O Labirinto dos Perdidos
Maalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.
Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.
Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes.
| Editora | Marcador |
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| Editora | Marcador |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Amin Maalouf |
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As Cruzadas Vistas pelos ÁrabesNum texto que toma como ponto de partida as fontes coevas e, pormenor importante, exclusivamente árabes, Amin Maalouf constrói uma história das cruzadas vista de uma perspetiva a que raramente temos acesso, pois só nos foram dadas a ler as histórias das cruzadas do ponto de vista ocidental. Como afirmou Alain Decaux: «Interessa comprovar que as versões orientais e ocidentais não coincidem de todo. Nós escrevemos a nossa própria visão; durante esse tempo, eles escreveram a deles. É por isso que esta nova história das cruzadas não se parece com nenhuma outra.»Texto cativante, que mescla o tom da crónica contemporânea com a mestria estilística do autor, As Cruzadas Vistas pelos Árabes apresenta-nos uma perspetiva que não é habitual, mas não menos empolgante. -
Leão, o AfricanoA autobiografia imaginada de uma apaixonante figura histórica: o geógrafo Hasan as-Wazzan, que ficou conhecido como Jean-Léon de Médicis, ou Leão, o Africano. Em 1518, no regrasso de uma peregrinação a Meca, o embaixador magrebino é capturado por piratas sicilianos que o oferecem de presente a Leão X, o grande papa da Renascença. A sua vida, feita de aventuras, paixões e perigos, é marcada pelos grandes acontecimentos do seu tempo: durante a Reconquista, encontrava-se em Granada, de onde teve de fugir à Inquisição, acompanhado pela família; esava no Egipto aquando da sua tomada pelo Otomanos; na África negra, durante o apogeu de Askia Mohamed Touré; e em Roma no período áureo do Renascimento e no momento do saque da cidade pelo soldados de Carlos V. Figura do Oriente e do Ocidente, homem de África e da Europa, Leão, o Africano viveu em pleno o fascinante século XVI. -
SamarcandaAcusado de colocar em causa os códigos mais sagrados do Islão, o poeta persa Omar Khayyam encontra fortuitamente a simpatia do homem que é suposto julgar os seus crimes. Reconhecendo o seu génio, o juiz decide poupá-lo e oferece-lhe um pequeno livro em branco, encorajando-o a colocar naquele livro a coleção dos seus pensamentos mais profundos. Assim começa a combinação perfeita de realidade e ficção que é Samarcanda . -
Os Jardins de Luz«Vim do país de Babel», dizia ele, «para fazer ecoar um grito através do mundo.» Durante muitos anos, o seu grito foi ouvido. No Egito, chamavam-lhe o Apóstolo de Jesus; na China,cognominavam-no o Buda de Luz; a sua esperança florescia à beira dos três oceanos. Porém, rapidamente surgiu o ódio, surgiu o encarniçamento. Os príncipes deste mundo amaldiçoaram-nos; tornou-se para eles o «demónio mentiroso», o «recipiente repleto de mal» e, no seu humor cáustico, o «maníaco»; a voz dele, «um pérfido encantamento»; a sua mensagem, «a ignóbil superstição», «a pestilencial heresia». Depois, as fogueiras cumpriram a sua missão, consumindo num mesmo fogo tenebroso os seus escritos, os mais perfeitos dos seus discípulos, e essas mulheres altivas que se recusavam a cuspir sobre o seu nome. -
Disordered WorldIn this exploration of our post-9/11 world, leading Lebanese novelist and intellectual, Amin Maalouf sets out to understand how we have arrived at such disorder. He explores three aspects of disorder - intellectual, economic and climatic - in order to identify a better way forward. -
The Crusades Through Arab EyesThe author has combed the works of contemporary Arab chronicles of the Crusades, eyewitnesses and often participants. He retells their story and offers insights into the historical forces that shape Arab and Islamic consciousness today. -
Leão, O AfricanoFigura do Oriente e do Ocidente, homem de África e da Europa, Leão, o Africano viveu em pleno o fascinante século XVI.A autobiografia imaginada de uma apaixonante figura histórica: o geógrafo Hassan al-Wazzan, que ficou conhecido como Jean-Léon de Médicis, ou Leão, o Africano. Em 1518, no regresso de uma peregrinação a Meca, o embaixador magrebino é capturado por piratas sicilianos que o oferecem de presente a Leão X, o grande papa da Renascença. A sua vida, feita de aventuras, paixões e perigos, é marcada pelos grandes acontecimentos do seu tempo: durante a Reconquista, encontrava-se em Granada, de onde teve de fugir à Inquisição, acompanhado pela família; estava no Egipto aquando da sua tomada pelos Otomanos; na África negra, durante o apogeu de Askia Mohamed Touré; e em Roma, no período áureo do Renascimento e no momento do saque da cidade pelos soldados de Carlos V. -
