O Fim da Paz Perpétua
O mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquê
Com o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.
Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».
O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também.
| Editora | Livros Zigurate |
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| Editora | Livros Zigurate |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Pedro Teixeira Fernandes |
José Pedro Teixeira Fernandes é docente do ensino superior e investigador, lecionando nas áreas de Relações Internacionais e de Estudos Europeus. Tem diversos artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais e vários livros nas suas áreas de especialização. Integra o painel de analistas e comentadores de política internacional do Jornal 2 da RTP. É autor de diversos artigos de opinião e análise de questões internacionais na imprensa escrita, nomeadamente, no jornal Público
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Teorias das Relações Internacionais - Da Abordagem Clássica ao Debate Pós-PositivistaEm Teorias das Relações Internacionais: da abordagem clássica ao debate pós-positivista, o autor descreve o percurso intelectual da disciplina de Relações Internacionais, desde a primeira cátedra instituída após a fundação da Sociedade das Nações, até aos seus desenvolvimentos contemporâneos. Neste percurso, são analisados os grandes debates teóricos que marcaram a evolução académico-científica das Relações Internacionais, desde o debate fundador que opôs realistas a idealistas, passando pelo debate behaviorista e pelo debate inter-paradigmático, até ao mais recente debate pós-positivista. Para além deste itinerário centrado nos seus desenvolvimentos anglo-saxónicos, mas onde não é negligenciado o contributo da embrionária produção teórica portuguesa, são também analisadas algumas das teorias contemporâneas com mais potencial explicativo do Mundo em devir e que procuram antecipar as relações internacionais do século XXI. Índice de Conteúdos Parte I Os Debates (Re)Fundadores das Relações Internacionais Parte II O Mundo em Devir na(s) Teoria(s) das Relações Internacionais Na página pessoal do autor está disponível um excerto desta obra. -
Islamismo e Multiculturalismo - As Ideologias Após o Fim da HistóriaO final da competição ideológica da Guerra Fria foi percebido como o «fim da história », no sentido de fim da evolução ideológica da humanidade, com a universalização do capitalismo e do modelo ocidental de democracia liberal parlamentar. Esta percepção, derivada duma visão eurocêntrica e associada à ideia novecentista de que a economia política é o campo natural da luta ideológica, levou a uma visão redutora do mundo e ao subestimar do potencial de atracção de outras ideologias, cujo cerne é «cultural», ou com raízes fora da cultura do Ocidente, E esse o caso do multiculturalismo, a mais recente e influente ideologia ocidental da diferença, bem como o ao islamismo, uma poderosa ideologia de ambição universalista, cujas raízes intelectuais se encontram no Islão. Assim, neste livro, propõe-se uma análise sistemática e crítica destas duas ideologias, que têm merecido um escasso interesse no âmbito das publicações da Ciência Política e Relações Internacionais, apesar da sua relevância na política interna e internacional. Especificamente, a abordagem incide sobre as raízes filosóficas, os principais pensadores, as características distintivas e as versões em que estas ideologias se materializam. É ainda analisado o potencial de expansão do islamismo e as suas relações com o multiculturalismo, incluindo as suas estratégias de difusão nas sociedades europeias e ocidentais, bem como estudado o impacto que estes dois ideários têm na actual percepção histórica do passado. Índice Introdução 1. O islamismo como ideologia não ocidental de ambição universalista 2. A conexão cultural na Europa: a diáspora muçulmana e as populações autóctones dos Balcãs 3. A nova ideologia ocidental da diferença: o multiculturalismo 4. As alternativas estratégicas do islamismo nas sociedades ocidentais 5. A (re)leitura do passado à luz da ideologia do presente: o caso do Andalus Conclusão Recensão: Revista Relações Internacionais - A Caminho da Eurábia? Islamismo e Multiculturalismo no Espaço Europeu -
