Introdução ao Conservadorismo
UMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE
«Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.»
«O QUE É O CONSERVADORISMO?
Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»
| Editora | Dom Quixote |
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| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Miguel Morgado |
Miguel Morgado nasceu em Setúbal em 1974. É licenciado em Economia e Mestre e Doutor em Ciência Política. Lecciona actualmente no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Foi Professor Convidado da Universidade de Toronto e ensinou em várias universidades norte-americanas e brasileiras. Entre 2011 e 2015 foi assessor político do Primeiro-Ministro, e de 2015 até 2019 deputado à Assembleia da República. É autor de vários livros, entre os quais Autoridade (FFMS, 2010), Soberania – Dos seus usos e abusos na vida política e de Guerra, Império e Democracia – A ascensão da geopolítica europeia.
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A Aristocracia e os seus CríticosO que é a aristocracia? Para a filosofia política clássica, a aristocracia era simplesmente o melhor regime político. Nos nossos dias, parece não passar de uma forma de exotismo intelectual. Mas a forma aristocrática e a mentalidade que a sustenta desempenham um papel crucial na história da filosofia política europeia. Neste livro procura-se apresentar a aristocracia como um problema com que a filosofia política moderna teve de lidar. Nos seus momentos mais decisivos, a filosofia política moderna considerou imprescindível a refutação, ou, pelo menos, a desvitalização das ideias, concepções e aspirações ligadas à forma de governo aristocrática. Esse foi um elemento incontornável da sua estratégia de consolidação. Por conseguinte, o debate em torno da aristocracia faz parte integrante da história intelectual da democracia liberal. Responder à pergunta «o que é a aristocracia?» é um outro caminho para aprofundar o nosso conhecimento da democracia. Para conhecer bem a democracia é necessário conhecer um dos seus grandes rivais. -
O Conservadorismo do Futuro e Outros EnsaiosNeste volume reúnem-se alguns ensaios de filosofia política que procuram problematizar certos conteúdos do regime democrático moderno, em particular as relações da democracia com a filosofia política, com a acção política e com a religião. São ensaios que tentam articular as grandes questões que se colocam a partir dessas relações, uma tarefa mais prioritária do que encerrar com conclusões precipitadas o debate que elas suscitam. -
AutoridadeO que é a autoridade? Hoje é particularmente importante saber responder a esta difícil pergunta. A noção de autoridade tem uma história antiga e complexa. Já conheceu muitos mundos e defrontou muitos inimigos. Já foi disputada pelo céu e pela terra, pelo passado e pelo futuro. Porquê, então, estudar a noção de autoridade? As sociedades contemporâneas têm uma relação algo ambígua com a autoridade. Por um lado, reconhecem a sua necessidade e utilidade. Por outro, desconfiam das suas pretensões. Mas qual é o lugar da autoridade nas sociedades democráticas? Será possível e desejável conciliar as aspirações do homem democrático com a autoridade? -
AutoridadeO que é a autoridade? Hoje é particularmente importante saber responder a esta difícil pergunta. A noção de autoridade tem uma história antiga e complexa. Já conheceu muitos mundos e defrontou muitos inimigos. Já foi disputada pelo céu e pela terra, pelo passado e pelo futuro. Porquê, então, estudar a noção de autoridade? As sociedades contemporâneas têm uma relação algo ambígua com a autoridade. Por um lado, reconhecem a sua necessidade e utilidade. Por outro, desconfiam das suas pretensões. Mas qual é o lugar da autoridade nas sociedades democráticas? Será possível e desejável conciliar as aspirações do homem democrático com a autoridade? -
O Conservadorismo do Futuro e Outros EnsaiosNeste volume reúnem-se alguns ensaios de filosofia política que procuram problematizar certos conteúdos do regime democrático moderno, em particular as relações da democracia com a filosofia política, com a acção política e com a religião. São ensaios que tentam articular as grandes questões que se colocam a partir dessas relações, uma tarefa mais prioritária do que encerrar com conclusões precipitadas o debate que elas suscitam. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Soberania - Dos Seus Usos e Abusos na Vida Política«A soberania foi o destino do Estado moderno. Foi a sua coroa e o seu oxigénio. Na soberania há algo da vitalidade do político que os seus detractores desconhecem. E há algo da perigosidade do político que os seus proponentes desvalorizam. A soberania pode ser vista como refúgio de segurança ou fonte de ameaça mortal. A soberania é nociva e supérflua, igualitária e hierárquica, moderna e obsoleta, uma arma e uma ilusão. A soberania já foi, já não é, mas volta sempre a ser. Ela é e não é. Este livro tenta fazer justiça a detractores e a proponentes da soberania. Aqui, não se hesitará em dar razão a quem a tiver, nem a declarar vitória provisória se uma das partes estiver a levar a melhor. A fasquia é pura e simplesmente demasiado alta para registos de indiferença. O tema é demasiado actual e historicamente importante para discussões distantes. Está ligado a um sem número de problemas políticos clássicos e outros que insistimos em criar na nossa era. Teremos de seguir esse debate onde nos levar nos seus movimentos livres. Ou, pelo menos, tentaremos acompanhá-lo nalgumas das suas diferentes vagas.» -
Guerra, Império e Democracia - A Ascensão da Geopolítica Europeia«O propósito deste livro é apresentar a base da política internacional e da totalidade das suas circunstâncias tal como apareceram e se desenvolveram na Europa. Para isso, exporei um conjunto de episódios históricos geopolíticos, numa pluralidade de manifestações – militares, políticas, culturais, económicas, intelectuais e por aí adiante – de importância avassaladora na construção da geopolítica europeia. Cada um desses episódios tem uma data e um local. Estão dispostos segundo uma sequência cronológica regressiva, isto é, começo pelo mais recente e vou recuando até ao acontecimento geopolítico fundador da geopolítica europeia. Assim, começo pela globalização e pela situação dos nossos dias – pelo nosso tempo de profundíssimas transformações geopolíticas.»
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A Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
Não foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
O Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
Manual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
O Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Introdução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»