflexão teoricamente alicerçada acerca das sociedades em que vivemos.Aborda muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.