Naufrágio das CivilizaçõesQuando os espetaculares avanços tecnológicos dos nossos dias nos facilitaram o acesso ao conhecimento como nunca antes, quando vivemos mais e melhor, quando o «terceiro mundo» se desenvolve... Quando, pela primeira vez, se poderia conduzir a humanidade a uma era de liberdade e progresso, o mundo parece seguir na direção oposta, rumo à destruição de tudo o que foi alcançado. Como chegámos aqui? Há alguns anos, Amin Maalouf disse que as nossas civilizações estão esgotadas e forneceu os motivos: desconfiança em relação ao «Outro», xenofobia, intolerância política e religiosa, populismo, individualismo e a insularidade do nacionalismo, racismo... Hoje em dia fala diretamente de «naufrágio iminente». Não há desejo de um passado melhor nas suas palavras, ele está apenas preocupado com o futuro desta «era desconcertante», o futuro das novas gerações, que possa desaparecer o que deu sentido à aventura humana. Tão-pouco se deixa levar pelo pessimismo ou prega o desânimo, apenas faz um apelo lúcido à responsabilidade coletiva, deixando a porta da esperança entreaberta para o mundo se reorientar, pois como escreveu: «Melhor enganar-se na esperança do que acertar no desespero.» A América, embora ainda seja a única superpotência, está a perder toda a credibilidade moral. A Europa, que ofereceu ao seu povo e ao resto da humanidade o projeto mais ambicioso e mais reconfortante do nosso tempo, está a fragmentar-se. O mundo árabe-muçulmano atravessa uma profunda crise que mergulha o seu povo no desespero e tem repercussões calamitosas em todo o mundo. Grandes nações «emergentes» ou «renascentes», como a China, a Índia ou a Rússia estão a surgir no cenário mundial num ambiente deletério, onde reina o cada um por si e a lei do mais forte. Uma nova corrida ao armamento parece inevitável. Sem mencionar as sérias ameaças (clima, meio ambiente, saúde) que estão a pesar no planeta e que só poderíamos enfrentar com uma solidariedade global que precisamente nos falta. Há mais de meio século que o autor observa o mundo e o percorre. Estava em Saigão no final da Guerra do Vietname, em Teerão durante o advento da República Islâmica. Neste livro poderoso e abrangente, faz de espectador engajado e pensador, misturando histórias e reflexões, às vezes contando grandes eventos de que foi uma das poucas testemunhas oculares, e depois elevando-se ao papel de historiador acima da sua própria experiência para nos explicar por que sucessivos desvios a humanidade passou para se encontrar assim no limiar do naufrágio. -
As Cruzadas vistas pelos ÁrabesNum texto que toma como ponto de partida as fontes coevas e, pormenor importante, exclusivamente árabes, Amin Maalouf constrói uma história das cruzadas vista de uma perspetiva a que raramente temos acesso, pois só nos foram dadas a ler as histórias das cruzadas do ponto de vista ocidental. Como afirmou Alain Decaux: «Interessa comprovar que as versões orientais e ocidentais não coincidem de todo. Nós escrevemos a nossa própria visão; durante esse tempo, eles escreveram a deles. É por isso que esta nova história das cruzadas não se parece com nenhuma outra.» Texto cativante, que mescla o tom da crónica contemporânea com a mestria estilística do autor, As Cruzadas Vistas pelos Árabes apresenta-nos uma perspetiva que não é habitual, mas não menos empolgante. -
A Odisseia de BaldassareExistem noventa e nove nomes para Deus no Alcorão. Será possível que haja um centésimo nome secreto? Neste conto de magia e mistério, de amor e perigo, a missão final de Baldassare é encontrar o segredo que pode salvar o mundo. Antes do amanhecer do apocalíptico «Ano da Besta» em 1666, Baldassare Embriaco, um comerciante levantino genovês, embarca numa aventura que o levará por todo o mundo civilizado, de Constantinopla, através do Mediterrâneo, até Londres, pouco antes do Grande Incêndio. A missão urgente de Baldassare é localizar uma cópia de um dos livros mais raros e cobiçados alguma vez impressos, um volume chamado O Centésimo Nome, cujo conteúdo é considerado de vital importância para o futuro do mundo. Existem noventa e nove nomes para Deus no Alcorão, e saber este centésimo nome mais secreto irá, acredita Baldassare, garantir a sua salvação.
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»