Máximas e Pensamentos de Napoleão - Escolhidos e apresentados por Honoré de Balzac
«A escolha era fácil; a Vontade de Napoleão foi uma das mais violentas influências que a história já conheceu: seria do maior interesse compreender as leis pelas quais construiu e manteve o seu poder.
Do ponto de partida ao de chegada e do trono ao túmulo, Napoleão percorreu duas vezes – e em sentidos opostos – todas as condições sociais, soube tudo ver e tudo observou. Por esta razão, nunca omitimos nenhuma das suas palavras que, por estranhas que fossem às suas políticas, nos pareceram iluminar profundamente algumas etapas da sua vida. Assim, cada um encontrará algo de útil, grande ou pequeno, pois o seu pensamento, aguçado como uma espada, sondou todas as profundezas. O terrorista de 93 e o general foram absorvidos pelo Imperador, e o governante desmentiu frequentemente o governado. Mas as suas palavras, que as diversas crises lhe arrancaram e que são contraditórias, revelam admiravelmente a grande luta à qual ele foi condenado. Muitas vezes, uma única frase desta recolha ilustra determinadas fases da sua vida e diversas partes da história contemporânea muito melhor do que os historiadores até hoje fizeram.
Honoré de Balzac, In Prefácio
| Editora | Edições Sílabo |
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| Editora | Edições Sílabo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Napoleão Bonaparte, Honoré de Balzac |
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Ilusões Perdidas«Ora aqui está ele, um dos monstros sagrados da literatura de todos os tempos. Morreu com 49 anos, media um metro e meio, escrevia da meia-noite às oito da manhã, rodeado de candelabros e alimentado a café, e deixou uma obra única. É impossível escolher um dos seus títulos, e este foi-o um pouco ao acaso. No trabalho de Balzac há de tudo - era aquilo a que Victor Hugo chamava um Homem-oceano. Há de tudo e é sempre genial. Podia ter-me decidido por Seraphita, livro muito da minha predilecção, mas as Ilusões Perdidas põem menos dificuldades ao leitor pouco habituado ao seu estilo e, ao mesmo tempo, dão uma razoável ideia do seu génio torrencial, excessivo e, no entanto (parece um paradoxo e não é) estritamente policiado. Fica-se cheio de admiração pela capacidade que este homenzinho tem de construir um mundo, ele que considerava o romance a "história privada das nações" e achava indispensável ter remexido em toda a vida social para ser um verdadeiro escritor. Depois de Balzac a literatura evoluiu imenso mas o seu lugar é eterno, seja o que for que a palavra signifique.»António Lobo Antunes -
Pierrette seguido de O Padre de Tours«O estado celibatário escreve Balzac é um estado contrário à sociedade.» O celibato gera a solidão, a frustração, a raiva. Pierrette, um dos dramas mais pungentes da Comédia Humana, mostra-nos como a estupidez e a avareza humana levam à morte de uma criança.O Padre de Tours apresenta-nos dois géneros de seres nos quais os venenos do celibato se desenvolvem: a solteirona e o padre. Notável documento político sobre o poder da Igreja na Restauração,O Padre de Tours ilustra, ao mesmo tempo, a afirmação balzaquiana segundo a qual as existências mais obscuras encerram tanto a violência como as tragédias históricas. -
Serrasine«Em Sarrasine, obra-chave da transição entre o Alto Romantismo e o Romantismo tardio, Balzac reformula as aventuras italianas do herói travestido de Latouche em termos decadentistas. Ao visitar Roma em 1758, Sarrasine, um escultor francês, apaixona-se loucamente por uma prima-dona, La Zambinella. A cantora corporiza a "beleza ideal" que o celibatário Sarrasine procurara em vão na vida real o modelo em que se haviam baseado "as doces, preciosas criações da antiga Grécia". Só depois de um encontro com Zambinella é que Sarrasine descobre, para sua humilhação pública, que ela é um homem, um castrato. Também aqui, uma revelação sexual obriga-nos a reler o texto. E a primeira aparição em palco de Zambinella torna-se uma epifania sagrada, que arrebata Sarrasine com a visão de uma perfeição hermafrodita. Se ele nunca encontrara a beleza ideal, isso é porque o comum dos mortais possui apenas um sexo; mas Zambinella é sexualmente compósita, à maneira grega.» Camille Paglia -
A Mulher de Trinta AnosÉ um dos episódios de A Comédia Humana de um dos três grandes romancistas franceses do século XIX. Contrariando uma visão que prevaleceu até há pouco, Balzac defende que a mulher tem o direito de amar e ser amada em qualquer idade, mesmo fora do casamento, e de ser reconhecida pela sociedade pelo que é e não apenas como esposa e mãe. -
