Utopia
«As leis são muito poucas e, no entanto, chegam para as instituições. O que sobretudo os Utopianos desaprovam nos outros povos é a qualidade infinita de volumes de leis e de comentários que, no entanto, não chegam para manter a ordem pública. Consideram uma suprema injustiça algemar os homens com leis demasiado numerosas para que delas possam tomar conhecimento, ou, então, demasiado obscuras para que as possam compreender.»
Por excelência o livro ficcional que mais contribuiu para a filosofia moderna. A descrição da ilha de Utopia feita pelo viajante português Rafael Hitlodeu.
A descrição da sociedade perfeita feita por um viajante português segue-se a uma conversa entre vários personagens verídicos com quem Thomas More se cruzou e que discutem o alfabeto de Utopia, uma linguagem que enforma uma realidade sócio-política perfeita que se vive na ilha de Utopia.
Obra cimeira do pensamento político, a Utopia é um clássico do seu género. A palavra cunhada por Thomas More acabou por se politizar e adquirir significados algo distantes do seu sentido originário: o nome de uma ilha situada em nenhures. “Utopia” passou, assim, a designar, numa acepção positiva, todas as aspirações do Homem, do seu ideal de vida, e todas as visões fantásticas do futuro de abundância e reconciliação das tensões humanas.
| Editora | BookBuilders |
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| Editora | BookBuilders |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Miguel Morgado, Thomas More |
Miguel Morgado nasceu em Setúbal em 1974. É licenciado em Economia e Mestre e Doutor em Ciência Política. Lecciona actualmente no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Foi Professor Convidado da Universidade de Toronto e ensinou em várias universidades norte-americanas e brasileiras. Entre 2011 e 2015 foi assessor político do Primeiro-Ministro, e de 2015 até 2019 deputado à Assembleia da República. É autor de vários livros, entre os quais Autoridade (FFMS, 2010), Soberania – Dos seus usos e abusos na vida política e de Guerra, Império e Democracia – A ascensão da geopolítica europeia.
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A Aristocracia e os seus CríticosO que é a aristocracia? Para a filosofia política clássica, a aristocracia era simplesmente o melhor regime político. Nos nossos dias, parece não passar de uma forma de exotismo intelectual. Mas a forma aristocrática e a mentalidade que a sustenta desempenham um papel crucial na história da filosofia política europeia. Neste livro procura-se apresentar a aristocracia como um problema com que a filosofia política moderna teve de lidar. Nos seus momentos mais decisivos, a filosofia política moderna considerou imprescindível a refutação, ou, pelo menos, a desvitalização das ideias, concepções e aspirações ligadas à forma de governo aristocrática. Esse foi um elemento incontornável da sua estratégia de consolidação. Por conseguinte, o debate em torno da aristocracia faz parte integrante da história intelectual da democracia liberal. Responder à pergunta «o que é a aristocracia?» é um outro caminho para aprofundar o nosso conhecimento da democracia. Para conhecer bem a democracia é necessário conhecer um dos seus grandes rivais.Miguel Morgado(trad.) -
O Conservadorismo do Futuro e Outros EnsaiosNeste volume reúnem-se alguns ensaios de filosofia política que procuram problematizar certos conteúdos do regime democrático moderno, em particular as relações da democracia com a filosofia política, com a acção política e com a religião. São ensaios que tentam articular as grandes questões que se colocam a partir dessas relações, uma tarefa mais prioritária do que encerrar com conclusões precipitadas o debate que elas suscitam.Miguel Morgado(trad.) -
UtopiaSir Thomas More nasceu em Londres, em 1478, e aí morreu tragicamente, com 57 anos. Estudou Leis em Oxford e Londres e viria a ser uma das figuras proeminentes do movimento humanista do seu tempo. Carácter forte e de uma integridade a toda a prova. Thomas More tornou-se, no reinado de Henrique VIII, personalidade de primeira grandeza na cena politica do seu país. Em 1529 sucedeu ao cardeal Wolsey como chanceler do reino. Durante as perturbações que marcaram os começos da Reforma manteve-se católico, embora advogando energicamente o regresso à pureza primitiva da Igreja. Na questão do divórcio de Henrique VIII achou que, por fidelidade a sua consciência, se devia opor ao rei, que, por isso mesmo, o demitiu, prendeu e fez executar em 1535. Thomas More, cuja vida serviu de argumento ao filme Um Homem Para a Eternidade, foi canonizado em 1935. É universalmente célebre o seu romance político-social Utopia, uma das obras-primas do Renascimento, que ora publicamos. Na primeira parte deste livro, ainda hoje (e sobretudo hoje?) de profunda e palpitante actualidade, o autor apresenta e critica o quadro sociopolítico da Inglaterra e dos outros Estados europeus de então, verberando o despotismo das monarquias, o servilismo dos cortesãos, a venalidade dos altos funcionários, o luxo e a injustiça dos nobres e dos monges. Na segunda parte, em vez de propor dogmaticamente as reformas que considerava necessárias, Thomas More preferiu imaginar concretizada numa terra longínqua a organização ideal da sociedade, oferecendo-nos, deste modo, uma descrição magnífica do que poderíamos chamar o Estado socialista e democrático perfeito. -
