Os Amores e os Desgostos de D. Maria I e D. Maria II - Bisavó e bisneta, as duas únicas rainhas de Portugal
Francisca cresceu numa família assombrada por um mistério que todos fingem não existir.
Na senda de o desvendar, encontra um diário e ao perceber que este revela a verdadeira causa da loucura da rainha D. Maria I, decide tornar público o seu conteúdo.
O diário relata ainda como, entre Lisboa e a permanência da corte no Brasil, o destino uniu D. Maria I à sua bisneta D. Maria II e como estas duas mulheres reinaram, num país onde, até então, só os reis se sentavam no trono.
O que Francisca desconhece é que o diário, que conta as histórias das vidas de D. Maria I e D. Maria II, não é o único segredo da família.
A reboque de uma misteriosa lenda, que envolve um amor proibido e a cabeça de uma mulher decapitada, é no Porto oitocentista que a história toma um rumo improvável, entrecruzando sucessivamente as vidas das duas rainhas com as de Henriqueta e Francisca.
| Editora | Verso da Kapa |
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| Editora | Verso da Kapa |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Margarida Oliveira |
Ana Margarida Oliveira é licenciada pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em línguas e literaturas modernas, e pós-graduada na Universidade de Hamburgo, Alemanha. Foi professora profissionalizada de língua portuguesa, durante 20 anos, no ensino secundário público e é produtora de conteúdos escritos na rádio desde 1990, profissão que desempenhou, ainda por algum tempo, a par da docência. Atualmente é adjunta do diretor de programação da RFM. Tem editados dois romances históricos Pimenta da Índia, que aborda a época dos descobrimentos, e Os amores e os desgostos de D. Maria I e D. Maria II. Publicou vários livros, na área da não ficção, como A guerra dos sexos e Ó mãe, entre outros. Os descobrimentos portugueses é o seu primeiro livro dedicado à expansão marítima portuguesa nos séculos XV e XVI.
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Pimenta da ÍndiaJaneiro de 1608. Em pleno reinado de D. Filipe II, a nau Santo Agostinho sai de Goa para mais uma viagem de regresso a Portugal. Dentro da nau, para além das apreciadas especiarias, estão as Trovas do Bandarra.Setembro de 2008. Quatrocentos anos mais tarde, uma jornalista depara-se com um misterioso documento que lhe chama a atenção - as Trovas do Bandarra. Separadas por quatro séculos, duas histórias vão cruzar-se, na tentativa de decifrar um dos mais enigmáticos documentos da História do país.Este romance traça um retrato fiel do nosso país no séc. XVII, onde a Carreira da Índia colocava Portugal no centro do mundo. -
Curiosidades da História de PortugalVamos espreitar algumas curiosidades da História de Portugal! Quantos reis não consumaram o casamento? Como se curavam as doenças? De que forma é que um surto de piolhos criou uma moda? Por que razão se proibiram sedas e vestidos bordados a ouro? O que se comia na corte e como surgiram os doces conventuais? Quantos se fizeram passar por D. Sebastião, depois de o rei desaparecer em Alcácer-Quibir? Qual foi o maior diamante de Portugal? Quem inspirou a figura da república? Neste livro, vai encontrar as respostas a estas e a muitas outras perguntas, porque a História de Portugal também é feita de muitas curiosidades, extravagâncias, mitos e segredos escondidos atrás dos factos e dos acontecimentos conhecidos. -
Pimenta da ÍndiaRomance Século XVII Em Janeiro de 1608, zarpa de Goa, com atraso uma armada com 3 naus, capitaneada pelo Comandante Manuel Correia da Cunha. Na nau capitania, seguem várias famílias de nobres e seus criados, padres jesuítas, carpinteiros, timoneiros, comerciantes, presos, escumalha diversa, goeses,...num total de 600 pessoas, excessivo para uma nau daquelas dimensões e proibido por lei. Também levava excesso de carga, igualmente proibido por lei, mas ambas práticas comuns na Carreira das Índias. Entre os viajantes, destaca-se uma família de nobres: os Tello Mayor. A família regressa ao reino após 30 anos de Índia. Dias antes de partir de Goa, D. Jorge é contactado para ir ao Colégio dos Jesuítas, onde recebe uma caixa misteriosa com uma inscrição embutida a ouro com as siglas A.G.B..O homem que a entrega diz a D. Jorge que ele tem o futuro de Portugal nas mãos. Dentro da caixa