A Questão de Chipre - Implicações para a União Europeia e a Adesão da TurquiaSituada no extremo oriental do mar Mediterrâneo, próxima da Turquia, da Síria e do Líbano, a ilha de Chipre é o território da União Europeia geograficamente mais afastado de Portugal. A distância geográfica acompanha a distância no (des)conhecimento da realidade política, social, económica e cultural do país. Chipre só tem visibilidade nos media quando as negociações de adesão da Turquia à União Europeia colidem com o problema da reunificação e as posições do governo cipriota. Como é que se chegou a esta situação invulgar para a actual island of peace europeia? Porque é que a ilha foi dividida em 1974, de uma maneira que faz lembrar a Alemanha durante a Guerra Fria? Qual a razão porque este novo Estado-membro da União Europeia entrou truncado em mais de 1/3 do seu território e em cerca de 1/5 da sua população? Porque falhou o plano Plano Annan, no seu objectivo de reunificar as duas partes da ilha em 2004? Que se pode esperar do novo processo negociai relançado em 2008? Quais as consequências da perpetuação deste conflito para o futuro europeu e a adesão da Turquia? A análise em profundidade destas questões, numa abrangente perspectiva histórica, política e de relações internacionais, é o objecto central deste livro que preenche um vazio face à inexistência de estudos portugueses, de perfil académico-científico, sobre este importante assunto da política europeia e internacional. Índice 1. Da Antiguidade heleno-romana ao domínio de Veneza 2. Sob um império islâmico: dhimmis no devlet-i al-i Osman 3. Sob um império ocidental: Britannia rules 4. Entre a soberania limitada e a divisão da ilha 5. As tentativas de reunificação e a integração europeia de Chipre -
O Regresso da Geopolítica - Europa, Médio Oriente e IslãoA geopolítica está de regresso. A crise financeira e económica internacional que se projetou sobre a Zona Euro e o referendo britânico para saída da União Europeia abalaram os alicerces da construção europeia lançados no Pós-guerra Mundial. No mundo exterior, uma sucessão de acontecimentos despertou os europeus para a turbulência em curso às suas portas, na periferia Leste e Sul. A anexação da Crimeia pela Rússia e a guerra no Leste da Ucrânia, a tentativa de golpe de estado na Turquia, a guerra na Síria e os múltiplos e intrincados conflitos do Médio Oriente - do Iraque, da Líbia e do Iémen -, são acontecimentos demasiado próximos para poderem ser ignorados. Numa era de globalização, a geopolítica europeia está, mais do que nunca, ligada ao Leste euroasiático, ao Sul do Mediterrâneo e ao Médio Oriente. Mas estas duas últimas regiões estão em explosão demográfica e convulsão política quase permanente. Grupos islamistas-jihadistas como a Al-Qaeda e o Daesh banalizam a violência e o terror. Ao mesmo tempo, uma imparável vaga de refugiados e migrantes ruma à Europa rica, aumentando as tensões intraeuropeias. No mundo do século XXI, a paz perpétua de Immanuel Kant continua a ser um ideal longínquo. -
A Europa em CriseO século XXI começou mal para a Europa e o Ocidente. A crise financeira iniciada em 2007/2008 nos EUA transformou-se na crise mais grave do pós-II Guerra Mundial. Em pouco tempo a União Europeia e a zona euro ficaram no centro do turbilhão. Será que o capitalismo globalizado se tornou uma paixão nociva? Quais são as raízes mais profundas desta crise? Como será possível ultrapassá-la? Hoje tornou-se claro que a crise é também demográfica, ética e de estilos de vida. Está em causa a sustentabilidade do modelo europeu e a influência euro-ocidental no mundo. Todavia, como portugueses e europeus, traz-nos uma oportunidade única de reflexão sobre o nosso futuro coletivo. -
Ciberguerra - Quando a Utopia se Transforma em RealidadeApesar dos enormes ganhos de bem-estar que a economia e sociedade em rede trouxe consigo, esta contém os germes de uma sociedade de risco, pela ambivalência intrínseca da tecnologia. Na origem encontra-se uma utopia nascida no ambiente da Guerra-Fria e da contracultura dos anos 60 do século XX. Hoje, os computadores, o acesso à Internet e a tecnologia digital estão imbrincados em qualquer aspeto da vida humana. Transformada em realidade, a utopia da Internet alterou ainda as formas convencionais de fazer a guerra e introduziu vulnerabilidades na economia e sociedade. No catálogo das novas vulnerabilidades o risco mais extremo é a possibilidade de uma ciberguerra. -
