Uma Mulher Sem Importância
Ática
2010
14,13 €
Envio previsto até
Uma Mulher sem Importância, a segunda comédia de sociedade que Oscar Wilde escreveu, em 1892, teve a sua estreia a 19 de Abril de 1893, no Haymarket Theatre, em Londres. Um conjunto de personagens extraordinárias, que nem sempre são o que parecem e que se vão revelando ao longo da peça, dão vida a um argumento aparentemente trivial que se desenrola numa ambiência de frivolidade a raiar, por vezes, o ridículo, mas que se revela profundamente lúcido e crítico. Em Uma Mulher sem Importância encontramos os melhores paradoxos e epigramas tão característicos da linguagem wildiana, expressos ora com pinceladas de muito humor e comicidade, ora com momentos de grande tensão e dramatismo.
Oscar Wilde
Oscar Wilde (Dublin, 1854-Paris, 1900) foi talvez o mais importante dramaturgo da época vitoriana. Criador do movimento dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra, um livro de poemas, em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro, no ano seguinte. Em 1884, casou com Constance Lloyd, e a partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como O Leque de Lady Windemere, Um Marido Ideal e A Importância de se Chamar Ernesto, e um único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por muitos como a sua obra mais bem conseguida. Mordaz e irónico, Oscar Wilde alcançou enorme sucesso com as suas comédias de salão. Porém, em 1865, foi atingido pela adversidade: acusado de homossexualidade, foi violentamente atacado pela imprensa, tendo caído em desgraça. O processo judicial em que se viu envolvido levou-o à prisão, ao ser condenado a dois anos de trabalhos forçados. Cumprida a pena, abandonou definitivamente Inglaterra e fixou-se em Paris, onde viria a morrer em 1900.
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O Fantasma de CantervilleA primeira história publicada por Oscar Wilde leva-nos a um castelo assombrado, adquirido por uma abastada família americana que não acredita no sobrenatural, obrigando o pobre fantasma residente a encetar uma série de estratagemas para assustar os seus novos hóspedes. Nunca o fantástico, o terror e a comédia se combinaram numa trama tão genial, que nos diverte e nos leva a refletir sobre os valores mais elevados da vida. A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
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O Crime de Lord Arthur Savile e Outros Contos«O Crime de Lord Arthur Savile» coloca-se com muita graça para lá do Bem o do Mal. Trata-se da história de um assassínio, mas o ato é perpetrado num mundo não menos irreal do que aquele das Mil e Uma Noites. Para acentuar esta semelhança, todo o conto, que se desenrola numa Londres onírica, se rege pelo conceito islâmico de Destino. O tema de «O Fantasma de Canterville» pertence ao romance gótico, mas, felizmente para o leitor, o seu tratamento não. Nesta divertida história, os americanos não levam a sério o fantasma, e nem os leitores nem Wilde levam a sério os americanos. «O Príncipe Feliz», «O Rouxinol e a Rosa» e «O Gigante Egoísta» são contos de fadas concebidos de um modo sentimental que faz lembrar Hans Christian Andersen, porém embebidos daquela ironia melancólica que é atributo peculiar de Oscar Wilde. -
O Retrato de Dorian GrayDorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza. Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde. -
Um Marido IdealPara a virtuosa Lady Chiltern, Sir Robert, com quem está casada, é o marido ideal. Em franca ascensão social e política, este parece ser um homem sem mácula. Mas eis que surge Mrs. Cheveley, e com ela emerge o passado obscuro de Sir Robert, que esta ameaça revelar caso não sejam satisfeitas as suas exigências. E é assim, inesperadamente, que tanto o casamento como a carreira de Sir Robert passam a estar em sérios riscos de dissolução. Pode a adoração quase fantasiosa que Lady Chiltern nutre pelo seu marido, ou pelo ideal de perfeição que ele representa, ser um perigo para a estabilidade do casamento? Paradoxalmente, Oscar Wilde parece querer expor ao ridículo o ideal de perfeição que o próprio título da obra sugere, ideal que é tido como pouco razoável, inverosímil e até pernicioso, e centra- se sobretudo na capacidade de perdoar, que enaltece na voz de Lord Goring relativamente a qualquer hipotético ideal de perfeição. -