Pequenas Misérias da Vida ConjugalBalzac revela-se aqui um divertido observador da intimidade dos casais. No essencial, apresenta-nos dois tipos humanos. De um lado, Adolphe, um burguês de desesperante aridez mental; do outro, Caroline, reduzida à dependência. Em conjunto, os dois jovens esposos vão percorrer o caminho que leva das promessas de felicidade às desilusões e mesmo às misérias do casamento. Como muitas vezes acontece, o casal vai viver as diferentes fases da experiência da incompreensão mútua. O resultado é um quadro ao mesmo tempo grave e pleno de humor, onde Balzac mostra o seu talento para entender a psicologia, o amor-próprio e os conflitos das personagens. -
A Arte de pagar as suas Dividas e de Satisfazer os seus Credores sem Gastar um CêntimoSão arte antiga as técnicas de fuga aos credores por parte dos devedores que hoje bem podem ser um qualquer cidadão anónimo, empresa, governo central, regional, autarquia. A realidade não mudou muito quando comparada com o século XIX, altura em que esta obra foi publicada pela primeira vez. -
Manual do LíderCom este Manual do Líder, através dos aforismos de Napoleão, fica a conhecer o pragmatismo do génio militar, a resposta rapidamente reflectida do estratega, a personalidade do líder, gestor de homens e de recursos, que deixou a sua marca indelével na História da Humanidade. Essencial para o ensino, para as áreas da economia, gestão, filosofia, história, sociologia, política e militar, na verdade, este livro de aforismos tem aplicação em quase todas as áreas, sobrando apenas excepções. Um pequeno livro que interessa a todos os aprendizes de donos do mundo ou que serve para meditar sobre a “avaliação” da política, da guerra, da economia e dos costumes. Para degustar quotidianamente… -
Eugénia Grandet«Eugénia Grandet» (1833), o primeiro grande romance de Balzac, conta-nos a história de um amor proibido no seio de uma sociedade materialista. A filha de um dos maiores avarentos já descritos na literatura, Eugénia, apaixona-se, mas a sua mão é já disputada por muitas famílias distintas da região. Um grande clássico da literatura mundial que se junta à colecção de clássicos que a Alêtheia está a editar, de entre os quais se destaca a obra «Maria Stuart», de Stefan Zweig. -
O Ilustre Gaudissart seguido de A BolsaBalzac escreve duas novelas brilhantes sobre as aparências e a forma como estas regulam as nossas vidas. Este volume contém duas das novelas mais emblemáticas do grande nome das letras francesas, Balzac: O Ilustre Gaudissart e A Bolsa. Publicadas originalmente de forma autónoma, faziam ambas parte da notável série de Balzac dedicada à Comédia Humana. Os dois textos confrontam-nos com duas variações sobre a leviandade humana e o modo como a aparência nos leva a julgar os outros. Enquanto em O Ilustre Gaudissart temos um caixeiro-viajante bastante ignorante, que, no entanto, por se vestir bem e frequentar os círculos certos, é muitas vezes levado a sério, em A Bolsa deparamo-nos com um jovem pintor que se divide entre a paixão por uma vizinha e os rumores que sobre ela circulam, numa narrativa que vai adensando uma série de dualidades emocionais. A dimensão ridícula do ser humano é posta a nu nestas duas ficções de Balzac exactamente na mesma medida em que a maldade humana é revelada nas obras de Dickens. «Os seus livros causavam um impacto invulgar nas massas. Não só eram procurados e vendidos entre todas as camadas da população como trouxeram mudanças sociais e de comportamento à sociedade urbana francesa. [...] E eram surpreendentemente bem escritos.» Henri Carrière (autor de Papillon) -
A Prima BetteRetratando, ao longo de toda a história, as ilusões causadas pelas paixões tardias, bem como a perfídia mascarada sob a forma de inocência.A Prima Bette acrescenta à galeria do universo balzaquiano, algumas personagens inesquecíveis, das quais sobressaem as figuras de Lisbeth Fischer, solteirona rancorosa que tudo faz para destruir a família que a acolheu em Paris, em parceria com Válerie Marne e, mulher dissoluta e ambiciosa. Iremos pois encontrar um mundo, em que a opulência esconde aquilo que de mais negro existe na alma humana, e em que a virtude é condenada a sofrer as piores humilhações.Pintando com mestria a Paris de meados do século XIX, Honoré de Balzac (1799 - 1850), apresenta-nos outro dos retratos realistas, que constituem a sua Comédia Humana, o qual enriquece, mais uma vez, o nosso imaginário com os costumes românticos da época, o luxo das suas cortesãs e a perversidade das suas intrigas.Romance de malevolência, rancor e humilhação, A Prima Bette é considerada uma das obras mais sombrias de Balzac.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?