O Regresso da Geopolítica - Europa, Médio Oriente e IslãoA geopolítica está de regresso. A crise financeira e económica internacional que se projetou sobre a Zona Euro e o referendo britânico para saída da União Europeia abalaram os alicerces da construção europeia lançados no Pós-guerra Mundial. No mundo exterior, uma sucessão de acontecimentos despertou os europeus para a turbulência em curso às suas portas, na periferia Leste e Sul. A anexação da Crimeia pela Rússia e a guerra no Leste da Ucrânia, a tentativa de golpe de estado na Turquia, a guerra na Síria e os múltiplos e intrincados conflitos do Médio Oriente - do Iraque, da Líbia e do Iémen -, são acontecimentos demasiado próximos para poderem ser ignorados. Numa era de globalização, a geopolítica europeia está, mais do que nunca, ligada ao Leste euroasiático, ao Sul do Mediterrâneo e ao Médio Oriente. Mas estas duas últimas regiões estão em explosão demográfica e convulsão política quase permanente. Grupos islamistas-jihadistas como a Al-Qaeda e o Daesh banalizam a violência e o terror. Ao mesmo tempo, uma imparável vaga de refugiados e migrantes ruma à Europa rica, aumentando as tensões intraeuropeias. No mundo do século XXI, a paz perpétua de Immanuel Kant continua a ser um ideal longínquo. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Geopolítica em Tempo de Paz e GuerraGeopolítica em Tempo de Paz e Guerra reúne um conjunto de textos que refletem sobre a complexidade, as zonas cinzentas e as contradições do mundo atual. No passado, a guerra era precedida por uma declaração e terminava com um armistício ou com a rendição (in)condicional de um dos beligerantes. Hoje, temos inúmeros conflitos multifacetados, difusos e disputados por vezes na sombra, conflitos que escapam a uma categorização binária. Não há armistício, nem rendição, para guerras que não foram declaradas. Neste início de século, assistimos a uma luta perigosa pelo poder mundial, marcada pela rivalidade sino-americana; confrontamo-nos com uma extraordinária transformação da geopolítica da energia, na qual a América do Norte readquiriu centralidade e o Médio Oriente e a Venezuela perderam influência relativa; e deparamo-nos com uma União Europeia que continua com a sua crónica debilidade político-militar, algo que se tornou mais crítico com o Brexit e com Donald Trump nos EUA. É um mundo globalizado simultaneamente moderno, pré-moderno e pós-moderno. Nele, as fronteiras entre a paz e a guerra, mas também entre a verdade e a mentira, diluíram-se de forma assustadora. -
Geopolítica em tempo de paz e guerraGeopolítica em Tempo de Paz e Guerra reúne um conjunto de textos que refletem sobre a complexidade, as zonas cinzentas e as contradições do mundo atual. No passado, a guerra era precedida por uma declaração e terminava com um armistício ou com a rendição (in)condicional de um dos beligerantes. Hoje, temos inúmeros conflitos multifacetados, difusos e disputados por vezes na sombra, conflitos que escapam a uma categorização binária. Não há armistício, nem rendição, para guerras que não foram declaradas. Neste início de século, assistimos a uma luta perigosa pelo poder mundial, marcada pela rivalidade sino-americana; confrontamo-nos com uma extraordinária transformação da geopolítica da energia, na qual a América do Norte readquiriu centralidade e o Médio Oriente e a Venezuela perderam influência relativa; e deparamo-nos com uma União Europeia que continua com a sua crónica debilidade político-militar, algo que se tornou mais crítico com o Brexit e com Donald Trump nos EUA. É um mundo globalizado simultaneamente moderno, pré-moderno e pós-moderno. Nele, as fronteiras entre a paz e a guerra, mas também entre a verdade e a mentira, diluíram-se de forma assustadora. -
Elementos de Economia Política InternacionalSituada no cruzamento da Economia e das Relações Internacionais, a Economia Política Internacional é uma disciplina recentemente instituída nos curricula académicos. O seu objeto de estudo são as complexas interações entre o económico e o político com origem em atores estaduais e não estaduais e projetando-se sobre a riqueza e o poder. Assim, no livro Elementos de Economia Política Internacional são expostas diferentes perspetivas de abordagem e alguns instrumentos teórico-conceptuais de base. São ainda analisadas matérias centrais deste campo de estudos, ligadas ao sistema comercial e financeiro internacional. Entre estas, mereceram particular destaque a arquitetura económico-financeira mundial, a integração económica internacional centrada na experiência da Europa e a globalização da economia política internacional. A análise é completada com dois estudos de caso: o primeiro sobre a unificação monetária europeia e a crise da zona euro; o segundo sobre o declínio do Japão e a ascensão da China na economia global.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»