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Carta a BosieSó o Amor, qualquer que seja a sua natureza, pode explicar o enorme sofrimento que há no mundo. É este o tom da carta escrita por Oscar Wilde ao seu amante Lord Alfred Douglas na prisão de Reading, onde cumpria pena por ultraje aos costumes. Vítima da paixão destrutiva que manteve por Douglas, um monstro com cara de anjo a quem carinhosamente chamava Bosie, a vida de Wilde divide-se em duas fases: antes e depois de Bosie. Antes, o sucesso e a glória de um dandy . Depois, a decadência que culminará na humilhação e na desgraça. Deste texto já De Profundis nos dera um extracto desenvolvido, porém eivado de lacunas que deixavam na sombra a violência da experiência mais amarga de uma vida amarga que nela é testemunhada. Daí que Albert Camus se tenha referido a esta carta como um dos mais belos livros que nasceram do sofrimento de um homem. -
O Crime de Lorde Artur Savile e Outros ContosAqui se encontram reunidos quatro contos publicados separadamente por Oscar Wilde em 1887. «O Crime de Lorde Artur Savile» e «O Fantasma de Canterville» foram editados em The Court and Society Review; «O Modelo Milionário» e «A Esfinge sem Segredo» em The World. Nascido em Dublin, Oscar Wilde contava então 31 anos. Depois de ter obtido a medalha Berkeley na Universidade de Dublin com um ensaio sobre os poetas satíricos gregos, terminara o curso em Oxford e visitara a Itália e a Grécia. Em 1882 havia editado Poems. Em 1888 publicou The Happy Prince and Other Stories, a que se seguiria O Retrato de Dorian Gray, em 1891. Foi nesse mesmo ano que reuniu em livro os quatro contos em Lord Arthur Savile's Crime and Other Stories.
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
A Comédia da MarmitaO pobre Euclião encontra uma marmita cheia de ouro, esconde-a e aferra-se a ela; passa a desconfiar de tudo e de todos. Entretanto, não se apercebe que Fedra, a sua filha, está grávida de Licónides. Megadoro, vizinho rico, apaixonado, pede a mão de Fedra em casamento, e prontifica-se a pagar a boda, já que a moça não tem dote. Euclião aceita e prepara-se o casamento. Ora acontece que Megadouro é tio de Licónides. É assim que começa esta popular peça de Plauto, cheia de peripécias e de mal-entendidos, onde se destaca a personagem de Euclião com a sua desconfiança, e que prende o leitor até ao fim. «O dinheiro não dá felicidade mas uma marmita de ouro, ao canto da lareira, ajuda muito à festa» - poderá ser a espécie de moralidade desta comédia a Aulularia cujo modelo influenciou escritores famosos (Shakespeare e Molière, por exemplo) e que, a seguir ao Anfitrião, se situa entre as peças mais divulgadas de Plauto. -
O Teatro e o Seu Duplo«O Teatro e o Seu Duplo, publicado em 1938 e reunindo textos escritos entre 1931 e 1936, é um ataque indignado em relação ao teatro. Paisagem de combate, como a obra toda, e reafirmação, na esteira de Novalis, de que o homem existe poeticamente na terra.Uma noção angular é aí desenvolvida: a noção de atletismo afectivo.Quer dizer: a extensão da noção de atletismo físico e muscular à força e ao poder da alma. Poderá falar-se doravante de uma ginástica moral, de uma musculatura do inconsciente, repousando sobre o conhecimento das respirações e uma estrita aplicação dos princípios da acupunctura chinesa ao teatro.»Vasco Santos, Posfácio -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica. -
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A Comédia dos BurrosA “Asinaria” é, no conjunto, uma comédia de enganos equilibrada e com cenas particularmente divertidas, bem ao estilo de Plauto. A intriga - na qual encontramos alguns dos tipos e situações características do teatro plautino (o jovem apaixonado desprovido de dinheiro; o pai rival do filho nos seus amores; a esposa colérica odiada pelo marido; a cínica, esperta e calculadora alcoviteira; e os escravos astutos, hábeis e mentirosos) - desenrola-se em dois tons - emoção e farsa - que, ao combinarem-se, comandam a intriga através de uma paródia crescente até ao triunfo decisivo do tom cómico.
