Teatro a uma Voz
Um caleidoscópio da Vida, em todos os seus planos, num jogo de Teatro composto por nove monólogos e uma peça para duas actrizes. Em todos os textos perpassa uma enorme inquietação anímica, em que os fantasmas da tragédia se fazem sentir, num permanente conflicto entre a luz e a sombra. José Jorge Letria tem a coragem – e ainda bem – de emprestar a sua voz a grandes figuras dos últimos séculos da História da Humanidade.
Do prefácio de Isabel Medin
É ficcionista, jornalista, poeta e dramaturgo. Nasceu em Cascais, em 1951, onde foi vereador da Cultura de 1994 a 2002. Traduzido em mais de dez idiomas, foi premiado em Portugal e no estrangeiro: destacam-se dois Grandes Prémios da APE, o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, o Prémio Internacional UNESCO, o Prémio Eça de Queiroz – Município de Lisboa, o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prémio de Poesia Guerra Junqueiro. As antologias O Fantasma da Obra, O Livro Branco da Melancolia e Poesia Escolhida condensam o essencial da sua poesia. Foi, ao lado de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, um destacado cantor político, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade. É mestre em Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa e pós-graduado em Jornalismo Internacional. Doutorou-se com distinção em Ciências da Comunicação no ISCTE. É presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e presidiu ao Grupo Europeu de Sociedades de Autores e Compositores (GESAC), com sede em Bruxelas, e ao Comité Europeu de Sociedades de Autores da Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC), com sede em Paris.
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Espreita a História de PortugalQueres saber como nasceu Portugal, o que foram os Descobrimentos ou o que aconteceu no 25 de Abril? Então abre este livro, levanta todas as abas e descobre as respostas e curiosidades sobre o nosso país. Neste livro interativo, escrito por José Jorge Letria, repleto de ilustrações cheias de humor, vais aprender tudo sobre os momentos mais importantes da História de Portugal de uma forma divertida! -
A Minha Primeira RepúblicaNo dia 5 de Outubro de 1910, Portugal deixou de ser uma monarquia para se transformar em república, uma das poucas então existentes na Europa e no resto do mundo. Neste livro, José Jorge Letria relata os acontecimentos ocorridos nesse dia e nos que se lhe seguiram. Foi um tempo de agitação, de esperança e de conflito, que mudou para sempre a História do nosso país. A personagem central desta narrativa é um rapaz de Lisboa, cujo pai esteve entre os civis e os militares que, na Rotunda, onde hoje se encontra a estátua do Marquês de Pombal, garantiram o triunfo dos revoltosos e do projecto republicano. As ilustrações de Afonso Cruz dão à narrativa o tempero e a força das imagens vivas e coloridas. Escrito a pensar nos mais novos, este livro, imaginado e feito de olhos postos na memória e na história de Portugal, pode ser lido por públicos de todas as idades. Revisitar esse tempo e essa memória é reencontrar um país que viveu um tempo único e intenso de transformação e mudança e conhecer um pouco mais de perto as pessoas que tinham um sonho e um ideal para cumprir. -
Histórias de ChocolateOs contos achocolatados que vivem neste livro são tão deliciosos que não há como não ficarmos indiferentes às suas palavras e ilustrações. Recorrendo aos mais variados temas, José Jorge Letria transporta-nos para uma viagem deliciosa de emoções e de encanto. E se o céu fosse de chocolate? E se o livro fosse de chocolate? Encontra as respostas nestas páginas magnificamente ilustradas por Célia Fernandes. Prepara-te para te divertires e sonhar com… chocolate. -
Almada Negreiros, Viva o Almada, Pim!«Almada nasceu grande numa ilha muito pequena, no meio do Atlântico, nasceu em São Tomé onde, como dizia o apóstolo, é preciso ver para crer para se poder acreditar naquilo que a natureza tem para dar, seja peixe, pássaro ou fruto.A ele deu-lhe um talento imenso como o céu estrelado das noites quentes e húmidas.» -
Fernando Pessoa - O Menino que era Muitos Poetas«Era uma vez um menino que era vários meninos e em cada menino morava um poeta e em cada poeta um outro poeta. Assim, nunca mais ninguém podia saber quantos poetas havia, ao certo, dentro daquele menino e quantos meninos havia, ao certo, dentro daquele poeta. A coisa começou a ficar confusa, porque nunca antes se vira uma coisa assim, nem havia notícia de outro caso igual, (para dar entrada à rima) dentro ou fora de Portugal.» -
Henriqueta, a Tartaruga de DarwinVem conhecer a história de Charles Darwin, o mais famoso naturalista inglês de todos os tempos, pela voz de Henriqueta, uma tartaruga centenária das ilhas Galápagos que afirma ter convivido com ele durante décadas e que agora nos conta como foi a sua vida. Deixa-te levar pelos relatos de Henriqueta e descobre como foi que Charles Darwin chegou às fantásticas conclusões que mudaram a forma de olhar para a evolução das espécies. -
Colectivos de Animais e Outros MaisEntre rebanhos, matilhas, Manadas e ninhadas Que vivem em ilhas, Em pomares Ou em florestas encantadas, Há flores, aromas e cores, E mais coisas mencionadas. Como orquestras, equipas E até um elenco, O que aqui vais ver É fruto de muito talento. Um divertido álbum ilustrado sobre colectivos de animais e não só! -
Chamo-me Sophia Num país em que a voz dos poetas tem sido tão importante para falar de tudo aquilo que somos, do mar, da distância, da memória e da vida, quem se diz poeta é como se assinasse um pacto com o destino e não pudesse ser outra coisa, ainda que escreva também peças de teatro, textos em prosa, ensaios ou livros de crianças. Trata-se mesmo de uma imensa responsabilidade, e acho que estive consciente dela desde que vi uma maçã ser beijada pela luz fresca do amanhecer, desde que guardei na lembrança o vociferar das ondas nos finais do verão na praia da Granja -
Chamo-me... Miguel TorgaE foi assim que em 1934, antes de completar 30 anos e já com algum reconhecimento dos meus pares como escritor, me tornei Miguel Torga, nome literário que me acompanhou até ao fim da minha vida e que me sobreviveu, como eu sempre desejei que acontecesse quando escolhi este caminho para transformar em palavras escritas o que tinha para dizer aos outros. -
No Voo De Uma PalavraÉ este saber falar de coisas simples que só um poeta é capaz de nos dar, um poeta como José Jorge Letria, que sabe como a poesia é necessária à criança, que sabe como a poesia infantil é um dos meios de criar novas linguagens e de respeitar o mundo da criança, a qual tem, desse mundo, uma percepção bem diferente do adulto.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
Os HeraclidasHéracles é o nome do deus grego que passou para a mitologia romana com o nome de Hércules; e Heraclidas é o nome que designa todos os seus descendentes.Este drama relata uma parte da história dos Heraclidas, que é também um episódio da Mitologia Clássica: com a morte de Héracles, perseguido pelo ódio de Euristeu, os Heraclidas refugiam-se junto de Teseu, rei de Atenas, o que representa para eles uma ajuda eficaz. Teseu aceita entrar em guerra contra Euristeu, que perece na guerra, junto com os seus filhos. -
A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.