estão as proféticas e originais Trovas do Bandarra, o sapateiro de Trancoso. Estas trovas vaticinam acontecimentos futuros para Portugal e para o Mundo. Desde o início que existe uma forte atracção entre Isabel, filha de D. Jorge, e o Comandante que tentam descobrir o conteúdo da caixa, já que de início não sabem o que são os misteriosos escritos! Foram vários os envenenamentos dentro da nau, na tentativa de recuperar as referidas Trovas. Mais tarde Isabel e o Comandante recuperam-nas e escondem-nas em 3 figuras de marfim indo-português. Já perto da baía de Angra, a nau naufraga e Isabel consegue salvar-se. Nesta ilha, sozinha, grávida do Comandante, esconde as três figuras de marfim em 3 sítios diferentes. Até hoje ainda só foram descobertas duas, daí que a terceira ainda hoje deve estar nesta ilha com o mesmo nome. Cruzando com a narrativa anterior… Romance século XXI Em Lisboa, Teresa, jornalista de uma revista especialista em artigos de investigação, almoça com um antigo amigo e, apaixonam-se um pelo outro. Ele, engenheiro civil, desloca-se à Terceira em trabalho. No Faial, conhece um mergulhador da equipa do único submarino português que faz investigação subaquática na baía de Angra, onde estão naufragadas cerca de 80 naus, muitas delas na viagem de torno da Carreira das Índias, onde faziam a última aguada antes de chegar a Lisboa. Antes de partir para a Terceira para se juntar a Luís, Teresa começa uma investigação sobre Fernando Pessoa e esta leva-a rapidamente a Bandarra, poeta e profeta de Trancoso. Mais tarde, Luís e Teresa sem querer, são apanhados numa teia estranha que surge à volta da própria investigação. Sabem que na ilha existe um coleccionador de figuras de marfim indo-europeu, figuras essas que acompanhavam os viajantes das naus para os protegerem de todos os perigos. Resolvem visitá-lo e descobrem que ele tem uma das 3 figuras. A 2ª encontra-se no museu de Angra. Teresa escreve um artigo polémico para a revista sobre as profecias que Bandarra fizera sobre o actual conflito entre árabes e ocidentais que lhe vale ameaças telefónicas assustadoras. De volta à Terceira, Teresa não resiste ao reencontro com Luís e envolvem-se de novo. Na Terceira, os acontecimentos precipitam-se cada vez mais. A arqueóloga recebe mails estranhos com o endereço quintoimperio@..... que, apesar de algo ameaçadores, dão pistas a Teresa e Luís que prosseguem juntos a investigação. A arqueóloga desconfia que alguém mexe na sua documentação relacionada com as investigações subaquáticas e chega a ser perseguida até que é surpreendida pelo coleccionador das figuras de marfim, descendente do Comandante Correia da Cunha e de Isabel. Obcecado em recuperar a 3ª parte das trovas do Bandarra está convencido que os 3 (a Arqueóloga, Teresa e Luís) possuem as coordenadas e a informação necessária para completar o enigma. Teresa recolhe-se a desvendar as Trovas, descobrindo que a viragem para o futuro de Portugal será provavelmente em 2030, depois de as interpretar de forma cabalística à volta do número 3 e seus múltiplos, numa curiosa interpretação cíclica da História de Portugal. Teresa e Luís separam-se e a 3ª figura continua, ainda hoje, algures enterrada na ilha Terceira. Para as descobertas de Teresa e Luís contribuem as explicações da arqueóloga, mostrando o enorme património que se recuperou e vai recuperando da baía de Angra. É devido a muitos achados que se atesta que a nau designada por Santo Agostinho, que é referida no romance do século XVII, é a do ano 1608 e que, tudo aponta, transportava as ditas Trovas. -
Amores, Caprichos e Segredos dos Reis e Rainhas de PortugalA História e as pessoas que a fizeram e construíram chegam-nos através dos manuais e dos documentos. São-nos longínquas e podem parecer-nos até um pouco «artificiais»; afinal «habitam» nos livros, em imagens e em obras, e pertencem a uma realidade distante, diferente da nossa. Só que foram mulheres e homens de carne e osso, com aspirações, caprichos, gestos, atitudes, desejos e vontades, como todos temos. Vamos entrar nesta máquina do tempo, através das páginas deste livro e dar uma espreitadela a alguns destes momentos menos conhecidos, curiosos, inesperados, e ler histórias e circunstâncias de várias pessoas que fizeram parte da História de Portugal.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.