AutoridadeO que é a autoridade? Hoje é particularmente importante saber responder a esta difícil pergunta. A noção de autoridade tem uma história antiga e complexa. Já conheceu muitos mundos e defrontou muitos inimigos. Já foi disputada pelo céu e pela terra, pelo passado e pelo futuro. Porquê, então, estudar a noção de autoridade? As sociedades contemporâneas têm uma relação algo ambígua com a autoridade. Por um lado, reconhecem a sua necessidade e utilidade. Por outro, desconfiam das suas pretensões. Mas qual é o lugar da autoridade nas sociedades democráticas? Será possível e desejável conciliar as aspirações do homem democrático com a autoridade?Miguel Morgado(trad.) -
AutoridadeO que é a autoridade? Hoje é particularmente importante saber responder a esta difícil pergunta. A noção de autoridade tem uma história antiga e complexa. Já conheceu muitos mundos e defrontou muitos inimigos. Já foi disputada pelo céu e pela terra, pelo passado e pelo futuro. Porquê, então, estudar a noção de autoridade? As sociedades contemporâneas têm uma relação algo ambígua com a autoridade. Por um lado, reconhecem a sua necessidade e utilidade. Por outro, desconfiam das suas pretensões. Mas qual é o lugar da autoridade nas sociedades democráticas? Será possível e desejável conciliar as aspirações do homem democrático com a autoridade?Miguel Morgado(trad.) -
O Conservadorismo do Futuro e Outros EnsaiosNeste volume reúnem-se alguns ensaios de filosofia política que procuram problematizar certos conteúdos do regime democrático moderno, em particular as relações da democracia com a filosofia política, com a acção política e com a religião. São ensaios que tentam articular as grandes questões que se colocam a partir dessas relações, uma tarefa mais prioritária do que encerrar com conclusões precipitadas o debate que elas suscitam. VER POR DENTRO Ver página inteiraMiguel Morgado(trad.) -
UtopiaIn Utopia Thomas More painted a fantastical picture of a distant island where society is perfected and people live in harmony, yet its title means 'no place', and More's hugely influential work was ultimately an attack on his own corrupt, dangerous times, and on the failings of humanity. Throughout history, some books have changed the world. They have transformed the way we see ourselves - and each other. They have inspired debate, dissent, war and revolution. They have enlightened, outraged, provoked and comforted. They have enriched lives - and destroyed them. Now Penguin brings you the works of the great thinkers, pioneers, radicals and visionaries whose ideas shook civilization and helped make us who we are. -
Soberania - Dos Seus Usos e Abusos na Vida Política«A soberania foi o destino do Estado moderno. Foi a sua coroa e o seu oxigénio. Na soberania há algo da vitalidade do político que os seus detractores desconhecem. E há algo da perigosidade do político que os seus proponentes desvalorizam. A soberania pode ser vista como refúgio de segurança ou fonte de ameaça mortal. A soberania é nociva e supérflua, igualitária e hierárquica, moderna e obsoleta, uma arma e uma ilusão. A soberania já foi, já não é, mas volta sempre a ser. Ela é e não é. Este livro tenta fazer justiça a detractores e a proponentes da soberania. Aqui, não se hesitará em dar razão a quem a tiver, nem a declarar vitória provisória se uma das partes estiver a levar a melhor. A fasquia é pura e simplesmente demasiado alta para registos de indiferença. O tema é demasiado actual e historicamente importante para discussões distantes. Está ligado a um sem número de problemas políticos clássicos e outros que insistimos em criar na nossa era. Teremos de seguir esse debate onde nos levar nos seus movimentos livres. Ou, pelo menos, tentaremos acompanhá-lo nalgumas das suas diferentes vagas.»Miguel Morgado(trad.) -
UtopiaUtopia by Thomas More. More's Utopia is a complex, innovative and penetrating contribution to political thought, culminating in the famous 'description' of the Utopians, who live according to the principles of natural law, but are receptive to Christian teachings, who hold all possessions in common, and view gold as worthless. Drawing on the ideas of Plato, St Augustine and Aristotle, Utopia was to prove seminal in its turn, giving rise to the genres of utopian and dystopian prose fiction whose practitioners include Sir Francis Bacon, H.G. Wells, Aldous Huxley and George Orwell. At once a critique of the social consequences of greed and a meditation on the personal cost of entering public service, Utopia dramatises the difficulty of balancing the competing claims of idealism and pragmatism, and continues to invite its readers to become participants in a compelling debate concerning the best state of a commonwealth. -
Guerra, Império e Democracia - A Ascensão da Geopolítica Europeia«O propósito deste livro é apresentar a base da política internacional e da totalidade das suas circunstâncias tal como apareceram e se desenvolveram na Europa. Para isso, exporei um conjunto de episódios históricos geopolíticos, numa pluralidade de manifestações – militares, políticas, culturais, económicas, intelectuais e por aí adiante – de importância avassaladora na construção da geopolítica europeia. Cada um desses episódios tem uma data e um local. Estão dispostos segundo uma sequência cronológica regressiva, isto é, começo pelo mais recente e vou recuando até ao acontecimento geopolítico fundador da geopolítica europeia. Assim, começo pela globalização e pela situação dos nossos dias – pelo nosso tempo de profundíssimas transformações geopolíticas.»Miguel Morgado(trad.)
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução.